segunda-feira, outubro 16, 2006

Panteras Negras Vs Figueirenses

Local: Porto
Estádio: do Bessa
Assistência: cerca 3000
Árbitro: Elmano Santos, da Madeira

Pouco há para dizer de um dos piores jogos da Liga, com poucos remates e quase inexistentes oportunidades de perigo. A Naval conseguiu um triunfo merecido, pois foi a equipa com melhor futebol, criando mais oportunidades de perigo e tendo alguma sorte no golo que marcou. O Boavista foi uma enorme desilusão, onde não existiu jogadas perigosas ou com algum significado.

As equipas encaixaram bem, usando os seus “onzes” habituais, já que vinham de duas vitórias. O Boavista com um 4x3x3 a atacar. Lucas foi um falso ala direito, Ricardo Sousa pôs ao lado do ponta-de-lança, Linz que pouco apareceu. No meio-campo um enorme fosso entre defesa e ataque, com Kazmierczak e Tiago sempre muito juntos, o que prejudicou a equipa.
A Naval usou o seu 4x3x3, com Gilmar e Orestes sempre muito activos no meio-campo, China e Mário Sérgio a avançaram bem no terreno, apoiando Fajardo e Lito, respectivamente. No centro do ataque, o perigo constante Nei, sempre bem anulado por Cissé.

A partida pouco teve de interessante e até mesmo o golo foi marcado por Cissé na própria baliza. Na primeira parte o Boavista controlou mais, mas sem causar perigo. Aliás, o Boavista não foi capaz de rematar uma única vez no meio-campo. Mas era a equipa que controlava a bola e tentava a ataques, sempre à procura de Zé Manel, pois do lado direito Lucas não existia e no meio Ricardo Sousa andava perdido. O melhor foi num livre de Sousa, Linz não ter conseguido empurrar a bola para o golo, depois de Taborda falhar o alívio.
A Naval entregou o jogo ao Boavista, mas foi crescendo de minuto a minuto, pressionando cada vez mais os axadrezados e beneficiando do desajuste táctico da equipa, que estava desorganizada.
No segundo tempo a partida já foi mais mexida, mas nada de especial. O Boavista pôs Zairi para ganhar alguém no flanco direito, mas o marroquino nada fez. E não tem culpa, porque incrivelmente a equipa da casa não procurava os flancos para atacar.
A Naval equilibrou a partida e foi-se instalando no meio-campo contrário, e avisou a baliza do William com um remate de Mário Sérgio. Logo a seguir, centro de Lito, e Nei faz William defender com imensa classe.
O Boavista meteu mais um avançado, Fary para o lugar do médio Kazmierczak, e o meio-campo perdeu-se em definitivo. A Naval cada vez jogava melhor, e aos 75m, centro de Fajardo pela direita, sem oposição e na pequena área Nei falha o cabeceamento, mas Cissé com a penas a introduzir a bola na baliza.
Logo no minuto seguinte, Hélder Rosário tem uma atitude infantil e é expulso por agredir Nei. O Boavista mesmo assim, tentou ir para o ataque mas nada funcionava bem. A equipa estava perdida, e prova disso foi quando Zé Manel passou para William uma bola demasiado curta, que Nei ia aproveitando para introduzir dentro da baliza.

Melhor em campo: Orestes
O trinco da Naval foi o grande impulsionador da equipa da Figueira da Foz. Com tanta luta a meio-campo e com marcações cerradas, o defesa/médio brasileiro lutou como ninguém, recuperando inumeras bolas... e fez com que Kazmierczak andasse perdido, com passes pelo ar...

Além de ter sido ele, o iniciador da jogada que deu os 3 pontos à equipa da Naval 1º de Maio.

Árbitro:

Elmano Santos fez uma boa exibição, falhando apenas em alguns foras-de-jogo. Esteve bem na expulsão e nos cartões que mostrou.
Agrande dúvida é no derrube de Mário Silva a Lito, mas não consegue decifrar se existe ou não lugar à grande penalidade.

Pontos Positivos:

Equipa da Naval - souberam esperaraté começar a por um frágil Boavista para trás e ganhar o jogo.

Adeptos alemães - foram ao Bessa que o intuito de ver futebol e dar espectáculo.

Pontos Negativos:

Equipa do Boavista - não conseguiu uma oportunidade de perigo, nem jogadas com algum nexo. Porque não atacam pelas alas?

Hélder Rosário - equipa tinha acabado de sofrer um golo e ele decide agredir um elemento da Naval. Petrovic já o criticou e o seu lugar está em risco.

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