terça-feira, outubro 31, 2006

Tribunal Atacante


Olá pessoal! O Tribunal está de volta após mais uma semana de "clássico" onde pudemos assistir a imensos casos polémicos como de costume...
...ou não!
Quer dizer, bastou dois ou três Tribunais a cascar nos árbitros, sim porque os árbitros lêem o Tribunal Atacante (os que sabem ler), para decidirem arbitrar em condições e quase sem casos.
Tá mal! Tá mal, que daqui a dias é Natal e não tenho nada para escrever.
Por isso toca a seguir o modelo dos dirigentes e vamos incendiar de novo a arbitragem senão daqui a dias já não há "granadas" para ninguém.
Centra e chuta...

Beira-Mar - Sporting

- Decorria o minuto 71 quando Tonel foi albaroado. Quando virou-se para ler a matrícula, encontra a botarra de Vasco Matos. Esteve bem Paulo Baptista ou a tentativa de acertar o cabelo do Tonel com pitons devia antes ser recompensada?

Porto - Benfica

- Aos 19' reclama-se uma coisa nunca antes vista desde os primórdios do futebol. Um lance em que é Petit a sofrer uma falta e não o contrário (eu confesso que ainda não acredito). Devia o árbitro ter assinalado falta ou merece o benefício da dúvida por tão peculiar e raro lance?

- No vigésimo quarto minuto, Anderson combina um café na linha com Lucho mas não chega a tempo pois vê-se grego com Katsouranis. Lucílio "Mau"ptista nada assinala. Bem, mal ou todas as anteriores?

Paços de Ferreira - Boavista

- No minuto 42, Ronny não resiste (creio que na bancada havia olheiros do ABC) e toca com a mão na bola dentro da sua própria área. Havia motivo para grande penalidade ou nada devia ser assinalado visto que o brasileiro ter mérito em conseguir safar-se pela segunda vez?

Como podemos ver, lances fraquinhos, sem virilidade e quase sem erros influenciadores de resultados. Resumindo e concluindo, uma vergonha!
Sejam homens e criem casos...
Até p'ra semana e lembrem-se:
Se eles podem apitar, nós também podemos rir!!!

Olivais e Moscavide x Varzim


ESTÁDIO: Alfredo Marques Augusto, Moscavide
ESPECTADORES: 2000
ÁRBITRO: Paulo Paraty (Porto)
TEMPO: Quente
RELVADO: próprio para consumo

excerto da crónica de pfgfr (blog Preto No Branco http://varzinistas.blogspot.com)

O jogo começou incaracterístico, com muita luta a meio-campo (mas nem por isso demasiadamente faltoso), a fazer lembrar um jogo da 2ª Divisão B, de onde os locais provêm e através do qual já tinham conseguido vencer o Guimarães. Aliás, a única derrota clara que tinham averbado no seu reduto fora precisamente com o Trofense, praticante do mesmo tipo de futebol e também recém-promovido daquele. Perante um meio-campo muito povoado e uma dupla de centrais que rubricou uma belíssima exibição, tivemos pois um Varzim que não conseguia o seu objectivo de pegar no jogo e tentar servir Pedrinho e Mendonça nas costas dos laterais adversários, sabendo-se que esse tem sido o ponto fraco da formação do Olivais e Moscavide. Contudo, a equipa da casa, arrumada, agressiva no meio-campo e coesa, não o permitiu. Nessa primeira parte assistimos assim a um jogo dividido, embora os locais, conseguindo impor o jogo que queriam, começassem com o tempo a criar cada vez mais perigo, sempre pelo lado esquerdo, onde pontificou Filipe Falardo (a justificar o porquê de ter estado nos planos de Domingos Paciência para o União de Leiria no início desta época), com a preciosa ajuda do criativo Celestino (jovem de 19 anos emprestado pelo Sporting).


Foi assim que os locais deixaram os alvi-negros com o credo na boca aos 17 e 23 minutos, primeiro numa jogada de envolvência e depois numa atrapalhação da defesa poveira, destacando-se nessas alturas Rui Barbosa, com duas defesas de luxo. Sentia-se que o Varzim teria de fazer mais do que os remates de meia-distância (destaque para um de Mendonça, perigosíssimo, aos 25 minutos) com que até aí vinha tentando furar a muralha dos de azul e grená. Faltava-lhe acutilância e, no miolo, Nuno Rocha revelava-se muitos furos abaixo daquilo que se esperava.

Perante este cenário, não foi com total injustiça que os locais inauguraram o marcador aos 27 minutos, pelo já referido Filipe Falardo, aproveitando uma falha de marcação ao segundo poste na sequência de um canto. Procuraram responder os forasteiros, mas apenas lograram criar perigo real num remate de Denilson, já à beira do intervalo.

Chegou o descanso e Horácio Gonçalves optou por deixar Nuno Rocha nas cabinas, entrando para o lugar deste o argentino Diego. E que bem começou o Varzim! Acutilante, rápido, com Mendonça mais apoiado e a revelar-se mais lesto a soltar a bola, enquanto Diego fazia também ele soar o alerta vermelho nas hostes adversárias, nomeadamente aos 50 minutos quando, após excelente jogada, falhou clamorosamente só com o guardião adversário pela frente. E esse lance acabaria por ser decisivo pois, logo a seguir, uma intervenção azarada de Tito colocou a bola nos pés de Laurindo, que fuzilou Rui Barbosa para o 2-0. Terão pensado muitos dos presentes que o jogo estava sentenciado. Puro engano: na Póvoa do Mar mora uma equipa de grande qualidade e com uma força anímica admirável, que vende cara qualquer derrota e só atira a toalha para o chão quando o jogo acaba. Foi pois sem surpresa que o Varzim encostou o Olivais e Moscavide positivamente às cordas e que Denilson facturou o 1-2 aos 63 minutos. Tremiam os da casa e, perante o jogo dos poveiros, esperava-se a reviravolta.
Mas, mais uma vez, o destino fez das suas e, após Denilson falhar de baliza aberta quando já todos os varzinistas gritavam golo (68 minutos), a equipa quebrou ligeiramente. Aproveitou o treinador da casa, Rui Dias (dando mais uma vez mostras de uma boa leitura do jogo) para substituir o construtor Celestino pelo lutador Serginho, mais um elemento para destruir o jogo do adversário no meio-campo. O Varzim lá ia tentando, mas sem a mesma acutilância do início da segunda parte. Mais próximo do final, seriam mesmo os locais a ter uma boa oportunidade, valendo nessa altura aos poveiros o guarda-redes Rui Barbosa, uma vez mais em bom plano. O Varzim carregava como podia, mas sem materializar o seu domínio (para o qual contribuíram também as entradas de Nuno Gomes e Marco Cláudio).
Há algo, contudo, que fica por explicar: nos muitos cantos ganhos pelos varzinistas, não aparecia ninguém à entrada da área adversária para ganhar o pontapé de ressaca ou matar à nascença os contra-ataques dos lisboetas (posicionamento de Emanuel demasiado recuado?). Essa situação chegou a ser exasperante para os adeptos alvi-negros e poderia mesmo ter valido o 3-1 aos da casa.

+PONTOS POSITIVOS+

Fidelidade. Apesar dos 300 Km. de distância, registo para a presença de alguns adeptos poveiros nas bancadas.
Barbosa. Na ausência do titular Ricardo, o #24 alvi-negro tem as redes bem guardadas. Não tem responsabilidades no golo.
Entrega. Nos momentos difíceis se vêem as equipas. O Varzim em desvantagem de dois golos, massacrou o adversário e por manifesto azar não empatou a contenda. Se tal tivesse acontecido, os poveiros teriam ganho... sem espinhas!
Inteligência. Rui Dias, técnico do Olivais e Moscavide leu bem nas entrelinhas do jogo. Aproveitou a quebra anímica dos poveiros nos últimos 20 minutos para gerir a vantagem.
Equipa sensação. Belo arranque de prova da equipa lisboeta. Vinda da II Divisão Nacional, assume com naturalidade os lugares cimeiros. Surpresa ou não, este Olivais e Moscavide não escapa aos olhares mais atentos.

-PONTOS NEGATIVOS-

Lento. Horácio tardou em mexer na equipa. Esperou até estar a perder por 2-0 para introduzir um cérebro na equipa: Marco Cláudio.
Perdulário. Foi por ter perdido golos numa fase em que massacrava os lisboetas que a turma poveira quebrou animicamente e deixou fugir, pelo menos, o empate.
Calor. Bela tarde... melhor para a praia do que para o futebol. Pior para quem esteve à torreira nas bancadas descobertas do Alfredo Marques Augusto.
Liderança. Foi à vida! Com esta derrota, o Varzim abandona o primeiro posto por troca com o Feirense.
Arruaça. É triste quando há adeptos que não sabem ganhar. Meia dúzia de adeptos da equipa da casa provocaram os visitantes poveiros com gestos obscenos aquando dos golos. A coisa ia acabando mal, não fosse a Polícia intervir prontamente.

ARBITRAGEM

- Tarde calma para Paulo Paraty... jogo sem casos. Os atletas também ajudaram.

Análise Atacante - Série A italiana



9ª Jornada em Itália com vários golos e com muitos motivos de interesse. Desde logo o confronto dos gigantes de Milão. 7 golos num clássico destes e logo no futebol italiano é de saudar. A goleada parecia querer acontecer, já que o Inter chegou aos 72 minutos a vencer por 4 bolas a uma. Nos minutos finais o Milão encostou o seu rival às cordas e conseguiu ainda fazer mais dois golos. Não fosse Júlio César na baliza e o resultado poderia ter ficado mesmo empatado.
Vitória forasteira da Roma no campo da Udinese por uma bola a zero, com golo de Ferrari aos 70 minutos. Vitória também com o mesmo resultado no Ascoli Siena, sendo que a vitória dos visitantes chegou mesmo no final do jogo, aos 90 minutos. Codrea foi o autor do golo para os forasteiros. Pelo mesmo resultado o Cagliari recebeu e bateu a Sampdoria, com golo de Conti aos 46 minutos.
Empate a uma bola no Catania Torino, com o primeiro golo a surgir aos 20 minutos e de penalti por intermédio de Spinesi. Os visitantes marcaram e estabeleceram o resultado final com um golo de Franceschini aos 87 minutos.
Outro grande encontro foi o que opôs a Fiorentina ao Palermo. 5 golos num jogo cheio de emoção, com a equipa de Palermo a chegar à vantagem aos 9 minutos por DiMichele. O azar bateu à porta de Barzagli que cometeu auto-golo, empatando a partida. Nova vantagem para os visitantes à passagem do minuto 80 para, 7 minutos a seguir, Mutu restabelecer novamente o empate. A vitória surgiu ao Palermo por Amauri aos 90 minutos, ele que já tinha marcado o anterior.
Empates a zero bolas no Lazio Reggina e no Livorno Empoli.
A vitória sorriu aos da casa no encontro que opôs o Messina ao Chievo e no que opôs o Parma à Atalanta. No primeiro caso os números da vitória foram de 2 bolas a uma, com golos de Rigano e de Floccari para o Messina e de Tiribocchi para o Chievo. No segundo encontro, Budan, Grella e Muslimovic marcaram para os da casa, enquanto que o tento de honra foi apontado por Doni, para os visitantes.
Na série B a Juventus conquistou mais uma vitória, desta feita contra o Frosinone. Já leva 13 pontos e está a duas vitórias do líder.
A classificação da série A segue assim:

A lista dos melhores marcadores é a seguinte:

Análise Atacante - Liga Bwin.com

A jornada 8 da Liga Bwin.com começou na Sexta-feira com o Beira Mar – Sporting, que defraudou os milhares de adeptos Sportinguistas pensando estes que iriam beneficiar, de uma vitória fácil, para ficarem isolados, na classificação, mas com um jogo a mais em relação ao FC Porto.
Só que tal não aconteceu, nem fácil, nem vitória, começou e esteve a perder toda a primeira parte, e na segunda deixou-se empatar para lá da hora. A grande figura do jogo foi o defesa Buba que marcou 3 golos!!!
Felizes daqueles que apostaram no empate, que dava 3.50 para um na Bwin.com, uma das odds mais altas para este fim de semana desportivo.

No Sábado tinhamos jogo grande, com o clássico FC Porto – Benfica, foi um jogo melhor do que o esperado perante acontecimentos vários durante a semana, com trocas de palavras que há muito não se via.

O jogo não defraudou ninguém, antes pelo contrário, deve ter sido dos melhores jogos entre as duas equipas de há muitos anos a esta parte, o resultado final espelha um pouco o que se passou e o que se pode esperar das duas equipas no futuro. Há muito trabalho pela frente ainda para os dois lados.
Só a Bwin.com achou que o FCPorto ganharia quase de caras porque em caso de vitória azul, 1.85 para 1, num clássico é confiança a mais.

De tarde houve o “Derby do Centro” com o União Leiria a receber a Académica. Quebrou-se a tradição dos “Unionistas” não vencerem os “Estudantes”, em casa à 8 anos. O segundo golo é mesmo uma obra de arte, a rever. Rendeu apenas 1.80 para 1, na Bwin.com, o acabar com a malapata leiriense.

No Domingo jogaram-se mais 4 jogos, 3 dos quais muito interessantes para um adepto de um clube pequeno, e adepto do Estrela Amadora.

O jogo “grande” era sem duvida, o Nacional – Naval, que punha frente a frente duas equipas das que melhor estão a jogar no momento. Jogo que não defraudou ninguém e que terminou empatado. Esta Naval faz lembrar o Porto dos anos 80, sem grandes vedetas mas com um colectivo muito forte e com raça, muita raça, nunca desistindo de nenhum jogo. Estes dois últimos jogos estiveram a perder e chegaram à igualdade e contra equipas boas. Rendia 3.25 para 1, na Bwin.com, e quase ninguém apostava em tal.

Na Vila da Aves jogavam o Desportivo e o Belenenses. Os de casa procuravam a primeira vitória e quebrar um ciclo de 4 derrotas seguidas, mas não conseguiram nem um nem outro, sorrindo a vitória aos azuis de Lisboa, que aos poucos vão fazendo “o seu” campeonato. Uma vitória que dava quase tanto na Bwin.com como a vitória do Desportivo (2.50 para 1), 2.60 para 1, para quem apostou nos lisboetas.

Finalmente, o Estrela Amadora – Vitória Setúbal. Finalmente o Estrela jogou em casa, finalmente ganhou e finalmente deixou o último lugar. Resultado mais que esperado por vários factores. Os tricolores jogavam na sua própria casa, a equipa adversária não está a jogar por aí além, e no registo dos últimos 5 anos perdeu sempre na Reboleira, e perdeu sempre sem marcar golos.
Ressalva para a estreia do ex-guardião do Sporting, Nelson, que evitou, com um punhado de boas defesas, que o score fosse alterado. Sem duvida o melhor em campo. Era portanto “dinheiro fácil” com 2.40 para 1 na Bwin.com, em caso de vitória caseira.

Á noite aconteceu a grande surpresa da jornada. Os verde-rubros da Madeira, o Maritimo, foram convidados a perder na “pedreira” frente ao Sporting local, mas não foram nisso, apesar de nas odds da nossa amiga Bwin.com serem a 15ª pior equipa para vencer esta jornada, com 4.75 para 1 (atrás só a vitória do Beira Mar com 5 para 1).
Aos 3 minutos 0-1, aos 25 minutos 0-2 e em 55 minutos de jogo já o Sp. Braga contava com 4 golos sofridos e a maioria dos apostadores Bwin.com a chorar, com as suas apostas multiplas a irem por água abaixo.
Foi dos melhores jogos do Marítimo fora de casa desde sempre. Gostaria de saber nos registos, se há uma vitória tão expressiva do Marítimo fora de casa, ou de quando remonta a última com 4 golos marcados e/ou no minimo 3 de vantagem.

A jornada acabaria, na Segunda-feira, com os Castores a receberem as Panteras Negras, e o “dique” funcionou ás mil maravilhas. Uma vitória da “equipa amarela da mata do rei” com o afogamento de duas Panteras a zero. Algo já semi-previsto pela Bwin.com que nos dava 1.95 para 1 de vitória caseira para “fortuna” de, 3.25 para 1, num simples empate ou 3.40 para 1 numa vitória forasteira.

Paços de Ferreira - Boavista

Local: Paços de Ferreira
Estádio: da Mata Real
Assistência: 3000 espectadores
Árbitro: Pedro Henriques, de Lisboa

Boavista e Paços de Ferreira protagonizaram um bom espectáculo de futebol, apesar das poucas oportunidades golo. A bola pouco parou, com muita disputa a meio-campo, boas jogadas de ambas as equipas com boa circulação, e um resultado final que só se aceita pelo factor eficácia da equipa da casa.

Um Boavista com um novo treinador, que pouco mudou o esquema táctico. Lucas e Dinis foram os laterais e os piores elementos da equipa. Paulo Sousa regressou ao meio-campo depois da sua lesão e fez dupla com Tiago. Kazmierczak jogou com segundo avançado ao lado de Linz, apoiados mais pelas laterais por Zé Manel e Ricardo Sousa.
Do Paços pouco se tem a dizer, já que a equipa é quase sempre a mesma. Pedrinha entrou para o lugar de Elias, fazendo um meio-campo mais criativo e Edson regressou ao lado esquerdo do ataque, aproveitando a sua rapidez devido às fragilidades de Lucas. Na frente Didi fez o que quis de Fernando Dinis, enquanto Ronny só sabe jogar com as mãos, porque nem se notou a sua presença em campo.

Primeira parte com as duas equipas muito fechadas e a realizarem um bom espectáculo. Nem um cartão foi mostrado, o que demonstra a boa agressividade das equipas, sem faltas duras. O jogo estava bastante fechado, mas já se tinha reparado que as laterais do Boavista estavam bastante fracas, e que Zé Manel e Ricardo Sousa só defendiam quando queriam.
E foi assim que surgiu o primeiro da partida, aos 21 minutos. Dani e Didi surgem pelo lado esquerdo, só com Dinis pela frente. Uma tabelinha fez com que o lateral esquerdo saísse da frente, centro para a área, Cissé ainda corta, mas Tiago a tentar recuperar a bola, põem-na nos pés de Edson que apenas teve de encostar, face a lentidão de William que saiu mal.
O Boavista não desistiu e começou a dominar o encontro, por algumas vezes. Ou por futebol directo ou por jogadas para as laterais, a equipa tentava jogar na cabeça de Kazmierczak ou Roland Linz. A grande oportunidade acabou por surgir de um livre na direita de Ricardo Sousa e na grande área ao segundo poste, sem marcação, Ricardo Silva falhou de cabeça o empate. Foi a melhor oportunidade do Boavista.

O Paços tentava gerir e atacar a baliza contrária, mas a equipa do Bessa defendia bem, tal como os da casa e por isso oportunidades nem vê-las.

Em cima do intervalo, novo livre de Ricardo Sousa e à entrada da área Cissé tenta dar de cabeça para a área, mas Ronny antecipa-se e com a mão tira a bola da cabeça do francês. Grande penalidade clara que fica por marcar.

Na segunda parte o Paços entra com tudo, e Ronny após centro de Edson falhou o alvo. Apesar disso foram os axadrezados que mais atacavam, sem oportunidades claras. Tiago saiu e deu lugar a Grzelak, que ainda criou mais perigo. Após centro do polaco, Linz com um remate de “bicicleta” podia ter feito o empate. Pouco depois, Peçanha faz uma boa defesa a remate de Kazmierczak.
Mesmo assim, e apesar do domínio do clube visitante, foi o Paços de Ferreira que chegou ao golo. Pontapé de Baliza de Peçanha, primeiro cabeceamento de Kazmierczak para trás, Edson apanha a bola e de cabeça isola Didi, que à saída de William fez o segundo golo, aproveitando a lentidão de Fernando Dinis.
O Boavista não desistiu metendo Hugo Monteiro e Fary na frente, e acabando o jogo com 5 avançados. Mesmo assim, o melhor foi um remate de Paulo Sousa à barra em cima do apito final.

Melhor em Campo:
Didi foi o melhor em campo no geral. O extremo do Paços construiu primeiro golo e fez o segundo. Fez o que quis de Fernando Dinis e correu e trabalhou imenso, apesar de inúmeras vezes que caiu para o chão.
Do Boavista o destaque vai para Ricard Silva, que além de ter tido a melhor oportunidade, foi um autêntico muro para o ataque do Paços, especialmente para Ronny.

Árbitro:
O Boavista tem muito de se queixar do árbitro. Um erro escandaloso, na mão de Ronny a cometer grande penalidade, que o árbitro não viu ou não quis ver. É que até foi virado para ele e não existem desculpes de estar alguém à frente. Além disso, Didi e Ronny estiveram sempre caídos no chão e pelo menos três vezes cairam à procura de faltase Ronny simulou uma alegada agressão de Cissé, fazendo um enorme espectáculo.
Além disso, Paulo Sousa e Dani cortaram por duas vezes a bola com mão, de prepósito (então no do Sousa é um escândalo) e nem um amarelo se viu. E ainda fica a dúvida no alegado penalty sobre Linz. O único erro a beneficiar o Boavista pode ter sido na não expulsão de Lucas, mas este até nem fez uma falta muito feia (apenas uma rasteira), e pelo critério usado seria uma provocação aos boavisteiros.
Pedro Henriques perdeu o meu respeito depois deste jogo.

Positivo do Jogo:

Apesar de ser segunda à noite estiveram muitos adepto na Mata Real.

O Bom jogo em si numa grande jornada de futebol

Jaime Pacheco mudou a mentalidade e a equipa já jogou com raça e atitude.

Negativo do Jogo:

Dinis e Lucas - O primeiro errou bastante, mas ainda tem desculpa da pouca experiencia e de nunca ter sido ajudado. Já no caso de Lucas, eu pergunto: Como se contrata dois laterais direitos e nenhum deles é melhor que um médio adaptado?

Ronny é um jogar anti-profissional. Simulou uma agressão e cortou a bola com mão. Há mas desculpem, em Paços é permitido.

Árbitro - a pior arbitragem que já vi, e não estou a falar do penalty.

Coca-Cola Championship: Burnley ganha terreno, Birmingham aproxima-se do topo

Em mais uma jornada, da emocionante, Coca-Cola Championship (equivalente à nossa Liga de Honra), o Burnley foi a equipa que mais saiu a vencer. Isto porque o actual 4º classificado derrotou diante do seu público o 2º classificado, Preston North End por três bolas a duas. E beneficiou do empate caseiro do líder isolado Cardiff City diante do Derby County, assim como da derrota do 3º classificado West Bromwich Albion no derby das “West Midlands” no terreno do Birmingham City.

Aliás, a equipa da cidade de Birmingham treinada por Steve Bruce beneficiou do empate caseiro do rival Wolves diante do Sheffield Wednesday permitindo assim subir ao 6º posto que dá acesso ao playoff de subida à Premier League.

De destacar a vitória do Leeds United – que terminou com uma série de cinco derrotas consecutivas - por duas bolas a zero no Elland Road frente ao Southend United, na estreia do técnico Dennis Wise (antigo jogador do Chelsea e do Millwall). Com este resultado o Leeds deixa para o rival Barnsley a primeira posição na zona de despromoção.

Quanto ao Colchester United é a única equipa que promovida da época transacta se mantém fora da zona de despromoção, estando inclusivé a fazer um brilhante campeonato em 10º lugar apenas a 4 pontos do playoff de acesso à divisão maior do campeonato inglês.

Para finalizar, destacamos aqui o Stoke City e o Ipswich Town que em casa cilindraram Norwich City e Luton Town, respectivamente por cinco bolas a zero.

Aqui ficam os resultados da jornada de Sábado:

Burnley 3 x 2 Preston North End
Birmingham City 2 x 0 West Bromwich Albion
Barnsley 0 x 1 Coventry City
Cardiff City 2 x 2 Derby County
Colchester 2 x 0 Southampton
Crystal Palace 0 x 1 Plymouth Argyle
Hull City 0 x 1 Sunderland
Leeds United 2 x 0 Southend United
Queens Park Rangers 1 x 1 Leicester City
Stoke City 5 x 0 Norwich City
Wolves 2 x 2 Sheffield Wednesday
Ipswich Town 5 x 0 Luton Town

Para hoje está marcada nova jornada da Coca-Cola Championship onde o embate mais interessante deverá ser mesmo o novo derby das “West Midlands” em que o Coventry City irá receber o Birmingham City, duas equipas que lutam por um lugar no playoff de acesso à Premier League.

Quanto ao líder Cardiff City tem uma deslocação difícil ao “Stadium Of Light” para ir jogar frente ao Sunderland, no Norte de Inglaterra. Recorde-se que desde que Roy Keane “pegou” – há mês e meio – nos “Black Cats” de Sunderland só tem o registo de uma derrota.

Também o duelo entre o Southend United e o Hull City ganha relevância face a estarem em confronto as duas últimas equipas da tabela classificativa, estando apenas separadas por um ponto.

Aqui ficam os jogos de hoje e amanhã:

Coventry City x Birmingham City
Leicester City x Stoke City
Luton Town x Burnley
Norwich City x Colchester United
Plymouth Argyle x Ipswich Town
Preston North End x Leeds United
Sheffield Wednesday x Crystal Palace
Southend United x Hull City
Sunderland x Cardiff City
West Bromwich Albion x Queens Park Rangers
Derby County x Barnsley
(amanhã)
Southampton x Wolves (amanhã)

Comunicado da vergonha

No passado Domingo deparei-me com a divulgação de umas palavras referentes à lesão de Anderson "provocada" pela entrada de Katsouranis no Clássico de sábado.

Não quero deixar passar em claro tais palavras uma vez que a sua gravidade é extrema. E como tal quero aproveitar o nosso fantástico blog para exprimir a minha opinião.

As palavras colocadas no site do FC Porto são de pura xenofobia, de teorias da conspiração e insultuosas. Poderá ler-se no referido texto que "Precisamente como na temporada passada, no mesmo local do terreno, no meio-campo, junto aos bancos de suplentes, o jogador que mais podia desequilibrar foi intencionalmente atingido com violência por um grego, confirmando a teoria de quem vê estes casos como manobras planeadas."E prosseguem: "Há um ano foi Lisandro Lopez, derrubado ao minuto 21. Desta vez foi Anderson, ao minuto 31. E o cenário de coincidência sai reforçado com nova constatação: o árbitro era o mesmo e a opção de não sancionar o lance e o agressor, da mesma nacionalidade e adquirido na respectiva época, foi decalcada..."

Algumas considerações sobre o texto:
1º Inicialmente fiquei na dúvida se estava a ler algo no site do PNR em vez do FC Porto.
2º São os gregos os mais violentos a jogar futebol? foi isto que esteve na base da contratação do Seitaridis?
3º Será que o árbitro só não consegue ver faltas naquele local do terreno?
4º Não era de esperar que isto fosse acontecer desde o início da partida, uma vez que todas as letras do nome Anderson existem no nome de Lisandro Lopez?

Àparte as ironias, gostava de deixar alguns dados sobre o atleta Katsouranis ao longo da sua vida desportiva: Katsouranis até hoje nunca foi expulso num jogo de futebol do campeonato grego e na época menos disciplinada dele levou 9 cartões amarelos, em 29 presenças; este ano ainda não levou um único amarelo ao serviço do Benfica no campeonato nacional.

Insinuar que os gregos são "caceteiros" é de uma xenofobia nunca vista em Portugal. Dizer que no lance em questão o jogador do Benfica quer propositadamente magoar o adversário é de um ridículo atroz.

Por fim, o clube onde pontificaram jogadores como Paulinho Santos, André, Lima Pereira, Jorge Costa, Fernando Couto, Bandeirinha ou João Pinto é sem dúvida o melhor exemplo para terminar o comunicado do site dizendo "ninguém poderá acusar o F.C. Porto de deixar de apostar em artistas que ajudam a encher o campo dos adversários, para passar a apostar em atletas robustos capazes de resistir à violência e dançar ao som da mesma música."

Análise Atacante - Bundesliga (jornada 9)

Mais uma vez, é o Werder Bremen que assume o protagonismo na análise semanal á Bundesliga.
A equipa de Diego e Hugo Almeida mantém o seu instinto ofensivo bastante apurado e marca golos que se farta. Na visita ao terreno do Mainz mudou aos 3 e acabou aos 6. A equipa de Bremen cilindrou os locais por 1-6 (com mais um golo de Diego, está intratável!) e nas últimas 3 partidas para a Bundesliga marcou qualquer coisa como 15 golos! Com esta vitória mantém-se confortavelmente no topo da classificação.

Na perseguição ao Bremen segue o Bayern de Munique que bateu no Allianz Arena o Eintracht Frankfurt por 2-0 e continua a 3 pontos do líder.
Os grandes vencedores da jornada acabaram por ser o Estugarda de Fernando Meira que bateu concludentemente, em casa, o Schalke 04 por 3-0 e o Arminia Bielefeld que goleou o recém-promovido Alemania Aachen por 5-1.

O Estugarda subiu ao 4ºlugar e o Arminia Bielfeld está logo atrás, a 1 ponto da equipa de Meira.

Análise Atacante - Ligue 1 (jornada 11)

A Ligue1 2006/07 parece-se bastante com o momento em que nos preparamos para ver um filme que já vimos milhentas vezes. Já sabemos quais as partes monótonas, as partes assustadoras e as mais cómicas ou comoventes. À entrada para a 11ªjornada, todos esperavam mais uma vitória do Lyon e que os seus perseguidores tentassem pelo menos não se atrasar ainda mais.

Acontece que o Lyon ganhou (para não variar) e os seus concorrentes voltaram a escorregar e alargaram ainda mais o fosso pontual para os "gones", fosso esse, que a realidade nos diz ser praticamente impossível de superar, a não ser que uma hecatombe aconteça no futebol françês.

Mas vamos ao que interessa. O Lyon recebeu e venceu em ritmo de passeio o Nancy (actual 3ºclassificado) por 1-0 e "beneficiou" de mais uma escorregadela do Marselha que perdeu 2-1 no terreno do Nice.

O PSG do "nosso" Pauleta venceu no Parc des Princes o Rennes por 1-0 mas o ex-internacional português não guardará boas recordações desta partida. Além de ter ficado em branco, o açoriano foi expulso já na parte final da partida devido a acumulação de amarelos, o que não deixa de surpreender os mais atentos ao mundo da bola pois são situações a que Pauleta nunca nos habituou. Com esta vitória os parisienses subiram ao 10ºlugar.

De uma maneira geral, e como vem sendo hábito no campeonato francês, as equipas aproveitaram bem o factor-casa e só em duas partidas é que os visitados não saíram vencedores.

Ah! E o Mónaco voltou a perder... É só novidades na Ligue1...

Análise Atacante - La Liga


O Campeonato Espanhol continua bastante competitivo, a par do Barça e do Real equipas como o Sevilha, Zaragoza e Valencia estão a dar muito que falar.

No Camp Nou o Barça derrotou o Recreativo de Huelva de Beto (que continua sem jogar), a vitória começou através de uma grande penalidade muito duvidosa, ou melhor inexistente, convertida por Ronaldinho Gaucho, o Brasileiro bisou aos 56’ e Xavi fechou o marcador em 3-0 3’ depois.

Em Taragona o Nastic começou bem diante do Real Madrid, os Merengues à 57 anos que não jogavam no Nou Estadi de Tarragona e apesar de dificil, recuperaram de uma desvantagem inicial de 1-0 e venceram por 3-1 com golos de Roberto Carlos, Helguera e Robinho, este último fantástico!

Nos Balaídos o Celta começou a vencer sobre o Sevilha, mas os Andaluzes a realizar uma época muito boa, recuperaram através dos golos do Dinamarquês Poulsen e do Brasileiro Adriano. Duda ficou de fora no Sevilha.

Munitis foi o responsável pela derrota de Miguel e companhia, o Valencia sem Hugo Viana perdeu no El Sardinero por 1-0.

Costinha e Maniche voltaram a jogar juntos, mas o Atletico não está muito bem, e as 2 derrotas seguidas afastaram a equipa dos primeiros lugares, desta vez foi aos 87’ no Vicente Calderon que Oscar colocou o Zaragoza a vencer por 1-0 e também em igualdade pontual com os Colchoneros!

O Depor perdeu no terreno do surpreendente Getafe, Bernd Shuster está a realizar uma grande Liga à frente do clube dos arredores de Madrid, e desta vez a vitima foi o Depor que até está a realizar um campeonato bem tranquilo com uma equipa muito jovem. Jorge Andrade continua na fase final da sua recuperação!

Nos restantes jogos o Betis da estrela brasileira Rafael Sobis afunda-se na classificação ao contrário dos rivais da cidade, desta vez perderam em casa com os também aflitos Maiorca. O Espanyol sem Cesar Peixoto arrancou um empate a zero em Valencia diante do Levante que contou com Meyong nos últimos 15’ para tentar alterar o rumo dos acontecimentos. O Athletic de Bilabau empatou em Pamplona com o Osasuna a 1 golo e os rivais da Real Sociedad perderam em casa com o Villarreal por 1-0, golo de Arruabarrena, os Bascos afundam-se seriamente na classificação, Bakero não tem a vida facilitada em San Sebastian!

A classificação está ordenada da seguinte forma:


Na corrida pelo Pichichi, Diego Milito e Kanoute lideram com 7 golos cada um, seguidos por Villa e Ronaldinho com 5 golos.

segunda-feira, outubro 30, 2006

Arouce Praia 4 – 2 GD Pampilhosense


Realizou-se ontem a 4ª jornada da 1ªdiv/dist da AF Coimbra, no campo da Pegada em Foz de Arouce jogaram o Arouce Praia e o GD Pampilhosense, jogo dirigido pelo árbitro Davide Marques (fonte www.afcoimbra.com)

Pelo GD Pampilhosense alinharam: Braçal, Pedro Barata, Mota, Américo, Samuel, Filipe, Picasso, Marco Alegre, Paulo Marques, Ivo A. e C. Alegre; no banco o treinador Orivaldo Nascimento contava com: Tiburcio, Isidro, Ricardo Marques, Nuno Deus, Piri, Mokoto e Toni.

Substituições: primeira parte, Américo por Ricardo Marques

Este era um jogo que era aguardado com alguma expectativa, de um lado a equipa da casa que bem se pode dizer ser a grande surpresa deste início de campeonato, de outro lado o GDP que registou três empates em outras tantas jornadas. Foram os Forasteiros a entrar melhor no jogo, cedo se adiantaram no marcador por intermédio de Alegre a aproveitar a distracção dos centrais da casa. Mas na resposta o Arouce chegou a igualdade, canto batido na direita e o jogador da casa marca perante a passividade de toda a equipa do GDP. O jogo entrou então numa toada de parada e resposta e seria agora o Foz de Arouce que a passagem dos vinte minutos se adiantava no marcador, o ponta-de-lança Beto amortece de peito para um colega a entrada da área que remata cruzado fazendo o 2 a 1. Era agora o GDP a correr atrás do prejuízo, e a igualdade apareceu pouco depois, jogada magistral de Paulo Marques na esquerda que depois de passar por dois adversários, entra na areia e encosta para trás onde aparece Marco Alegre a facturar. A primeira meia hora foi alucinante, quatro golos dois para cada lado, nos últimos quinze minutos o ritmo abrandou, o jogo disputava-se agora mais sobre o meio campo. Mesmo em cima do intervalo é o Pampilhosense que quase chegava ao terceiro, cabeciamento de Alegre e quando já se gritava golo é o defesa do Arouce que salva em cima da linha. Os jogadores iam para os balneários com o placar a registrar uma igualdade a duas bolas, resultado que se pode considerar justo.

Na segunda parte a equipa serrana entra melhor no jogo assumindo as despesas da partida, mas é um pouco contra a corrente que, os da casa chagam a vantagem a passagem do minuto sessenta, mais uma falha defensiva e Beto isolado não tem qualquer problema em fazer o terceiro para o Arouce Praia. O GDP não baixou os braços e tentava chegar a igualdade através da meia distância de Ricardo Marques ou Marco Alegre e de jogadas individuais de Paulo Marques. Mas é novamente o Arouce que chega ao golo, lance na direita do seu ataque onde o jogador acabado de entrar beneficia de uma falta sobre Samuel não sancionada pelo árbitro (o auxiliar estava a dois metros do lance) e a entrada da área, aplica um monumental chapéu ao guardião forasteiro. Faltava agora um quarto de hora e o Pampilhosense jogava mais com o coração do que com a cabeça. O jogo acabou por terminar com a vitória do Arouce que é a grande surpresa deste campeonato. O resultado talvez seja demasiado pesado para o GDP, mas no futebol ganha sempre quem menos erra, na realidade o meio campo do Arouce quase sempre foi superior e a vitória deve-se principalmente a esse factor.

O Negativo do jogo:

O árbitro mostrou-se bastante passivo perante as inúmeras faltas dos jogadores da casa, os cartões ficaram no bolso, caso contrario o Arouce não teria terminado com 11. No lance do quarto golo fica por marcar uma falta claríssima sobre Samuel. Pela primeira vez não podemos apresentar uma foto ilustrativa da partida e há uma explicação no mínimo “Ditatorial”. O elemento da nossa claque encarregue dessa função (tem apenas 15 anos) foi identificado pela GNR a mando do Sr. árbitro Davide Marques, só porque o Sr. árbitro não gosta de fotografias!!! E à boa maneira da Ditadura Salazarista a maquina fotográfica foi posta à Censura e o nosso “miúdo” foi obrigado a apagar todas as fotos á frente do Sr. árbitro e na presença das Autoridades. Tudo isto desencadeou uma forte contestação dos jogadores do GDP de que resultaram duas expulsões (Ivo e Picasso) já no túnel de acesso aos balneários. Não há como qualificar a forma como o jovem Sr. árbitro agiu sobre as gentes da Pampilhosa no final da partida.

O Positivo do jogo:

A assistência pôde assistir a seis golos, situação pouco comum no futebol, só por isso já valeu a pena o bilhete. A equipa de Foz de Arouce tem sido uma agradável surpresa nesse campeonato, na semana passada eleminou a Académica (1ª class. deste campeonato) em jogo a contar para a taça.

Nos restantes jogos destaque para o grande derbi da jornada entre o Atl. Arganil e o Góis, os da casa levaram a melhor e já estão no segundo posto. No outro jogo entre candidatos o Mocidade venceu em casa o Poiares por 2 a 1. A Académica soma e segue, em quatro jogos leva outras tantas vitórias e ainda não sofreu golos, ontem venceu o Lamas em casa por 8 a 0!!!

[Ultra Serrano]

Braga Vs Maritimo


Olá a todos,

Ontem, o Marítimo deslocou-se ao Continente para realizar mais um encontro agendado para a liga suprema do futebol nacional, desta feita contra a equipa de Braga no estádio da “pedreira”.

AVISO:

Para aqueles que pensam que vou fazer um ODE de homenagem a Ulisses Morais, nem vale a pena lerem o resto do POST.

Sinceramente, eu nem vi o jogo, não acreditei no potencial de Ulisses para conduzir o Marítimo, que tenho visto ultimamente, numa vitória contra aquela que considero um dos grandes do futebol Nacional.

Liguei o rádio por volta dos 15m de jogo, e qual não é o meu espanto, o Marítimo já estava a ganhar desde o minuto 3 por golo de Gregory. Eu nem queria acreditar, mas lá fui ouvindo, só dava Braga Vs. Marcos, que fez 3 defesas impossíveis logo depois do golo dos do Funchal.

O comentador da rádio, lá ia dizendo que só dava Marítimo mas eu só ouvia era MARCOS salva, MARCOS tira estava um bocado baralhado com o que se passava.

Aos 24m, ai é que foi, MBESUMA, mais um vez ele, com um remate rasteiro faz o segundo golo do Marítimo.

A meio campo, Olberdam e Wenio faziam a parelha correcta e eficaz, Marcinho a jogar no meio partia a cabeça aos de BRAGA, e a meio é onde ele deve jogar e onde produz futebol.

Marcinho, arquitectado como deve, lá foi partindo a cabeça não só ao adversário, mas também ao ULISSES, que espero eu, tenha compreendido de vez que ele só pode jogar a meio campo e nunca nas alas.

O Braga de gatas e completamente perdido, lá ia tentando dar a volta à coisa, Césinha era o mais inconformado e ainda assustou as hostes Maritimistas por várias ocasiões.

Na defesa do Maritimo, Alex, que conquistou a titularidade frente ao Beira Mar dava provas que pode ser um grande central, e na linha Zé Gomes parece que acertou de vez, grande jogador.



Vamos para intervalo, com tendência positiva para os da Madeira, 0-2 no marcador

O Publico que havia vaiado os da casa na saída para os balneários, recebeu-os com mais assobios ainda.

A 2ª parte inicia-se praticamente com a expulsão de Maurício que entra a matar sobre Evaldo, uma expulsão que deve dar ao jogador 3 jogos de “folga” se for menos é vergonhoso.

Logo de seguida, uma situação pouco vulgar numa equipa de primeira divisão, um ataque pela direita do Maritimo, aparentemente inofensivo, foi paupérrimamente aliviado pela defesa Bracarense, a bola sobra para Marcinho que com um bom remate, deixa o guardião dos Minhotos completamente batido.

Estava feito o terceiro golo, perante a apatia dos da casa, o publico não gostava e na rádio notícias de goleada já começavam a sair.

Foram precisos mais 4m para que Alex, o central, mais uma vez livre de marcação, ou pelo menos, marcado infantilmente pelo seu homónimo, marcasse mais um golinho para animar os de cá. Dizem que foi com o braço, eu já vi as imagens e até concordo com o que dizem por ai. O golo devia ser anulado, infelizmente para o Braga não foi, mas penso que não ia influenciar o resultado.

Alex é expulso 10m depois, já com Zé do Golo em campo, a expulsão foi justa e nada a dizer.

Carvalhal, na minha opinião pecou por tardio, Zé do Golo é um jogador de topo e deveria ter entrado de inicio, aliás, foi a entrada dele que espevitou os da casa a melhorou em muito a sua prestação, mas eu não sou treinador portanto a minha opinião é uma mera pedra num longo muro.

Cesinha, inconformadíssimo com o resultado, acabou por marcar o golo de honra, e que golo, bonito e bem executado, deixou Marcos sem hipóteses.

O jogo terminou com o Braga todo em cima do Marítimo, há que dizer que o Marítimo ainda desperdiçou algumas outras oportunidades de golo mas isso são contas de outro rosário, e pedir mais era injusto.

4 golos do Marítimo, uma boa estreia nas vitórias fora de casa, ainda por cima frente a um equipa que considero ser uma das melhores do nosso campeonato, não foi uma derrota pesada dos da casa, isto porque, certas opções pagam-se caras e Carvalhal pagou por isso, desde há muito que venho a dizer que Zé GOMES não pode ficar no banco, ficou o BRAGA não marcou, entrou o BRAGA não só melhorou como ainda marcou.

Quanto ao Marítimo, não foi esta vitória que me fez mudar a opinião que tenho de Ulisses, aliás, porque a escolha de Luís Olim foi muito mal feita e nem aos convocados deveria ter ido, um jogador que não cumpre os requisitos para jogar na liga maior do futebol Português.

Arbitragem:
Paulo Costa esteve bem de um modo geral, não tenho a certeza, mas acho que ficou um penalti por assinalar contra o Braga, no lance em que Kanu é derrubado e o golo de Alex por anular, mas nada que influencie o resultado, de 1 a 10 dou-lhe 4.

Melhor jogador do Marítimo

Vou destacar OLBERDAM, é um jogador que ganhou a titularidade a meio da época passada, mostrou que é um excelente jogador e que faz um parelha endiabrada com Wenio, já devia estar a jogar desde o inicio da época, só o ULISSES é que não vê isso.
MARCINHO E MARCOS, ficam para 2 e terceiro lugar, por tudo o que fizeram e as imagens falam por si, obviamente que Marcinho foi sem duvida o melhor em campo, mas o meu destaque para OLBERDAM é porque mostrou que não deve ser subaproveitado por ULISSES.

Pior jogador do Marítimo

Vou eleger Alex, não porque tenha feito uma má exibição, mas por ter comprometido a equipa com a expulsão, apesar da falta ter sido cirúrgica podia ter complicado a vida ao Marítimo se não tivéssemos mais hipóteses de substituição.

Conclusão:

O Maritimo esteve em grande ontem à noite, jogou um futebol fluido, bons passes, boas transições, em suma, quase não cometeu erros. Finalmente Ulisses Morais entendeu que Marcinho não é Extremo, que Olberdam trabalha melhor que André Barreto, que Filipe Oliveira não é defesa esquerdo, só fico triste que tenha demorado 9 jornadas a entender isto.

Quanto ao Braga, considero que não deixam de ser uma boa equipa e até têm boas possibilidades de voar bem alto na UEFA, não é por morrer uma andorinha que morre a primavera e há dias assim, portanto deixo aqui uma palavra de apreço para os de BRAGA, é uma equipa pela qual nutro alguma simpatia e em termos de plantel acho que estão muito bem servidos, só pecam por não apostarem mais no Zé do GOLO.

FORÇA MARITIMO…

Nacional - Naval


Estádio: Engenheiro Rui Alves
Árbitro: Augusto Duarte
Assistência: 2000 Espectadores

Falhou tudo na tarde de ontem ao Nacional. Falhou a habitual (boa) circulação da bola, falhou a alternância de flancos nas movimentações ofensivas, falhou clarividência no meio-campo para provocar situações de desequilíbrio e falhou a poderosa meia-distância, revelada num passado recente, mormente por Bruno Amaro, Bruno e Alonso. Perante este cenário, os jogadores, quase que de forma inconsciente, começaram desde muito cedo a optar pela "ponte directa" entre os dois sectores opostos. Essa até poderia revelar-se uma boa solução para ultrapassar a bem organizada equipa navalista — uma das sensações da prova — mas, também aí, as coisas não correram de feição. No geral, quer defensiva quer ofensivamente, a segunda bola foi, invariavelmente, ganha pelos forasteiros. Na defesa, as intercepções de Ricardo Fernandes e Cardozo levavam sempre a bola para os pés dos médios e avançados contrários; no ataque, faltou prontidão e rapidez de execução para aproveitar as "deixas" contrárias. Daí resultou uma equipa sem argumentos para contrariar a má exibição e nem o facto de Rodrigo, com um golaço "à Quaresma", ter colocado o Nacional a vencer dotou a equipa da confiança necessária para partir em busca de um (grande) salto na tabela classificativa. Pelo contrário, a ameaça de um dia "menos conseguido" acabaria por confirmar-se, com a Naval repor a igualdade ainda antes do intervalo e controlando todos os movimentos na etapa complementar. Carlos Brito ainda colocou Chilikov após o descanso e, se tivesse optado por actuar com dois pontas-de-lança em simultâneo, quiçá a pressão pudesse resultar na vitória. Mas, ao invés, e porque Rodrigo recuou no relvado, perdeu um bom avançado e jamais conseguiu "agarrar" o meio-campo. Futebol directo por futebol directo, se calhar com dois avançados em "cunha", uma das "malditas segundas bolas" pudesse ter ido parar aos pés de um nacionalista, algo que jamais sucedeu em todo o jogo.


Foi mau o trabalho de Augusto Duarte, com os "alvinegros" a terem mais razões de queixa nos lances de pormenor, mas a saírem beneficiados na decisão mais importante: aos 60' ficou por marcar uma grande penalidade contra a equipa de Carlos Brito, por mão na bola de Chilikov, que desviou, para canto, um remate que, mesmo sendo poderoso, foi efectuado a mais de 20 metros de distância. Quanto aos prejuízos madeirenses, revelou-se passivo no excesso de faltas da Naval e não compensou no final os imensos minutos "ganhos" pelos forasteiros. Também na marcação de faltas, a equipa visitante avançou sempre muitos metros com a bola, perante, outra vez, a complacência do árbitro bracarense.

Golo da Naval
O golo de Tiago Fraga surgiu numa altura crucial do jogo. O Nacional, que até não estava assim tão mal, necessitava de mais alguns minutos para ganhar confiança e essa possibilidade foi-lhe coarcatda com o tento visiyante. A partir daí, os “alvinegros” jamais se recompuseram.


Melhor em campo


Ricardo Fernandes. Foi dos melhores da equipa madeirense. É certo que não fez uma exibição de “encher o olho”, mas não comprometeu. A defender esteve quase sempre bem e quando teve oportunidade lançou-se no ataque à procura de num golo que nunca veio a surgir. Ricardo Fernandes começa a ser mesmo um dos imprescindíveis na equipa “alvi-negra” tal a segurança com que actua na sua zona de acção.


Arbitragem

Uma péssima arbitragem...

Positivo do jogo

Mais um jogo do CD Nacional sem perder! A melhor equipa da madeira empatou e não convenceu mas o que é certo é que não perdeu e continha nos lugares cimeiros.

Negativo do jogo

A Arbitragem.

Estrela Tricolor Vs Vitória Sadino

Estádio José Gomes, na Reboleira

Espectadores 1.900 pessoas

Árbitro Artur Soares Dias

Finalmente jogámos em casa. Aconteceu o que 90% dos adeptos tricolores esperava, a vitória.

As razões são simples, primeiro jogar em nossa casa é sempre diferente tanto para nós como para os adversários, o FC Porto que o diga, que raramente consegue explanar o seu futebol aqui, e depois porque equipa visitante não tem um registo muito bom na Reboleira, nos útimos 5 anos que cá veio perdeu sempre e sempre sem marcar golos.

Os 11 titulares eram uma semi-surpresa. Rui Borges de inicio, Amoreirinha a central, Dário e Jones de início, a alargar a frente de ataque.

O começo do jogo não foi nada por aí além, a equipa estava preocupada e entrou a medo, era impreterível ganhar este jogo, havia muita pressão naquelas pernas e mentes, tanto por ter de ganhar como não poder arranjar mais desculpas por não ter campo. Rui Borges à passagem do 10º minuto sofreu falta que o pôs fora do campo, tendo entrado para o seu lugar, Jaime.

Os Tricolores começaram a ver que os de Setúbal não tinham muito andamento e começaram a tomar conta do jogo embora ainda com alguns atabalhoamentos e muitos passes perdidos.

Aos 25 minutos um canto da esquerda é desviado pela defesa para fora da àrea e Tony recebe, ajeita o remate, e atira fortemente à barra, era o primeiro sinal de perigo.

Até ao intervalo não houve grandes oportunidades, dois remates de Jaime em direcção à baliza e do outro lado Amuneke de cabeça ao lado.

No descanço sai Jordão e entra N’Diyae, em boa hora porque o miudo tem genica e acordou um pouco a equipa.

Logo aos 50 minutos e num canto Jaime remata de cabeça para a defesa da tarde, num voo ao ângulo de Nelson, que esteve em grande.

De seguida foi Varela na primeira grande oportunidade do Setúbal, quando este se desviou do defesa tricolor e fez um remate, parecido com o de Quaresma no segundo golo do FCP ao Benfica, mas mais para o centro do campo, em que a bola vai ao poste.

Foram 5 minutos electrizantes, porque na jogada seguinte, Jaime isola-se perante Nelson e à saida deste permite a defesa, mais uma vez em grande o ex-guardião do Sporting.

A partir destes falhanços o jogo como que acalmou ligeiramente, os intervenientes cansados e desanimados de dois golos feitos de lado a lado.

Aos 70 minutos Jones sai para entrar Paulo Sérgio e em boa hora, porque o jogo ganhou nova vivacidade.

Bruno Ribeiro num livre directo, em que a barreira se desvia, obriga Paulo Lopes a defesa de recurso para a frente, em que na confusão a defensiva alivia.

Na jogada seguinte Dario pega na Bola fora da àrea finta três jogadores e perante Nelson dispara potente e a meia altura... ao lado, inacreditável falhanço, mas adivinhava-se algo mais... a defesa do Setúbal baqueava fortemente.

Aos 78 minutos, Ademar, entrou para o Guiness, porque dos quatro minutos que esteve em campo não tocou na bola nem ninguém lhe tocou e lesionou-se sozinho, tendo saido.

Aos 80 e depois de mais uma jogada de insistência, N’Diaye e um defesa atrapalham-se na área, quando um outro defesa vem por trás e dá uma valente cacetada no senegalês do Estrela, sobrando a bola para Paulo Sérgio que remata de pronto sem hipótese de defesa para Nelson.

Estava feito o resultado, depois disso pouco mais houve de futebol, o Estrela geriu e os sadinos sem espirito para mais deixaram o tempo correr também.


Melhor em campo

Tony, um poço de energia e de vontade, em todo o lado do campo a defender e a atacar.

Arbitragem

Gosto de ver nomeado este árbitro para os jogos do Tricolor mas este fim de semana deixou-me semi-apreensivo. Normalmente apita sem problemas e deixa jogar, embora apitasse mais para o Setúbal do que para o Estrela, todas as quedas do Setúbal eram falta.

Demorou um bocado a assinalar golo, assim como o seu auxiliar, bem olharam um para o outro imenso tempo, só passados 5 ou 6 segundos no meio da festa dos jogadores tricolores e sem que ninguém do Vitória reclamasse do que quer que seja, decidiu levantar o braço para o centro do terreno e foi também então que o auxiliar do mesmo lado vendo o gesto do seu chefe de equipa, correu para a linha de meio campo, no minimo é estranho. Espero que não esteja no ar alguma implicância para com o clube este ano.

Positivo do jogo

Quando a equipa ganhou confiança jogou melhor do que o fraco que tem feito mas não deixa de ser contudo razoável, raramente chega a jogar bem, só mesmo a espaços.

Negativo do jogo

A equipa entrou com medo de tudo e todos, principalmente de fazer má figura e de não voltar a ganhar, especialmente agora de estar frente ao seu público. Era isto que nós queriamos, é diferente jogar em casa. Há mais respeito pelos adeptos por parte dos jogadores.

O equipamento do Vitória, horrivel, completamente desfazado com o que conhecemos da equipa.

Leixões Vs Vitória SC

Estádio: Estádio do Mar, Matosinhos
Assistência: 6 000 pessoas
Árbitro: Olegário Benquerença

Finalmente o Vitória parece começar a beneficiar da tranquilidade e felicidade necessárias para encarar uma prova que se pede positiva.
Tal como se esperava foi um jogo de emoções à flor da pele, aquele que se viu ontem em Matosinhos, com as equipas a entrarem em jogo ambas decididas a mudar o marcador a seu favor o mais cedo possível. Os primeiros 20 minutos foram mesmo de um futebol relativamente bem praticado e, apesar de não terem sido muitas, as oportunidades de golo foram surgindo para ambos os lados embora sem resultados práticos. As equipas apresentavam-se seguras, tranquilas e mostravam ter paciência para esperar a altura certa de encontrar o golo.
Depois destes primeiros 20 minutos de futebol atractivo, o jogo arrefeceu e as duas equipas optavam agora por um futebol mais directo, contrariando o que faziam crer até aqui. O jogo perdia agora a emoção que havia tido até aqui e entretanto o intervalo chegou.

No segundo tempo, foi o Vitória que voltou a entrar mais atrevido e com vontade de alvejar a baliza contrária. Embora sem sucesso, o Vitória ia construindo o seu jogo, com uma tranquilidade, segurança e paciência que tinha apresentado em défice nos jogos anteriores mas que agora apresentava em bons níveis.
Até aos 90 minutos, o jogo foi mais do mesmo. As duas equipas a travarem uma luta interessante a meio campo mas sem grandes e claras oportunidades de golo.
A 3 minutos do final, o jogo decidiu-se. O Vitória carregou no acelerador, pressionou o Leixões bem junto da sua grande área e colheu os frutos de acreditar que até ao apito do árbitro é jogo e de nunca ter desistido. Ao minuto 91, Moreno faz vibrar de alegria os adeptos vimaranenses presentes no Mar, com um remate que dava nesta altura o 1-0 ao Vitória. Começava a desenhar-se um triundo extremamente importante para os homens de Guimarães, frente a um adversário directo na luta pela subida de divisão.
Se os adeptos vimaranenses já se encontravam em total delírio, Targino fez questão de elevar ainda mais esse estado aos minuto 93. Depois de uma excelente jogada do ataque vimaranense protagonizada por Ghilas e Brasília, Targino elevou para 2-0 o marcador e acabou de vez com o jogo.
Era a loucura da família vitoriana em Matosinhos, que depois de tantos precalços, depois de tanto azar em tantos jogos, merece a felicidade de uma vitória tão importante como esta.
O Vitória está a atravessar um bom momento e a começar a apresentar todos os factores necessários para alcançar o seu objectivo. As gentes vitorianas querem agora acreditar que este bom momento está para durar.

MELHOR JOGADOR
Moreno #18. Não fez o jogo da sua vida. Nem sequer foi titular. Mas abriu asas à vitoria em Matosinhos, à preciosa vitória em Matosinhos, fazendo vibrar de felicidade os vitorianos presentes no Mar. Ao longo dos anos, não tem conseguido afirmar-se claramente no onze vitoriano, mas é um Homem da casa e merece mais do que ninguém a alegria de ter sido o principal responsável pelos três pontos conseguidos ontem. É só esta a razão da minha escolha.

ARBITRAGEM
Boa arbitragem, no geral. Excluindo o já habitual excesso de rigor que os árbitros portugueses têm mostrado na exibição de cartões amarelos mostrados aos jogadores vitorianos, o árbitro leiriense esteve em bom plano.

PONTOS POSITIVOS
- A atitude dos jogadores do Vitória que finalmente parecem ter percebido de vez o campeonato onde se encontram. Lutaram até ao fim, acreditaram até ao fim, tiveram força suficiente para acreditar que mesmo que o minuto de jogo fosse o 90, poderiam levar para Guimarães os preciosos pontos que os colocam agora a três pontos do primeiro lugar. Os sorrisos começam a aparecer para os lados da cidade-berço.

- Moreno & Targino. Dois homens da casa. Dois homem que têm e sentem a mística vitoriana. Dois homens que concretizaram importantissimo triunfo de ontem. Dois homens vitorianos. E isso, às vezes, faz toda a diferença

PONTOS NEGATIVOS
- Os adeptos vitorianos é que são arruaceiros, os adeptos vitorianos é que são os reis da confusão, as imagens que passam na televisão são as dos vitorianos com cadeiras na mão, mas os adeptos vitorianos e que foram agredidos com todo o tipo de objectos pelos adeptos leixonenses e a isso responderam com um maior apoio à sua equipa. Dos adeptos do leixões, nada se disse, nada se apontou, nada se fez. Se fosse ao contrário...

Fim de semana de Derbies na Zona Centro

O futebol fez tremer a zona centro do país, neste fim de semana. No sábado, a União de Leiria recebeu e venceu a velha rival Académica de Coimbra por 2-0. No dia seguinte, num jogo a contar para a 3ª divisão, série D, o Caldas recebeu o Ginásio de Alcobaça, e conheceu o sabor amargo da derrota (0-1), após 6 vitórias consecutivas.

O Leiria recebia a Académica, depois de uma vitória em Setúbal. Os estudantes vinham também de uma vitória moralizadora, ante a formação do Desportivo das Aves. Adivinhava-se um encontro renhido, caracteristica habitual deste derby. Os academistas entraram melhor, fazendo vários remates nos primeiros 20m, um deles ao poste, por intermédio de Lino. Hélder Barbosa mostrava o seu grande valor e criava perigo pelas alas. Contudo, um pouco contra a corrente do jogo, a União inaugura o marcador, numa boa jogada de Sougou, que aproveita a desatenção da defesa da Académica e oferece o golo a Slusarski, à passagem dos 32m de jogo.

Na segunda parte, a Académica tentou reagir, mas os pupilos de Domingos souberam gerir a vantagem, concedendo pouco espaço aos academistas. Filipe Teixeira e Miguel Pedro ainda remataram à baliza de Fernando mas aos 82m, Slusarski bisa, a passe de Touré. O jogo acabou aqui, apesar de Manuel Machado ter arriscado tudo, ao colocar Litos a ponta-de-lança.

Num jogo equilibrado, venceu a equipa que se revelou mais lúcida e eficaz.

Melhor em Campo: Slusarski - Dois golos fáceis mas muitos não os conseguem marcar...

Positivo do jogo: O derby continua vivo, e o futebol da zona centro agradece!

Negativo: Lesão de Sougou, que teve de ser levado para o hospital.


Em Caldas da Rainha, o clube local, lider invicto da série D, 3ª divisão, recebeu os vizinhos de Alcobaça, num jogo com muita tradição. À partida, todos os media davam a vitória do Caldas como certa... Mas o futebol é muito subjectivo. Tal como há um ano atrás, o Ginásio foi ganhar a casa dos caldenses, provando que os tempos pobres de "vaivem" entre os distritais e a 3ª divisão já pertencem ao passado. Marquinho fez o único golo da partida, no decorrer da 2ª parte, após excelente jogada de Pedro Alberto (ex Caldas que ingressou no Ginásio há duas épocas).

O Caldas dominou a partida, mas as melhores ocasiões de golo pertenceram aos ginasistas.

Melhor em Campo: Pedro Alberto - Na época passada assinou o golo da vitória, esta temporada assistiu para o golo de Marquinho.

Positivo do jogo: Campo da Mata com boa moldura humana e rivalidade pacifica entre os dois emblemas.

Negativo do jogo: Apatia do Caldas, que esteve muito longe do futebol a que acostumou os seus adeptos.

O Caldas mantém-se no 1º lugar, isoladissimo, enquanto que o Ginásio ascendeu ao 6ª lugar da tabela.

1ª Divisão Distrital Zona Sul da A.F. Viseu - 5ª Jornada


Carregal do Sal 2 Santar 1

C. Sal: Carlos, Rui, Leal. Lourenço, Ricardo, Marco, Alex(C), Diogo, Tuta, Maurio, Dani
Substituições: Tuta por Gonçalo(66’), Dani por João(72’), Lourenço por Daniel(84’)
Suplentes não utilizados:Rui, Hélder, Emanuel, Cunha
Treinador: ?
Santar: Pio, Jorge Silva, Fábio, Luís, Neves(C), Mariano,Marinho,Filipe, Bruno, Man, V. Hugo
Substituições: Vítor Hugo por Jorge(45’)
Suplentes não utilizados: Rui
Treinador: João Pereira
Estádio: Estádio Nossa Senhora das Febres
Árbitro: Paulo Figueiredo
Árbitros auxiliares: José Duarte e Pedro Rodrigues
Resultado ao Intervalo: 1-1
Marcadores: Man(15’), Maurio(42’ e 52’)
Acção Disciplinar: Amarelo: F.ábio(35’), Vítor Hugo(43’), Marco(46’), Tuta(63’), Jorge silva(68’), Alex(75’), Rui(81)

O Santar saiu hoje derrotado do Carregal do Sal da forma mais nojenta que pode existir. O jogo pode dividir-se em duas fases e infelizmente essas fases não são a 1ª parte e a 2ª parte. O jogo divide-se num período até aos 15’ e o período dos 15’ até ao final. O Santar entrou melhor e estava a ser claramente a melhor equipa, quando Man de livre directo fez o 0-1. A partir deste momento a actuação da equipa de arbitragem mudou e começou a apitar a tudo e sempre em desfavor do Santar. Pouco depois do 0-1 Marinho colocou a bola por cima de Ricardo e ia entrar na área, mas o defesa esquerdo cortou com a mão. O árbitro nem amarelo mostrou. Todo e qualquer contacto físico existente era falta e sempre contra o Santar. Se em alguns lance o árbitro não ia assinalar, lá surgia um berro dum jogador do C. Sal e lá saía a falta. Foi assim o jogo todo. A equipa de arbitragem encostou o Santar à sua baliza. Ao 35’ Fábio viu amarelo por estar em frente da bola na altura da marcação de um livre. Nada a dizer deste lance, mas curioso foi o facto de na 2ª parte numa situação igual mas ao contrário o árbitro se ter esquecido do cartão. Os jogadores do C. Sal dirigiam-se aos nossos jogadores e ao árbitro num tom inacreditável e até numa enorme falta de educação. Aos 42’ o Carregal do Sal empatou. Maurio marcou o canto e houve um desvio ao primeiro poste para o fundo das redes. No minuto seguinte Vítor Hugo foi vítima de uma entrada dura e respondeu verbalmente. O árbitro que até então tinha estado surdo, ouviu e mostrou o amarelo. Certamente até aqui teria alguns protectores nos ouvidos que entretanto lhe devem ter caído. Antes disto já tinha dado ordem de expulsão ao delegado do S.C. Santar.
Se a primeira parte foi má, a segunda foi vergonhosa. A equipa do C. Sal não estava contente com o que se tinha passado e os seus jogadores resolveram começar as agressões. Jorge Silva foi agredido nas barbas do árbitro, mas talvez naquele momento lhe tenha passado algo em frente dos olhos que o tenha impedido de ver. Passado um minuto foi a vez de Filipe ser agredido. Claro que ninguém viu. Em dois minutos duas agressões que passaram impunes. O Santar mesmo a ser empurrado para trás estava a ser a melhor equipa e aos 51’ não chegou à vantagem porque algum objecto não identificado passava diante dos olhos do árbitro e o impedia de ver lances a favor da equipa de verde e branco. Num lance escandaloso, um defesa do Carregal do Sal cortou, conzudiu(nem sei o que se lhe pode chamar) a bola com a mão e o árbitro deixou jogar. Na sequência do lance Maurio apareceu isolado e fez o 2-1. Desde este momento deixaram de haver bolas, bolas essas que estavam escondidas atrás do banco do C.Sal e aumentaram de tom as ameaças. João Pereira, treinador do Santar foi ameaçado pelo guarda-redes Carlos. O árbitro auxiliar ouviu tudo e levantou a bandeirola, curiosamente para mandar o árbitro calar o treinador do Santar. O apita apita continuava e sempre contra o Santar. O árbitro conseguia até assinalar faltas em lances que estava tapado por jogadores, enquanto o seu árbitro auxiliar de frente para o lance nada marcava. O tal objecto não identificado que pairava pelo campo deve neste o noutros casos ter um efeito inverso, atribuindo poderes sobrenaturais ao sr. Paulo Figueiredo. Depois chegaram os foras de jogo escandalosos, sempre a prejudicar o Santar. Como se isto ainda não chegasse a cereja no topo do bolo aconteceu por volta dos 85’. Carlos, guarda-redes do C. Sal sai da baliza para cortar um lance, mas Filipe chega primeiro à bola e é abalroado por Carlos, quando não existia ninguém na baliza. O árbitro marcou a falta, mas talvez o objecto não identificado lhe tenha roubado os cartões, ou então talvez lhe tenha dado a informação que aquele não era dos verdes e brancos. O guarda-redes acabou por ter que ser assistido, e perderam-se cerca de 5’, que juntados a muitas outras longas paragens e 4 substituições, deram uma compensação de 4’. Mas calma que ainda não acabou aqui. Passados 2 minutos 30 segundos após o auxiliar levantar a bandeira o árbitro da partida terminou o jogo. Curioso foi que ao ser interpelado pelos jogadores do Santar para que mostrasse o tempo de descontos, ele todo atrapalhado tenha colocado os valores em zero.
Para a história fica a vitória da equipa com mais elementos e a derrota da melhor equipa em campo.
Curioso que para o jogo de “alto risco” Santar – Vila Chã de Sá tenha sido nomeado o experiente António Augusto Cardoso e para este jogo entre candidatos assumidos à subida de divisão tenha sido nomeado um árbitro sem qualquer experiência. Deve ser apenas coincidência.
Para que é que trabalhamos três vezes por semana, se ao fim-de-semana é sempre isto?

domingo, outubro 29, 2006

Dragões Vs Águias



Estádio do Dragão, cidade do Porto
Assistência: 50.233 espectadores
Árbitro: Lucílio Baptista


Visão Azul e Branca

A conclusão que tiro do jogo de ontem é que foi um verdadeiro clássico.
E foi assim porque tivemos todos os ingredientes para tal: Nervosismo inicial, um grande ambiente no estádio com grande movimentação de adeptos, excelentes coreografias, muitas vozes a cantar, confiança, golos, alegria, grandes golos, acalmia, desconfiança, desilusão, crítica, balde de água fria, descrença e por fim, a grande explosão de alegria.

No aquecimento dos jogadores pudemos ver a constituição inicial das equipas, tentar imaginar quais os impulsos dos treinadores ao escaloná-las e sonhar com o que se passaria durante o jogo.
Por parte do FCP, que é a que me compete, foi com um sorriso nos lábios que vi Paulo Assunção a aquecer, mas esse sorriso tornou-se em crença quando vi que Raul Meireles estava fora dos onze; Não porque não goste dele, mas porque, aquando da passagem do esquema adoptado por Adriaanse para o 4x3x3 de Jesualdo, eu preferia que esta alteração fosse, nessa altura, a tomada pelo treinador do FCP. Ainda mais porque os dois nos onze ainda não funcionam, tal como foi visto em Alvalade e como se pôde ver na segunda parte, mas já lá vamos. E assim, teria eu a oportunidade de ver esta alteração logo neste clássico. A minha confiança ficou tanto ou mais redobrada, que me fez dizer a quem estava a ver o jogo comigo que o FCP, assim, com aquele esquema, ganharia mais facilmente.

Começou o jogo, de forma equilibrada, mas cedo o FCP tomou conta dele, e de que maneira! Fruto de uma pressão muito, muito alta, de uma compensação inexcedível entre jogadores, de “secagem” das linhas de passe, o FCP dominava e obrigava o Benfica a errar, a falhar passes, mas mais importante, não deixava o adversário atacar nem ter a bola no seu poder, recuperando-a facilmente para encetar os seus ataques.
As coisas saíam bem ao FCP e depois de uma ameaça inicial com um livre de Anderson, Postiga marca um golo de sorte, tabelando ainda a bola em Lisandro, desviando-a de Quim até ao fundo das redes.
As coisas começavam a parecer fáceis e com variadíssimos momentos de beleza entre os mais jovens do FCP, avizinhava-se rapidamente novo golo, estando o Benfica completamente perdido e sem capacidade de se compor. Quaresma endiabrado fez o quis, com quem quis, à hora que quis. Um lance de génio ia fazendo o golo do campeonato e ainda estamos na 8ª jornada, um cruzamento de trivela a dar seguimento a um passe de calcanhar de Anderson, para a cabeça de Lisandro, um remate algo defeituoso depois de um contra-ataque exímio e mortífero, novo lance de génio sobre Nelson, com remate a traduzir-se em golo, um canto que quase saía directo, enfim, Quaresma estava nos seus dias, convidava todos os seus colegas a estar e punha as bancadas em perfeito delírio.
O FCP sufocava por completo o Benfica, até que uma tragédia grega atingia Anderson, que se viu obrigado a abandonar o encontro com uma fractura do perónio(!!), sabe-se lá até quando. Esperemos que seja por menos tempo do que Lisandro esteve parado na época passada, atingido pela mesma tragédia, mas com outro intérprete, num jogo entre as mesmas equipas, arbitrado pelo mesmo árbitro que, desta feita, nem falta marcou. Raul Meireles entrou em jogo para colmatar esta falha, e foi aí que residiu a fraqueza demonstrada pelo FCP a partir desse momento.
O FCP deixava o adversário avançar mais no terreno já que a pressão não era feita tão alta, deixava-o pausar e pensar o ataque perdendo menos bolas e assim, as coisas começavam a ficar mais equilibradas. De tanto ver os companheiros brilhar, Helton decidiu ser ele a manter a vantagem de dois golos, com duas intervenções indescritíveis, a remates de Fonseca e Paulo Jorge, lances estes que começaram pelo lado esquerdo do ataque benfiquista, onde Fucile se deixou ultrapassar com facilidade, escorregando imenso e sendo pouco “dobrado” pelo central, neste caso Pepe.
O intervalo chegava, as emoções acalmavam e recordavam-se os grandes momentos passados.
A segunda parte chega com o FCP a entrar melhor até que Fernando Santos decide mudar o que tinha feito, tirando um avançado para colocar um centro campista. O jogo equilibrou e virou logo a seguir, passando o Benfica a dominar a seu belo prazer o encontro. Isto deveu-se à superioridade a meio campo, mas essencialmente à passagem do ataque exclusivamente pelas laterais para o centro, com a inclusão de Nuno Assis, que diminuiu assim o hiato criado por um meio campo constituído por dois médios defensivos e dois alas, sem qualquer transição defesa-ataque, a não ser pelas linhas, deixando o centro do terreno entregue ao FCP. Como disse anteriormente, a pressão deixou de ser alta, a incompatibilidade entre Paulo Assunção e Raul Meireles assumiu-se e a superioridade numérica a meio campo registou-se, deixando agora, o FCP algo perdido naquela parte do terreno.
Surge o golo do Benfica, de um lance fortuito, de bola parada, em que Lisandro sai do sítio por onde a bola entra. Mais domínio do Benfica, mais perigo, mais descompensação por parte do FCP, mais desnorte e Jesualdo parado.
Numa perda de bola, mais um ataque do Benfica, pouca pressão sobre o jogador que tinha a bola e Nuno Gomes dá a todos os portistas um grande balde de água fria, empatando o encontro. Até final o empate interessava ao Benfica, mas num último fôlego Bruno Moraes dá a vitória ao FCP, trazendo de volta as emoções.

Conclusão
Este foi um clássico com todos os ingredientes, o resultado é justo pela diferença de qualidade demonstrada, pelo domínio demonstrado. Traduzindo, o FCP dominou muito mais e com muito mais qualidade na primeira parte, do que o Benfica na segunda. O empate seria aceitável, mas a vitória a surgir, penso que teria de ser aos da casa.

Melhor em campo
Das minhas palavras poder-se-á depreender que escolheria Quaresma, mas penso que Postiga fez um grande, grande jogo, em todos os sentidos. Defendeu, atacou, assistiu os colegas, fez gato sapato de Luisão, marcou e sentiu-se uma grande personalidade e grande confiança dentro de campo. Este é o Postiga de outros tempos e espero que venha para ficar.

Positivo do Jogo
Tanta coisa:
• A genialidade e a alegria dos jogadores do FCP na primeira parte
• Todos os lances disputados por Quaresma
• O ambiente no estádio
• 5 Golos
• As defesas de Helton
• A explosão de alegria com o golo de Bruno Moraes

Negativo do Jogo
• A lesão de Anderson
• A pouca ambição de Jesualdo ao não colocar um substituto para Anderson, como Jorginho, por exemplo
• O desequilíbrio que Fernando Santos provocou no meio campo, com o escalonamento de uma equipa que chegou a funcionar em 4x2x4.

Arbitragem
Não se notou por ela até o Benfica entrar no jogo, na segunda parte. Não teve qualquer influência no resultado, penso que foi sempre bem auxiliado, com excepção a dois lançamentos de linha lateral do FCP que foram dados ao adversário, deixou correr os lances parando pouco o jogo e marcou poucas faltas, ao contrário do que é seu apanágio. Na segunda parte tudo, ou quase tudo isto mudou. Mostrou amarelos a jogadores do FCP somente, apitou toda e qualquer falta com o mínimo contacto e, com isto, empurrou os visitantes para a frente. Contudo, quero dizer que me surpreendeu pela postura da primeira parte e que, repito, não teve influência no resultado.


“Allez, Porto allez, nós somos a tua voz, queremos esta vitória, conquista-a por nós”


Versão Vermelha e Branca

Grande jogo de futebol com um ambiente fantástico, ao qual se juntaram cinco golos, emoção e suspense até ao último minuto.

O FC Porto entrou mandão no jogo. Jesualdo, manteve o esquema ao contrário do que fez em Alvalade e o FC Porto enquanto teve Anderson em campo foi muito superior aos encarnados. Pensava-se que Fernando Santos poderia fazer jogar Paulo Jorge em vez de Kikin e voltar ao esquema de 4x3x3, mas o certo é que jogaram os dois e o treinador manteve o 4x4x2, com Simão e Paulo Jorge nas alas e Petit e Katsouranis no miolo, como o grego a ter mais liberdade que o português.
Os jogadores do Benfica entraram nervosos com o ambiente hostil que encontraram, visto que os estádio estava repleto de adeptos do FC Porto, e apenas a espaços se encontravam adeptos encarnados. No entanto o primeiro remate até pertenceu aos benfiquistas, por intermedio de Katsouranis, mas a bola passou ao lado da baliza. O FC Porto respondeu aos 6 minutos com dois bons remates de fora da area, através de Helder Postiga e Lucho Gonzalez, mas nos dois a bola foi à figura de Quim.
O primeiro lance de perigo para a baliza encarnada surgiu aos 9 minutos depois de uma falta apontada por Anderson na direita do ataque azul e branco, mas a bola bateu na barreira e foi desviada para canto, tendo no entanto passado muito perto da trave de Quim. Na sequência do canto , Lucho teve o golo nos pés, mas Quim com uma mancha excelente não o permitiu. O FC Porto dominava o jogo como queria e a defesa encarnada, encostada às cordas, teve bastantes dificuldades para sacudir a pressão.
Sem surpresas chegou então o primeiro golo do jogo, estavam decorridos cerca de 12 minutos. Helton bateu a bola, que foi parar aos pés de Postiga, este recebe de costas para a baliza, roda sobre Ricardo Rocha e remata. O remate teria sido inofensivo, não tivesse batido nas pernas de Lisandro e desviado para o fundo das redes de Quim. Era o delirio nas bancadas do Dragão.
O Benfica respondeu muito tenuemente, apenas com Léo a fazer uma boa jogada pela esquerda, batendo Fucile e rematando ao lado da baliza de Helton. Antes, mais uma excelente jogada do ataque portista a culminar com remate de Quaresma, que sai muito perto do poste de Quim. era o prenúncio do que se iria passar cinco minutos depois. Aos 20 minutos, o árbitro não assinalou uma falta de Fucile sobre Petit, a bola sobrou para Anderson que iniciou o contra-ataque, e depois de algumas tentativas falhadas da defesa encarnada para afastar a bola da baliza, esta caiu nos pés de Quaresma que com um remate em jeito, bem ao seu estilo, fez o segundo da noite, e mais uma explosão de alegria para os adeptos azuis e brancos.
Minutos depois, o acontecimento que iria mudar o rumo do jogo. Numa disputa de bola entre Anderson e Katsouranis, o prodigio brasileiro sai lesionado. Ainda tentou reentrar, mas acabaria por ter que ser substituido por Raul Meireles. A partir deste momento o FC Porto apenas teve mais uma boa jogada de perigo, envolvendo quase toda a zona atacante do FC Porto em troca de bola e culminando com o remate de Quaresma à figura de Quim. O Benfica aproveitou bem algum desacerto do meio campo portista depois da saida do brasileiro, e cresceu. Aos 37 minutos de jogo grande oportunidade de golo para os benfiquistas. Paulo Jorge e Simão tinham trocado de flancos e foi dos pés do primeiro que saiu a bola que foi parar a Kikin Fonseca que fez o que lhe competia, com Helton a responder com excelente defesa já em esforço. O FC Porto sentiu a pressão e foi Fucile ao antecipar-se a Nuno Gomes depois de centro de Paulo Jorge, que evitou mais uma jogada de perigo para a sua baliza. Já em cima do intervalo, foi Paulo Jorge que desperdiçou nova oportunidade, depois de boa jogada de Léo com Nuno Gomes a deixar passar a bola, com Helton a fazer nova grande defesa. O intervalo chegava com o Benfica a equilibrar as contas e a dispôr de duas grandes oportunidades nos último dez minutos de jogo. Ficou bem claro que existiu dois FC Porto: um com Anderson em campo e outro sem o jogador em campo.
As equipas vieram dos balnearios como sairam, mas a toada de jogo foi a mesma. Logo a abrir, Helton teve que se aplicar em dois lances. Primeiro a um remate de Petit que saiu junto ao poste, mas o guardião afastou para canto e depois a responder a um cruzamento-remate de Paulo Jorge. Nesta altura percebia-se que o Benfica controlava as operações e que a qualquer momento poderia chegar ao golo.
Fernando Santos operou duas alterações na equipa encarnada aos 54 minutos e aos 62' com as entradas de Nuno Assis e Mantorras, para os lugares de Paulo Jorge e Kikin Fonseca respectivamente. Logo a seguir surgiu o primeiro golo encarnado. Canto apontado por Simão na direita e ao primeiro poste surgiu Katsouranis que desviou a bola para o fudo das redes de Helton. Tantas vezes o cântaro ia a fonte, que alguma vez teria que partir. O Benfica já merecia este golo pela excelente reacção que teve no fim da primeira parte.
E se o meio campo portista estava nervoso, a partir deste momento ainda ficou mais. É que ainda faltava cerca de meia hora para jogar e o Benfica dominava a partida. A um quarto de hora do fim, Jesualdo lançou Tarik no lugar de Quaresma, que tinha desaparecido com a saida de Anderson. Mas era o Benfica que continuava a criar perigo, mas Helton e a defesa portista, com Pepe em destaque iam conseguindo resolver.
Mas aos 82 minutos, grande balde de agua fria no Dragão. Mantorras descobriu Nelson na direita, que fez um cruzamento mortifero para Nuno Gomes desviar no coração da area para o fundo das redes de Helton. Grande explosão de alegria no banco encarnado e nos adeptos benfiquistas presentes no Dragão que tinham chegado em algum número ainda no decorrer do primeiro tempo. Faltavam oito minutos para o fim do jogo e ficou a impressão que se o Benfica pressiona-se ainda mais o conjunto portista, poderiam chegar ao terceiro golo.
Jesualdo em desepero de causa tirou Paulo Assunção e fez entrar Bruno Moraes, passando a jogar os últimos minutos em 4x2x4 e teve bons resultados. Já nos descontos e depois de um lancamento longo de Fucile, grande confusão na área encarnada, que não conseguiu afastar a bola e esta foi parar à cabeça de Moraes que bateu Quim. Era a explosão de alegria no Dragão. Segundos depois o jogo chegava ao fim com a grande festa a fazer-se nas bancadas e no centro do terreno.~

O Melhor em Campo
Helton e Quaresma. O primeiro porque com duas excelentes defesas conseguiu evitar que o Benfica fosse para o intervalo com esperanças em dar a volta ao resultado, e porque foi dele que saiu a bola que deu origem ao primeiro golo do FC Porto. Muito seguro nos cruzamentos e bastante atento nos remates de Petit logo a abrir o segundo tempo e no cruzamento-remate de Paulo Jorge minutos depois.
Quaresma, porque esteve endiabrado no primeiro tempo e deixou a cabeça em água a Nelson. Fez uma primeira tentativa ao quarto de hora do primeiro tempo, e cinco minutos minutos depois acertou mesmo nas redes de Quim. Um grande golo, de levantar o estádio.

O Positivo do Jogo
* A atitude dos jogadores do FC Porto na primeira meia hora, altura em que foram muito superiores ao conjunto benfiquista e depois já nos minutos finais em que encostaram os encarnados às cordas, conseguindo o prémio: o golo da vitória.
* A atitude dos jogadores do Benfica no fim do primeiro tempo e durante toda a segunda parte. Nunca desistiram e foram premiados com dois golos que poderiam ter dado o empate.
* O ambiente no Dragão. mais de 50 mil pessoas num ambiente e colorido fantastico.
* O facto de não ter havido nenhuma expulsão e de um FC Porto-Benfica ter terminado apenas com a amostragem de dois cartões amarelos.

O Negativo do Jogo
* Minuto 30, momento em que Anderson é substituido depois de uma entrada mais rispida de Katsouranis. Sem este jogador o FC Porto perdeu quase toda a magia e dinâmica de jogo ofensivo que vinha mostrando. Alias, é notorio que depois da saida do prodigio brasileiro o FC Porto não mais rematou com perigo, nem criou jogadas perigosas junto da area encarnada.
* A atitude de José Veiga depois de Nuno Gomes ter feito o golo do empate e mais tarde no túnel de acesso aos balnearios. Não era necessario provocar os adeptos do FC Porto daquela maneira.

O Árbitro
Deve ter sido o clássico mais fácil de dirigir para Lucílio Baptista. Apenas dois amarelos e passou despercebido durante practicamente todo o jogo. Errou apenas num ou dois lançamentos que eram a favor do FC Porto e esteve mal no lance que originou o segundo golo portista: Fucile faz mesmo falta sobre Petit. De resto uma arbitragem coerente e sem dualidade de critérios. Os amarelos foram bem mostrados, tendo ficado mostrar, por ventura, um ou dois a jogadores do Benfica, nomeadamente Kikin Fonseca e Petit.




A equipa do Futebol de Ataque (facção benfiquista) presente no Estádio do Dragão: