Estádio: D. Afonso Henriques, Guimarães
Assistência: 10 321 pessoas
Árbitro: Paulo Paraty
Regresso às vitórias em Guimarães e regresso também de alguns sorrisos, pelo menos, aos rostos dos adeptos vitorianos.
O Vitória apresentou-se esta manhã no seu estádio com uma atitude bem mais aguerrida do que a que vinha a mostrar até aqui bem como uma vontade de vencer bem mais acentuada.
Primeira parte de boa qualidade para a turma de Norton de Matos, acentuada também, é verdade, pela pouca resposta do Desportivo de Chaves, o que não tira nem um bocadinho o mérito aos homens da casa que se esforçaram por proporcionar um futebol atraente. E até o conseguiram, se não atraente, pelo menos empolgante.
Aos 5' minutos, Henrique já tinha colocado a bola dentro da baliza adversária com um excelente cabeceamento, depois de um brilhante trabalho de Edgar Marcelino na direita do ataque vitoriano, a tirar um adversário do caminho e a cruzar com precisão.
Estava feito o 1-0 para os homens de Guimarães e a entrada desejada na partida. Se se esperava que o Vitória tirasse o pé do acelerador, como já havia feito em partidas anteriores, depois de estar em vantagem, tal não aconteceu. Pelo contrário, a equipa vitoriana continuou a proporcionar um espetáculo agradável de se ver, com muitas e flagrantes oportunidades de golo, sufocando completamente o adversário.
Henrique muito irrequieto lá na frente de ataque dava muito trabalho aos defesas contrários, Geromel, como sempre, garantia segurança na defesa, mas foi Ghilas e Brasília que proporcionaram os momentos de maior magia da manha. Primeiro Ghilas, numa bola dada como perdida por muitos, tira um adversário do caminho e remata em arco fazendo a bola bater na barra da baliza do Chaves. Um pormenor só ao alcance de quem tem o privilegio de ter pézinhos de ouro. Depois, Brasília, numa jogada de pura classe, desenvencilha-se de três adversários e remata fazendo a bola bater no poste da baliza contrária.
Por esta altura, o Vitória atacava muito mas não era eficaz e isso poderia revelar-se fatal. Não aconteceu e o árbitro deu por terminada a primeira parte da partida.
Na segunda parte, a partida perdeu um pouco do fulgor que o Vitória lhe vinha a impôr, sem nunca no entando deixar de perder o seu domínio.
Foi uma segunda parte de gestão do resultado por parte dos homens da casa sem nunca, no entanto, deixar de tentar alvejar a baliza contrária.
Pelo meio de alguns pormenores de perfeita infantilidade dos jogadores vitorianos, surgiram algumas e excelentes ocasiões de o marcador ser alterado a favor dos homens da casa mais uma vez, continuando a faltar, no entando, a indispensável eficácia que tem vindo a afectar a equipa do Vitória.
Mesmo assim, foi um bom jogo de futebol, com algumas arestas ainda a ser limadas, mas que demonstrou já uma maior segurança dos jogadores vimaranenses e acima de tudo, uma melhor atitude em campo.
A esperança começa a renascer.
MELHOR JOGADOR - Henrique #17.
Pelo golo. Pelo que jogou e pelo que fez jogar. Sempre muito irrequieto na frente de ataque, deu mais uma vez provas a Norton de Matos que tem lugar nesta equipa do Vitória e que a sua atitude guerreira parece ser a mais adequada para este tipo de competição.
ARBITRAGEM
Um pouco nervoso em algumas decisões mas não cometeu nenhum erro de especial relevo. Bem, no geral.
PONTOS POSITIVOS
- A "nova" atitude dos jogadores do Vitória. Mais vontade de ganhar, mais atitude guerreira e mais vontade de mostrar bom futebol. Vamos agora ver se será para manter...
- Ghilas, Henrique, Edgar Marcelino e Brasília. Com pormenores de classe destes, a questão é, porque é que não aparecem sempre a este nível?
PONTOS NEGATIVOS
- Os insultos a Vítor Magalhães vindos da bancada. Não me parece que seja, realmente, quer uma atitude correcta de protesto, quer uma atitude que ajude em alguma coisa. Pelo contrário...
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