segunda-feira, outubro 02, 2006

Estudantes Vs Alvi-Negros

Estádio: Cidade de Coimbra - 16 horas
Árbitro: Bruno Paixão
Espectadores: 5746

Adepto Estudante

AAC/OAF - Pedro Roma, Sonkaya, Litos, Medeiros, Lino, Pavlovic, Brum, Miguel Pedro, Dame, Filipe Teixeira, Gelson.
Treinador: Manuel Machado

Nacional - Diego Benaglio, Patacas, Fernando Cardozo, Ricardo Fernandes, Bruno Bastos, Cleber, Bruno Amaro, Bruno, José Vitor, Juliano, Adriano
Treinador: Carlos Brito

O jogo começa em toada lenta, claramente imposta pelos homens do Nacional e com uma AAC passiva perante esse ritmo, que é aquele que mais favorece a equipa insular que jogou há menos de 72 horas. Apesar deste começo de jogo em que o Nacional controla a partida, aos 8 minutos após um roubo de bola de Gelson (em lance demonstrativo de todo o seu voluntarismo), este endossa o esférico a Dame que a uma distância de 20 a 30 metros da baliza adversária chuta violentamente para um golaço, talvez inspirado plo de Van Persie na véspera!

Os adeptos da Briosa sorriem, pois parece que é hoje o dia da vitória que todos anseiam. Mais optimistas ficam quando aos 13 minutos nova recuperação de bola de Gelson cria um lance de perigo na área adversária, mas o que sobra em vontade a Gelson falta-lhe em técnica e o remate sai quase junto da bandeirola de canto contrária.

Apesar do ritmo de jogo continuar a ser do Nacional, aos 17 minutos nova oportunidade para a AAC em jogada individual de Filipe Teixeira, na área nacionalista que acaba com um remate cruzado para fora.

A meio da primeira parte o jogo continua lento, estranhando-se que a Briosa não pegue no jogo e não imponha um ritmo mais veloz na partida de forma a procurar cansar o adversário para a posterior estocada final, pois o Nacional não cria perigo e até aos 25 minutos de jogo Pedro Roma fizera só uma defesa, executando a segunda aos 28 minutos.

Aos 33 minutos de jogo nova jogada individual de Filipe Teixeira com passe a desmarcar Gelson, já dentro da área adversária, mas o lance acaba por se perder com falta cometida pelo avançado da AAC.

Aos 35 minutos o momento que vai decidir a partida ocorre sem que os espectadores ainda o saibam. O Nacional faz uma substituição, entrando Pateiro para o lugar de Juliano. Pateiro vai-se colocar na esquerda do ataque nacionalista e começam os problemas para a Briosa nesse flanco. Desse lado nasce a jogada que vai dar o empate ao Nacional, com Pateiro a ganhar o lance a Miguel Pedro, a cruzar para a área e corte em voo de Litos para canto. Grande penalidade assinalada pelo árbitro que dá a indicação de o corte ter sido efectuado com o braço.

Na conversão Bruno não perdoa e iguala a contenda.
A Académica foi a unica equipa que criou lances de perigo e jogadas dignas desse nome mas vê-se a regressar aos balneários com um empate.

Na segunda parte, M.Machado faz entrar Helder barbosa para o lugar de Dame e faz descer Gelson para a posição de médio ofensivo. Talvez a acusar ainda algum desgaste devido à lesão, esteve longe de se ver o Helder Barbosa indefensável que todos conhecemos, mas uma coisa é certa: Helder Barbosa finta 3 gajos numa cabine telefonica à vontade.

Empolgado regressa o nacional que sem dominar o jogo se coloca em vantagem no marcador. Pateiro, que entrou, acabou por revolucionar todo o jogo dos alvi-negros e foi ele que levou a equipa as costas.

Com golos aos 55 e 58 minutos, o Nacional dá a cambalhota no marcador e põe o resultado em 3-1 favorável aos insulares. Depois disto a arbitragem continuou desastrada e Bruno Paixão continuava a ser o melhor em campo dos nacionalistas. A voz de Rui Alves é cada vez mais um poder no futebol portugues. Foi inacreditável o que se viu em Coimbra.

O jogo termina com o resultado de 3-1 e com as expulsões de Medeiros e Litos, os centrais da Académica.

Positivo do jogo:
O sol
o golo de Dame

Negativo do jogo:
O jogo foi, como diz o outro: fraco, fraquinho, mau, péssimo, uma nausea.
Bruno Paixão
A Académica volta a perder em casa depois de estar em vantagem. Adivinham-se tempo dificeis em Coimbra

Melhor em Campo:
Pateiro

[Libelinha]


Adepto Alvi-negro

Nacional da Madeira conquista segunda vitória consecutiva e parece ter ultrapassado o mau momento que vinha a passar. Académica de Coimbra cai aos pés da equipa que melhor joga futebol na ilha da Madeira. A formação alvinegra bateu, na Briosa, a equipa da cidade dos estudantes, por um expressivo 1-3.

Talvez ainda com o Rapid Bucareste em pensamento, jogo a contar para a Taça UEFA, o Nacional entrou muito bem na partida com a Académica, assumindo o controlo de jogo.

Apesar do domínio madeirense, a verdade é que foi a Académica a marcar e a tirar partido de uma equipa fragilizada que vinha de uma derrota e de um jogo desgastante.

Bruno Basto não foi capaz de despachar a bola de uma zona perigosa, sofreu uma falta não sancionada e Dame rematou de primeira a cerca de 35 metros da baliza de Diego batendo o guarda-redes alvinegro. Um “golaço” aos sete minutos.

A reacção nacionalista foi mais domínio, muita troca de bola, mas sem quaisquer efeitos práticos, o que era óptimo para o adversário que fechava bem a sua defesa. E foi mesmo a Académica que esteve perto de ampliar a vantagem. Primeiro Gelson, isolado, rematou de bico muito ao lado. Depois, Filipe Teixeira rodou bem na entrada da área e rematou com perigo, mas ao lado.

Carlos Brito mexeu na equipa, fazendo entrar Ricardo Pateiro para o lugar de um cansado Juliano Spadacio, aos 36 minutos. O treinador nacionalista acertou em cheio ao fazer esta substituição. O extremo começou logo a mostrar serviço, servindo Bruno Basto que arrancou um cruzamento da esquerda para Litos cortar com o braço direito e o árbitro marcar uma grande penalidade indiscutível. Bruno começou aí uma tarde de sonho ao concretizar o castigo máximo em golo.

E que ânimo trouxe o empate ao Nacional! Ainda antes do árbitro apitar para o intervalo, José Vítor podia ter marcado o segundo. Valeu Pedro Roma aos “estudantes”.




Na segunda metade, o Nacional voltou a entrar mais forte e logo aos 55 minutos Ricardo Pateiro isolou Adriano que fez um chapéu a Pedro Roma, tendo o golo sido evitado por Miguel Pedro.

Este lance foi a certeza de que o golo da equipa alvinegra estaria a chegar. Aos 59 minutos, Bruno cruzou da direita e Adriano antecipou-se ao marcador directo para cabecear para o golo.

Aos 64 minutos, Litos foi expulso por, no entender do árbitro, ter agredido Ricardo Fernandes. Missão facilitada para os nacionalistas que no minuto seguinte chegaram ao terceiro golo por Ricardo Pateiro que concluiu de primeira uma boa jogada de entendimento com Bruno e Adriano.

Daqui para a frente só registo para a expulsão de Medeiros e para uma perdida incrível de José Vítor com a baliza totalmente à sua mercê. Com três golos e uma reviravolta o Nacional conseguiu três pontos para sair dos lugares mais fundos da tabela classificativa.

Melhor Jogador: Bruno. Depois de ter estado afastado por motivos disciplinares, voltou com grande vontade e fome de bola. Esteve no meio do terreno a coordenar, a pautar e distribuir jogo. E quando não o conseguia veio às alas procurar a bola. A fome era muita e as saudades da competição também. Deu provas de humildade com esta atitude. Marcou um golo de grande penalidade com classe. Esteve sempre muito bem e está de parabéns!

Arbitragem: O árbitro da partida teve algumas falhas. A primeira foi logo no golo sofrido pelo Nacional. Bruno Basto sofreu falta nesse lance. Equilibrou depois a sua exibição. Esteve bem ao assinalar a grande penalidade de Litos, faltou o cartão amarelo para o jogador.

Positivo do Jogo: O CD Nacional ter conseguido mais uma vitória e ter praticado um bom futebol e uma boa coesão entre todos os jogadores. Bruno esteve em destaque e é uma pérola da equipa alvinegra.

Negativo do Jogo: O único ponto negativo do jogo foram as duas expulsões da equipa dos “estudantes” e a arbitragem que nem sempre foi a correcta.

[André Santos]

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