quarta-feira, outubro 04, 2006

Arsenalistas Vs Dragões


Estádio: Municipal de Braga
Espectadores: 13 740
Árbitro: Lucílio Baptista
Árbitros assistentes: José Cardinal e José Ramalho

As equipas:

SC Braga - Paulo Santos, Luís Filipe, Paulo Jorge, Nem (83’), Carlos Fernandes, Madrid, Hugo Leal, Castanheira (54’), Maciel, Wender(54’), Marcel.
Treinador: Carlos Carvalhal
Suplentes utilizados: João Pinto (54’) Cesinha (54’) Maurício (83’)
Suplentes não utilizados: Dani Mallo, Frechaut ,Ricardo Chaves e Zé Carlos.
Disciplina – Cartões amarelos: 10’ Carlos Fernandes, 13’ Luís Filipe, 74’ Paulo Santos
Golos – 26’ – Marcel ; 56 – Luís Filipe

FC Porto – Helton, Bosingwa, Pepe, Bruno Alves, Ezequias (77’), Paulo Assunção (32’), Lucho, Raul Meireles, Quaresma(72’), Anderson , Hélder Postiga.
Treinador: Jesualdo Ferreira
Suplentes utilizados: Lisandro (32’), Vieirinha (72’), Alan (77’)
Suplentes não utilizados: Vítor Baía, Ricardo Costa, Diogo Valente e Jorginho.
Disciplina – (15’) Lucho, (38’) Pepe, (45’) Lisandro, (64’) Quaresma, (84’) Bosingwa
Golo – 42’ – Hélder Postiga

À quinta jornada, a primeira derrota do FC Porto, desenhada a traços de audácia e temor. Audácia de um Braga que, esquecendo os 120m da passada quinta-feira, não teve medo de ganhar e temor de um Porto receoso das suas capacidades, receoso de controlar o jogo no meio-campo bracarense, optando por reforçar a linha média defensiva, num sistema que deixa Andersson perdido entre a lateral e o centro do terreno e Raul Meireles e Paulo Assunção a estorvarem-se mutuamente. Durante o jogo, várias vezes me veio à memória a dupla Costinha/Paredes...

Contudo, logo no início do jogo, Lucho teve nos pés o primeiro golo, falhando isolado, após um excelente desenho ofensivo dos azuis e brancos. E talvez este lance tivesse mudado a história do jogo. Mas, na verdade, desde esse momento os arsenalistas tomaram conta do jogo, apoiados num meio-campo preciso como um relógio suíço, onde pontificava o esclarecimento de Andrés Madrid. E acaba por ser com naturalidade, que fruto de uma incrível falha de marcação da defesa portista, Marcel inaugura o marcador aos 26’.
Jesualdo tenta corrigir o mal feito no início com a entrada de Lisandro para o lugar do “fantasma” Paulo Assunção, e o FC Porto dá sinais de querer equilibrar contenda, acabando por igualar a partida já perto do intervalo com um excelente golpe de cabeça de Postiga.

No reatamento, assistimos a um jogo equilibrado que começou a pender para os da cidade dos Arcebispos com a audácia das substituições de Carvalhal, que foram recompensadas pelo golo de Luís Filipe, num bom remate de fora da área, mas com uma enorme passividade da defesa portista, a fazer lembrar o 2º golo do Arsenal. No resto do jogo, com mais coração do que cabeça, o FC Porto carregou sobre a área contrária, com especial relevo para uma cabeçada de Pepe, que merecia outro destino. Tentativas infrutíferas que redundaram numa vitória que acaba por ser justa para o Sporting de Braga, numa reprovação ao primeiro exame a sério de Jesualdo na Liga.

Melhor Jogador:

Andrés Madrid: Incansável, esclarecido e preciso. Bem a atacar, melhor a defenfer. O que faz no Braga?

Postiga: Nunca virou a cara à luta e assinou um belo golo de cabeça. E que tal trabalhar as situações de fora de jogo?

Arbitragem:

Bem no aspecto técnico, muito mal nos aspecto disciplinar. Incriveis os amarelos mostrados a Lisandro e a Pepe.

Positivo:

- O pulmão do Braga, aliado à excelente organização revelada em campo.
- A audácia de Carvalhal.
- Postiga parece ter reencontrado o caminho do golo.

Negativo:

- A defesa do FC Porto. Por vezes evapora-se, sendo notório que a dupla Bruno/Pepe não se complementa de forma perfeita. Ezequias pura e simplesmente não tem classe.
- A dupla Meireles/Assunção com 4 defesas não funciona. Revela sim o medo com que Jesualdo encarou este jogo.
- Quem é aquele tipo que anda disfarçado de Lucho no meio campo do Porto?

[Nortenho]

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