segunda-feira, agosto 20, 2007

Marafados, 0 x Lobos do Mar, 4

Estádio: Municipal de Portimão
Assistência: 1200
Árbitro: Augusto Duarte


Portimonense: Mário Felgueiras; Ricardo, Miguel, Carlos Manuel, Maxi Bevacqua; Ricardo Vaz, Rui Ferreira, Diogo; Raphael, Nuno André, Emídio
Jogaram ainda: Cissé, Gonzalo Marronkle, Pimenta

Varzim: Bruno Conceição; Pedrinho, Alexandre, Nuno Gomes, Telmo; Tito, Emanuel, Malafaia; Marco Cláudio, Roberto, Chico
Jogaram ainda: Pedro Santos, Bruno Moreira, Candeias

Golos:
Chico (19' e 36') Roberto (53' e 56')
Cartões:Malafaia (21'), Cissé (86')


Queriam ver o Varzim? Foi o Varzim que tiveram!

A má imagem que a turma da Póvoa deixou há uma semana frente ao Leixões foi o objecto de trabalho de Diamantino Miranda para preparar a equipa para o embate com o Portimonense. Escusado será dizer que, a julgar pela atitude dos jogadores, a abordagem ao desaire foi positiva. A resposta foi notória.

O Portimonense entrou na contenda como entram as equipas da casa: ao ataque, a tentar impor as regras do jogo.Nos minutos iniciais, os comandados de Luís Martins estiveram mesmo a dominar as operações. Exemplo disso são as rajadas de ataque sucessivas dos algarvios. Numa delas, Maxi Bevacqua mandou um petardo cruzado às redes alvi-negras mas Bruno Conceição travou o remate que levava selo de golo. Foi o melhor que se viu do Portimonense que aos 19 minutos já estava a sofrer o primeiro golo. Jogada pela esquerda de Roberto que ao chegar à área, cruza para o interior... o esférico passa por Marco Cláudio... e Chico troca as voltas aos centrais algarvios, rematando em jeito sem hipóteses para Mário Felgueiras. Foi o suficiente para o Portimonense desmoronar, qual baralho de cartas.
Veio ao de cima a maturidade táctica dos pupilos de Diamantino.
Os poveiros assenhoraram-se do jogo e passado um quarto de hora, eis que surge o 0-2: uma jogada fabulosa de entendimento que começa em Emanuel que, encostado à lateral, serve Marco Cláudio no miolo, que de imediato solta para Pedrinho servir (quem mais??!) o inevitável Chico. À boca da baliza o #25 só teve de encostar o pé.

No reinício da partida, o Varzim confirma a superioridade desta vez por Roberto: aos oito minutos da segunda parte, o #9 isolou-se a alta velocidade para a baliza e, à saída de Mário Felgueiras (que ainda tocou no esférico), rematou para o fundo. Era quase o fim da festa, mas ainda faltava mais um. Novamente por Roberto. Chico devolveu a assistência da primeira parte ao avançado brasileiro e serviu-o para, de cabeça, fazer o 0-4 final.

Triunfo incontestável.


MELHOR EM CAMPO


CHICO #25. Como se não bastassem os dois golos que marcou, ainda assistiu Roberto para mais um. O ponta de lança ex-Trofense é, talvez, o melhor reforço do Varzim esta pré-temporada. É matador, tem sentido posicional dentro da área. Vê-lo jogar faz crer que a ciência da bola é fácil. Mas há lances que estão ao alcance só dos melhores. A excelência com que aproveitou as oportunidades para marcar está à vista. Contou com o contributo excepcional de unidades centrais da manobra varzinista. Seria, por isso injusto não sublinhar o papel do cérebro que é Marco Cláudio e o desempenho decisivo de Tito à frente da defesa. Simplesmente irrepreensíveis.


ARBITRAGEM: Discreta a actuação de Augusto Duarte. O único erro que cometeu foi não expulsar o central varzinista Nuno Gomes que, na sequência de um canto, POSITIVAMENTE agrediu Nuno André.


PONTOS POSITIVOS


Inteligência. Para golear nem sempre é preciso jogar muito. O que o Varzim não produziu de futebol espectáculo capitalizou em eficácia.


Mescla. A experiência de jogadores como Emanuel, Marco Cláudio ou Alexandre cruzam-se com a energia de Chico, Roberto, Tito ou Pedrinho. O Varzim é esta mescla que, salvo o jogo da Taça da Liga frente ao Leixões, é marca de sucesso dos alvi-negros.


PONTOS NEGATIVOS

Imaturidade. O Portimonense sofreu o primeiro golo e colapsou. À atenção de Luís Martins: é preciso trabalhar mais e melhor.

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