segunda-feira, agosto 13, 2007

Tribunal Atacante - Especial Supertaça

Olá pessoal! Estou de volta para vos trazer a melhor rubrica do Futebol de Ataque. Não sou eu que o digo. São vocês, meus "fãs" que me enchem a caixa de correio electrónico de mensagens de apoio incondicional. A todos vocês o meu sincero obrigado.
Vamos então começar a época com um pré-Tribunal em que a Supertaça Cândido de Oliveira estará debaixo do microscópio:

Competição: Supertaça Cândido de Oliveira
Estádio: Dr Magalhães Pessoa
Sporting Clube de Portugal - Futebol Clube do Porto

Árbitro: Bruno Miguel Duarte Paixão (A.F. Setúbal)
33 anos, Engenheiro de Produção Industrial

Árbitros Assistentes:
- António Godinho
- Paulo Ramos
4ºÁrbitro: Marco Ferreira (A.F. Funchal)

Bruno Paixão, árbitro internacional português, subiu ontem ao relvado do Magalhães Pessoa para arbitrar o primeiro troféu da época, que este ano representava mais um clássico do futebol português. Esta nomeação pareceu-me um voto de confiança num árbitro que é internacional que deverá ter dado mais uns cabelos brancos a Vitor Pereira. Sim, porque provou mais uma vez no jogo de sábado que "ainda" não está pronto (alguma vez estará???) para grandes palcos.
Mas adiante, aos lances mais problemáticos:

1' - Bruno Paixão quis segurar o jogo de início e assumiu esta posição com um cartão amarelo a Paulo Assunção no primeiro minuto de jogo. Embora sendo uma falta que pelo local e pelo momento (momento no jogo, não no cronómetro, entenda-se...) podia passar sem sanção disciplinar, compreendo e aceito que o árbitro tenha mostrado o amarelo pelo aparato da falta e pela mensagem que o cartão passava aos jogadores desde o início.
(Nota: este lance surge junto dos lances mal ajuizados, embora tenha uma opinião positiva em relação à avaliação do mesmo, porque é bastante discutível e condiciona o trabalho do árbitro a partir desse momento.)

8' - Helton decide ir à linha lateral e ao perder a posse de bola atrasa a reposição de bola em jogo. Compreende-se a atitude do jogador pois este não se encontrava na baliza mas não se compreende que o árbitro, após não ter avisado Assunção no primeiro minuto (passou logo à sanção disciplinar), tenha resolvido este claro desrespeito pelas leis com um simples aviso ao guardião portista.

17' - Mais uma desatenção incrível da equipa de arbitragem. Ricardo Quaresma bate um livre com a bola a embater no poste e ressaltar para a sua área de acção onde novamente centra para a área, sem que outro jogador em campo tenha tocado nela. O árbitro devia ter interrompido o jogo e marcado a respectiva infracção dado que um jogador não pode bater um livre e voltar a tocar na bola sem que nenhum dos restantes jogadores o tenha feito primeiro.

18' - No minuto seguinte Tonel tem uma entrada perigosa sobre Quaresma que não é (e mal) sancionada disciplinarmente com a consequente cartolina amarela, fazendo cair por terra o critério que vinha a demonstrar até aí...

24' - Aqui Bruno Paixão mostrou o seu nervosismo a toda a gente... Lance no ataque do Sporting que é cortado na defensiva portista por Bosingwa. Entretanto, no calor do momento ofensivo da sua equipa, Romagnoli e Derlei chocam um com o outro ficando o segundo no chão agarrado à face. Bosingwa prossegue com o jogo e lança Adriano. Após um passe longo de Bosingwa e com o lance a ser disputado do outro lado do campo entre Adriano e dois defesas leoninos, o árbitro interrompe o jogo para se assistir Derlei... O árbitro tem autoridade para o fazer mas bom-senso foi coisa que não assistiu a decisão. Ou interrompia a jogada antes que a bola chegasse ao ataque portista (seja este no meio do meio-campo leonino, seja dentro da área de baliza) ou então não interrompia. A decisão que tomou parece até premeditada (o que sinceramente não acredito que tenha acontecido) de tamanha falta de bom-senso que ostenta.

29' - Fora-de-jogo duvidoso que é tirado a Adriano num lance que poderia ser muito perigoso para a baliza do Sporting.

53' - Após mais um centro de Quaresma para a área, Tonel falha a intersecção com a cabeça e acaba por mudar a trajectória da bola com o braço direito. Grande penalidade que ficou por assinalar.

Nesta pequena descrição, apresento o que acho que falhou no trabalho de Bruno Paixão. Apresento apenas as falhas, porque considero que o jogo não foi difícil e Bruno Paixão tinha condições para fazer francamente melhor. Digo isto porque também houveram coisas boas no trabalho do juíz setubalense como por exemplo a sua boa actuação em termos disciplinares (exceptuando um cartão amarelo por mostrar a Helton aos 8' e a Tonel aos 18'). Mas em termos técnicos esteve muito mal.

Uma nota final aos mais incautos: esta rubrica é de opinião e da exclusiva responsabilidade do seu autor que a escreve com base na observação que faz dos lances em questão. Sendo assim este trabalho merece e agradece todo o tipo de crítica devidamente fundamentada e com intuito de proporcionar-me um melhor trabalho no futuro.Será assim hoje e sempre no TRIBUNAL ATACANTE...

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