sábado, maio 26, 2007

Clubes Atacantes - Athletic Club Bilbao

ATHLETIC BILBAO

A equipa de hoje, é talvez aquela que maior simpatia suscita a nivel internacional, pela simples caracteristica de só usar nos seus “11's” jogadores nascidos, criados ou formados na sua região administrativa. Consegue consolidar isso com o facto de formar grandes equipas, aliados ao velho ditado tão em desuso que é o de “jogar por amor à camisola”. Outra das grandes curiosidades é ser juntamente com o Real Madrid e o Barcelona, o único dos fundadores do campeonato que nunca desceu de Divisão, jogando assim na Divisão Maior do futebol espanhol, desde sempre. Só por uma vez, jogou com uma equipa portuguesa nas competições europeias, o FCPorto. Ao lerem a história do Athletic Bilbao, vão ler também um pouco da história do Atlético Madrid, porque há muitas intimidades e factos curiosos, entre as duas equipas.


O Athletic Bilbao, não tem uma data de fundaçao exacta, pela simples razão que nasceu de uma fusão entre clubes. Mas as datas que se apontam são 1898, 1901 e 1903.

Mas para lá chegarmos temos de rever toda a história uma vez que o Futebol foi introduzido na cidade de Bilbao por dois grupos distintos de pessoas, mas ambas com ligações a Inglaterra.

Nos últimos anos do sec. XIX, Bilbao era um importante porto de embarque e desembarque de uma não menos importante região industrial, ligada às Minas de Ferro. As minas foram a grande força da economia espanhola de então e em resultado disso atraiu muitos trabalhadores migrantes. Entre eles alguns de Inglaterra, de regiões como Sunderland, Southampton e Portsmouth.

No inicio dos anos 90, alguns desse trabalhadores juntaram-se e formaram o Bilbao Football Club.

Juntamente com a vinda dos ingleses deu-se a ida para Inglaterra, de vários estudantes das classes mais ricas, a fim de estudar Engenharia Civil e Comercio, nas Universidades do Reino Unido. Ganharam lá o “bichinho” do futebol e quando voltaram começaram a realizar partidas amigaveis com os trabalhadores ingleses.

Foi então em 1898 que esses estudantes fundaram o Athletic Club, usando a grámatica inglesa para o nome da equipa. Só em 1901 e no Café da moda, o Café Garcia, se fundaram as verdadeiras bases e regulamentos do Athletic Club.

Em 1902, os dois clubes citadinos juntaram-se e formaram o Club Vizcaya, para jogarem na Taça do Rei. Apenas se juntaram formando um misto de jogadores mas não se fundiram.

Nesse ano o Club Vizcaya (um misto de jogadores do Athletic Club e do Bilbao FC), chegaria à final da primeira Taça do Rei, ganhando-a frente ao Barcelona, 2-1.

Por causa da excelente experiência que foi o jogarem juntos e terem ganho a Taça, os clubes fundiram-se no ano seguinte criando assim o Alhletic Club Bilbao.

A Taça de 1902 aparece no museu do Athletic Bilbao e é apenas reconhecida pelo clube, uma vez que a Federação Espanhola reconhece como tendo sido ganha pelo Club Vizcaya.

Os estudantes Bascos eram contudo grandes entusiastas do futebol, como já foi dito anteriormente, tendo criado o Athletic Club em Bilbao, mas os mesmos estudantes Bascos que foram mais tarde estudar para Madrid aí criaram o Athletic Club em Madrid. Este clube mais tarde seria o famoso Atlético Madrid que conhecemos, mas já sem a gramática inglesa, como o de Bilbao.

Em relação às cores do clube a história também se divide. Os primeiros equipamentos eram às riscas azuis e brancas, mas em 1910 mudaram para as vermelhas e brancas que ainda hoje mantém.

Há duas versões para esse facto ter ocorrido em 1910 (a troca de equipamentos). Uma delas sustenta que por causa das origens do clube e dos trabalhadores ingleses provenientes das cidades de Sunderland e Southampton, o equipamento foi mudado para ser igual aos clubes destas duas cidades, e assim atrair mais publico aos jogos.

A outra tem a ver com a compra de novos equipamentos. Um dos membros da direcção do clube foi a Inglaterra para adquirir camisolas novas de jogo, nos tons originais, azul e branco, mas como não encontrou quem vendesse dessas cores, chegou a Espanha com as camisolas de cor vermelha e branca.

Contudo a hipótese mais credível, prende-se com o facto de serem mais baratas as camisolas de riscas vermelha e branca, porque era com essas cores que se faziam os colchões de então, e as sobras facilmente eram aproveitadas para fazer camisolas de jogo.

Assim tanto o Athletic Bilbao como o Atlético Madrid mudaram de equipamento, só que os de Madrid fizeram-no primeiro e ganharam a alcunha de “Los Colchoneros”, ou seja, algo do tipo “Fabricantes de Colchões” ou “Homens dos Colchões”, seja como for, é uma clara referência aos colchões e às suas cores.

O Athletic Bilbao era uma das grandes equipas de então, talvez a mais forte ou ao mesmo nivel do Real Madrid. A prova disso é que foi 6 vezes seguidas à final, desde o seu começo, tendo ganho as 3 primeiras e perdido as 3 seguintes.

Já o Real Madrid falhou a primeira final, por troca com o Barcelona, mas foi às 5 finais seguintes, ganhando 4 seguidas. De salientar que esta final, desde 1902 até 1910 foi sempre disputada em Madrid, o que beneficiava indirectamente o Real em relação ao Athletic.

De 1910 a 1916 o Athletic foi 6 vezes à final, o que desde a criação da Taça do Rei, (15 anos de competição) obteve 12 presenças na final com 8 vitórias. O que demonstra bem a sua superioridade em relação aos demais clubes de Espanha.

A primeira grande vedeta da equipa foi Rafael Moreno Aranzadi, famigeradamente conhecido por Pichichi, e que foi um grande goleador. Pichichi obteve a glória eterna, quando em 1953 o seu nome foi associado, a quem quer que seja o melhor marcador do Campeonato Espanhol em todas as épocas, passadas e futuras, tanto na Primeira como na Segunda Divisões.

É o mesmo que considerarmos o Melhor Marcador do campeonato Português o “Eusébio”, Troféu Eusébio, ou quem será o Eusébio do nosso campeonato, isto como referência ao vencedor da lista dos melhores marcadores da época no campeonato.

Pichichi foi também o marcador do primeiro golo de sempre no Estádio San Mamés, em 1913, e o primeiro a marcar um hat-trick numa final da Taça Rei (1915 contra o Espanhol).

Morreu em 1922, apenas com 29 anos, e em 1926 foi erigido um busto seu à entrada do Estádio San Mamés. As equipas que visitam pela primeira vez o Estádio, prestam homenagem colocando uma coroa de flores na base do busto.

O sucesso inicial e fulgurante, do Athletic, deu aos bascos algo de que se sentirem orgulhosos e o apoio ao clube tornou-se uma maneira legitima de expressar o Nacionalismo Basco, especialmente durante a era Franquista.

Tornou-se também identificado com o partido politico EAJ-PNV, fundado em 1895. Assim alguns nomes sonantes do partido eram também nomes sonantes do clube de futebol. Jose Antonio Aguirre, um distinto jogador “rojiblanco” dos anos 20, tornou-se o primeiro presidente do Pais Basco em 1936.

Como a FIFA nunca reconheceu o Pais Basco como selecção, o Athletic é muitas vezes referenciado como sendo a própria selecção do Pais Basco. Em 1975, 15 dias após a morte de Franco, num jogo Athletic Bilbao – Real Sociedad, tanto o capitão “athletico”, Iribar, como o capitão “real”, Kortabarria, entraram em campo empunhando a Ikurriña (bandeira do Pais Basco) e colocaram-na no centro do terreno. Mais tarde Iribar e Kortabarria seriam dois dos fundadores do Herri Batasuna, um partido politico pró-independentista.

Voltando atrás, mais propriamente a 1912, com a saida dos últimos 3 estrangeiros como jogadores do clube, apareceu não-oficialmente a ideia de “Cantera” e nasceu uma politica desportiva virada para a mesma.

O desenvolvimento da “Cantera”, deveu-se ao reavivar do nacionalismo Basco e da ideia de um Pais Basco independente. Assim a “cantera” é referida como sendo uma Academia de formação de jovens jogadores para incorporar, mais tarde, as fileiras seniores do clube. Inicialmente foi sugerido que só jogadores de etnia Basca, nascidos no Pais Basco, pudessem jogar, mas rapidamente foi abandonada a ideia para inlcuir qualquer jogador que nascesse na Região Basca.

O fluxo de imigrantes vindos de toda a Espanha, resultou no aparecimento de centenas de jogadores de qualidade e a “Cantera” trabalhou em favor do clube. A Espanha, em 1920, participou nos Jogos Olimpicos com uma Selecção de 21 jogadores, 14 dos quais eram Bascos.

O clube ganhou admiradores e criticos. Admiradores por promoverem os jovens da terra e a lealdade ao clube, e os criticos acusando-os de xenofobos e dão os exemplos de Pereda, Miguel Jones e Garate. Pereda nascido em Burgos mas que desde cedo se instalou no Pais Basco jogando no CD Indautxu de Bilbao, foi recusado pelo Athletic. Miguel Jones nasceu na Guiné Equatorial, tambem jogava no CD Indautxu e também foi rejeitado pelo Athletic. Garate tinha nascido na Argentina.
Os Bascos defendem-se dizendo que não é uma politica anti-estrangeiros mas sim pró-basca, e dão como exemplos os ex-jogadores, Biurrun, brasileiro, mas desde miudo em Espanha, formado na Cantera e o Francês Lizarazu, nascido no Pais Basco Francês. E por fim fazem referência ao nome e origens da equipa, Athletic e ao facto de regularmente terem treinadores estrangeiros.

O primeiro Campeonato Espanhol surgiu em 1928 e em 10 equipas 4 eram do Pais Basco: Athletic Bilbao; Real Sociedad; Real Unión e Arenas Getxo. E em 1930 passaram a 5 em 10 com a subida do Alavés.

Os adeptos cantavam então: “Con cantera y afición, no hace falta importación”, em português “Com Cantera e Adeptos não faz falta a Importação”.

O treinador mais conceituado de sempre na história do Athletic Bilbao foi sem duvida Fred Pentland, de alcunha “El Bombín”, devido ao chapéu de coco que sempre utilizava. Em Espanha estes chapéus são conhecidos por “Bombín”. Assim “El Bombín” esteve em dois periodos distintos à frente dos “rojiblancos”. O primeiro foi de 1921 a 1927, onde revolucionou a maneira do clube jogar, favorecendo o passe curto e rapido, conseguiu uma vitória na Taça do Rei em 1923.
O segundo periodo, muito mais produtivo, até porque já existia a Liga Espanhola, foi de 1929 a 1933. Neste periodo foram ganhos, em dobradinha, (Campeonato + Taça) 2 Campeonatos e 4 Taças. Dobradinhas em 1930 e 1931, e 4 Taças seguidas de 1930 a 1933. Foi ainda no ano de 1931 que o Athletic ganhou 12-1 ao Barcelona.

Em 1941, foi obrigado pela ditadura franquista, a mudar o nome para Atletico Bilbao, devido ao decreto de Franco que bania todos os nomes e palavras estrangeiras ou estrangeiradas.

Mas o ano de 1941 trouxe algo de bom, foi a estreia de Zarra, prolifico avançado, que ao longo de 13 temporadas no clube, marcou 294 golos e ainda hoje mantém o recorde de mais golos marcados numa época só, na Liga Espanhola, com 38. Corria então o ano de 1951.

Em 1943 nova dobradinha, com Campeonato e Taça. Taça que reconquistou em 1944 e 1945.

Em 1954 chegou o tecnico Checo, Fernando Daucik. Com Daucik 4 épocas no comando, o Bilbao ganhou a Taça em 1955, 1956 e 1958, e o Campeonato em 1956, sendo que foi nova dobradinha.

Em 1957 foi o ano de estreia nas competições europeias, mais propriamente na Taça dos Campeões. E logo na ronda de qualificação eliminou o FC Porto, com duas vitórias, 3-2 e 2-1. De seguida os hungaros do Honved, 3-2 e 3-3, caindo aos pés do Manchester United com 5-3 e 0-3.

Jogo com os Portugueses:

FC Porto – Ath. Bilbao: 1-2 (Jose Maria aos 53 min; Gainza aos 6 min e Canito aos 84 min)

Ath. BilbaoFC Porto: 3-2 (Arteche aos 14 min, 81 min (gp) e 83 min; Hernani aos 4 min e Jaburu 20 min).

O que mais ajudou o clube nas decadas de 30, 40 e 50 foi a restrinção politica aos estrangeiros. Os clubes só podiam apresentar nos seus planteis um maximo de 3 estrangeiros, o que sem duvida veio beneficiar o Athletic porque desde “sempre” compunha os seus planteis de jovens locais, mas formados na sua “cantera”.

A maneira dos grandes clubes como o Real Madrid e o Barcelona contornarem essa situação era terem nas suas fileiras, jogadores estrangeiros com dupla nacionalidade, tais como Di Stefano, Puskas, Santamaria ou Kubala.

Os anos seguintes, durante as decadas de 60 e 70 não foram muito vitoriosos, pelo contrario, apenas uma Taça do Rei em cada uma das decadas, 1969 e 1973.

O ano de 1973 foi o ano do regresso ao nome original, Athletic em lugar do esforçado Atletico.

Em 1977 e depois de varios anos com idas aos quartos-final das competições europeias, eis que surge a primeira e única final europeia do clube, na Taça UEFA. Pelo caminho deixariam os hungaros do Ujpesti Dozsa com 5-0 e 0-1, os suiços do Basileia com 3-1 e 1-1, o grande AC Milan com 4-1 e 1-3, os também espanhois do Barcelona com 2-1 e 2-2, nas meias cairiam os belgas do RWD Molenbeek com 0-0 e 1-1 e a final a duas mãos com outros italianos desta feita a Juventus 2-1 e 0-1. O treinador da Juventus era já... Giovanni Trapattoni ( O homem é sem duvida um “dinossauro” dos treinadores ainda em acção).

Os jogos da final

05.05.1977 Turim, Stadio Comunale (75.000) Juventus - Athletic Bilbao 1-0: Golo – Tardelli 14 min

Juventus: Zoff - Cuccureddu, Furino (c), Morini, Gentile - Scirea, Causio,Tardelli Boninsegna (39 Sergio Gori), Benetti, Bettega
Treinador: Giovanni Trapattoni

Athletic: Iribar (c) - Onaederra, Escalza, Villar, Guisasola - Goicoechea, Ruiz Dani, Irureta - Churruca, José Angel Rojo II, José Francisco Rojo I
Treinador: Koldo Aguirre

18.05.1977 Bilbao, Estadio San Mames (43.000) Athletic Bilbao - Juventus 2-1: Golos - Irureta 12min e Carlos Ruiz 78min; Bettega 7min

Athletic: Iribar (c) - Lasa (63 Carlos Ruiz), Escalza, Villar, Guisasola -
Alexanco, Ruiz Dani, Irureta - Amorrortu. Churruca, José Francisco Rojo I.
Treinador: Koldo Aguirre

Juventus: Zoff - Cuccureddu, Furino (c), Morini, Gentile - Scirea, Causio,Tardelli - Boninsegna (59 Spinosi), Benetti, Bettega
Treinador: Giovanni Trapattoni

Na decada de 80 começa outra época de Glória para o clube basco. Em 1981 entra para o comando da equipa Javier Clemente, que consegue formar um dos melhores conjuntos de sempre da história do Athletic. Jovens jogadores formados na “Cantera” como: Urkiaga, De Andres, Urtubi, Argote e o famoso guarda-redes Zubizarreta, que se juntaram aos veteranos Dani e Goikoetxea.

Depois de um 4º lugar em 1982, o titulo chegaria no ano seguinte e em 1984 seria o bi-campeonato, com o acréscimo de ser dobradinha, Campeonato e Taça Rei. Os anos seguintes quedaram-se por um 5º e um 6º lugares. O estilo de jogo era muito parecido ao do agora promovido por Jaime Pacheco, com um futebol muito musculado a fugir para o violento. Fica na história a lesão grave que Goikoetxea infligiu a Maradona, partindo-lhe a perna, quando El-Pibe jogava no Barcelona.

De qualquer maneira uma táctica assim só surpreende durante poucos anos e foi o que aconteceu, depois da saide de Clemente, nunca mais o Athletic ganhou um troféu importante.

Só com a entrada de Luiz Fernandez em 1996 o clube começou, novamente, a jogar futebol ao melhor nível. Em 1998 ficou em 2º lugar no campeonato e conseguiu, com isso, o acesso à Liga Campeões.

Jogou então a 2ª Ronda Qualificação contra o Dinamo Tbilisi da Georgia e foi apurado para os grupos, embora com dificuldade, 1-0 e 1-2 foram os resultados.

Calharam no Grupo B, curiosamente com a Juventus, num grupo que correu mal, ficando no último posto. O mais estranho é que os outros 3 clubes terminaram todos empatados com 8 pontos, e o Athletic em ultimo com 6, terminando assim a aventura europeia.

Resultados: Rosenborg: 1-1 e 1-2; Juventus: 0-0 e 1-1; Galatasaray: 1-0 e 1-2, só conseguindo ganhar um jogo mesmo na última jornada frente aos Turcos.

Fernandez beneficiou da nova politica do clube, que se tornou mais flexivel nas suas escolhas para a “Cantera”. A partir dos anos 80 qualquer jovem se podia juntar à Academia, mas só podiam vir a representar os Seniores se tivessem vindo para o Pais Basco e para a “cantera” ainda em novos, com idade limite a rondar os 10 anos.

Foi assim que ainda no final dos anos 80, jogaram pelos seniores, Patxi Ferreira, nascido em Salamanca ou Biurrun, nascido no Brasil.

A expansão alargou-se também às provincias Bascas Francesas, que são La Rioja e Navarra. Este novo alargamento permitiu que o francês Lizarazu jogasse no Athletic Bilbao.

Cada vez mais, os horizontes alargam-se no sentido de recrutamento, e a partir dos anos 90 começou a incluir na equipa principal jovens formados em “Canteras” de outros cubes Bascos.

Em 1995, criou conflito com os vizinhos da Real Sociedad ao contratar Etxeberria da “Cantera” do clube de San Sebastian.

A equipa que ficou na segunda posição em 1998 tinha nomes como: Urzaiz, José Mari, Etxeberria, Alkorta, Julen Guerrero e Patxi Ferreira.

Apesar destas novas politicas o clube tem coleccionado más classificações. E a época passada só conseguiu a manutenção na 37ª e penúltima jornada.

Apesar da falta de sucesso, a maioria dos adeptos prefere que o clube mantenha a identidade e tradição, em vez de mudar (por exemplo a politica da “Cantera”) e ganhar troféus. Segundo uma pesquisa no final dos anos 90, 76% dos adeptos preferia ver o clube descer do que mudar a referida politica dos jovens para a equipa principal.

Contudo ultimamente a parte do clube que tem tido mais sucesso é a secção feminina do mesmo. A equipa de seniores femininos de futebol 11, do Athletic Bilbao, foi tri-campeã de Espanha seguida, em 2003, 2004 e 2005, e este ano foi novamente campeã. Se pensarmos que é à custa da politica da “Cantera” vemos que as mulheres do Pais Basco jogam muito bem à bola, fazendo lembrar os primórdios do clube, no inicio do Sec.XX.

Em relação às alcunhas do clube, elas são duas. Uma delas “visivel” que é a “rojiblancos” - (vermelho e brancos), devido ao equipamento às riscas verticais vermelho e brancas e a outra é “Los Leones de San Mamés” - (Os leões de São Mamés) por causa do seu estádio ter sido construido perto da Igreja de San Mamés. Mamés foi um cristão que terá sido condenado e atirado aos leões pelos romanos. Para grande surpresa geral, os felinos recusaram comer Mamés e assim ele foi elevado à categoria de Santo.

O magnifico Estádio de San Mamés, também chamado de La Catedral, é a “casa” do Athletic e foi construido em 1913, sendo o mais antigo de Espanha. Foi quase todo reconstruido para poder receber jogos do Mundial de 1982, tendo uma capacidade para 50.000 pessoas.

Está prevista a construção do novo Estadio que se chamará, El Nuevo San Mamés – (O Novo San Mamés). Foi acordado em 2006 o seu projecto e a sua contrução está prevista começar já em 2008. Será no antigo terreno pertencente à Feira Internacional de Bilbao, e que apanha um pouco do velho estádio, que será demolido e será construido em seu lugar a nova Academia – “Cantera”.


Pamarés:

8 vezes Campeão de Espanha: 1930, 1931, 1934, 1936, 1943, 1956, 1983 e 1984.

24 vezes Vencedor da Taça do Rei: 1902, 1903, 1904, 1910, 1911, 1914, 1915, 1916, 1921, 1923, 1930, 1931, 1932, 1933, 1943, 1944, 1945, 1950, 1955, 1956, 1958, 1969, 1973 e 1984

3 vezes Vencedor do Campeonato do Norte: 1914, 1915 e 1916

13 vezes Campeão da Biscaia: 1920, 1921, 1923, 1924, 1925, 1926, 1928, 1929, 1931, 1932, 1933, 1934 e 1940

1 vez Vencedor da Taça Basca: 1935

1 vez Vencedor da Supertaça de Espanha: 1985


Palmarés Feminino:

4 vezes Campeão de Espanha: 2003, 2004, 2005 e 2007

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