quarta-feira, julho 20, 2005

Para variar... mais uma despromoção na secretaría.



Por mais que vejam a acontecer todos os anos a mesma coisa, ainda há pessoas que teimam em infringir as leis do futebol.
Ou são estupidas, ou desconhecem as leis, ou então têem a mania que estão acima dos outros.

Ano após ano, invariávelmente, acontece algumas equipas serem despromovidas na secretaría, pelo simples facto de atrasarem o último jogo do campeonato anterior, em que participaram, tendo com isso a vantagem de saber de antemão os resultados finais dos concorrentes directos, e até agora só assisti a esta hipotese a que se refere este caso, o da decida de divisão, curiosamente nunca com uma possível subida.

Desta vez calhou ao RD Águeda da Associação de Futebol de Aveiro e que participava na III Divisão Nacional mais concretamente na Serie C.
Tinha como adversário directo, unicamente, a equipa da UD Tocha.
Á entrada da última jornada estavam empatadas no 14º e 15º lugares, em igualdade pontual mas com vantagem para o UD Tocha no desempate entre os dois.
Assim sendo e como na última jornada jogavam ambas em casa e uma vitória nao servia por si só os intentos do RD Agueda. Como tal atrasaram deliberadamente o inicio da partida em 6 minutos, em relação aos demais jogos, e concretamente ao adversário directo, para saberem de antemão se o resultado no outro campo lhes era favorável.
Os resultados finais foram de vitória para o RD Águeda e empate para UD Tocha com consequente despromoção destes últimos.

Embora não pareça a Federação Portuguesa de Futebol não anda a dormir, e como tal, por intermédio do seu Concelho de Disciplina decidiu, atribuir derrota aos Bairradinos, no último jogo da época, o que automáticamente faz com que a equipa desça aos Distritais, sendo "repescado" o UD Tocha para participar no Campeonato Nacional da III Divisão.

O mais interessante nestes casos é ver os dirigentes queixar-se que foram prejudicados na decisão e/ou não gostam da equipa ou que querem deliberadamente prejudicá-los.

Neste ponto quero realçar as palavras do presidente do Leça aquando do caso de corrupção confirmada com o árbitro José Guimaro, (foi o chamado Caso Quinhentinhos, pelos quinhentos contos de suborno em questão), na altura prejudicando o Ac. Viseu na subida á Primeira Divisão Nacional.
De nada valendo porque, mal se soube, o Leça foi imediata e automaticamente despromovido.

As palavras foram: "Não vivemos num País democrático".

Estas palavras merecem uma salva de palmas, acho que vai para o primeiro lugar no top de barbaridades que já se ouviu dizer da boca de dirigentes desportivos, está ao nível de um Jorge Viana do Salgueiros.

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