domingo, novembro 11, 2007

Lobos do Mar, 0 x Canarinhos, 0

Local: Póvoa de Varzim
Estádio: Varzim SC
Espectadores: 1000
Árbitro: Lucílio Baptista

Varzim: Bruno Conceição; Pedrinho, Nuno Gomes, Alexandre e Telmo; Tito; Malafaia (Candeias, 45'), Emanuel, Nuno Rocha (Ukra, 78'); Chico (Yazalde, 65'), Roberto

Estoril: Ernesto; Celestino (Dejan, 89'), Dorival, Emerson (Luís Carlos, 65'), Pedro Duarte; André Cunha, Miguel Oliveira, Eduardo; Marco, Marco Bicho, Dagil

Disciplina
Cartão Amarelo a Chico (30'), Eduardo (43'), Telmo (47'), Roberto (87')


Cordas vocais desgastadas e nervos em franja…
Começo a chegar à conclusão que isto do futebol faz mas é mal à saúde.

Depois de uma primeira parte que ‘não foi carne nem peixe’, fizemos um segundo tempo de luxo: encostámos o adversário às cordas… atacámos, atacámos, cruzámos, rematámos vez após vez… por cima, ao lado, para as pernas dos defesas, para as mãos do guarda redes estorilista.
E desta vez, nem nos podemos queixar das más opções do treinador (se excluirmos a escolha por Malafaia em vez da introdução de Candeias no 11 inicial).
O médio ex-Leixões assinou uma exibição infeliz e durou apenas 45 minutos em campo. Deu o lugar a Candeias que voltou a provar porque deve ser mais considerado nas opções de Diamantino Miranda.
Na frente, Chico voltou a fazer um jogo menos bem conseguido e, já na segunda parte deu lugar ao fresco e sempre electrizante Yazalde. A diferença também se notou como do dia para a noite.
Pezinhos de lã, o #14 alvi-negro pôs a defensiva estorilista em sentido em duas ou três situações... e numa deles esteve perto do golo.
Tentou servir Roberto por duas ou três vezes e até se desentendeu com ele já perto do fim do encontro: cruzamento de Ukra da esquerda e Yazalde surge ao primeiro poste, com Roberto nas costas a pedir para fuzilar as redes de Ernesto. Falhou o diálogo entre os dois avançados varzinistas e o lance acabou nas mãos do guardião forasteiro.
Pelo meio dois ou três calafrios com a defesa do Varzim a abrir verdadeiras auto-estradas e a baliza de Bruno Conceição a ficar em apuros. Mas o guarda redes menos batido desta Liga Vitalis esteve sempre em grande plano.
Valeu também o desacerto e a ineficácia dos avançados forasteiros que acusavam uma certa ansiedade face à avalanche alvi-negra.
O resultado? 0-0… outro empate. O quarto consecutivo.
À hora em que esta curta crónica de mais um jogo sem golos está a ser escrita, há ainda jogos a decorrer.
Ninguém sabe o que acontecerá com os nossos mais directos adversários… se ganham, se perdem, se se adiantam ou se marcam passo na tabela classificativa.
Nós é que não andamos para cima… e com estes resultados corremos o risco de vir cada vez mais para baixo.
Nada está perdido… é um facto. Mas ganhar jogos é agora…porque se a nossa aposta é, de facto, a promoção à Bwin Liga, convém que não percamos as primeiras carruagens do comboio.
E o meu receio é que estes pontos que temos perdido nos obriguem a fazer contas de cabeça lá para Abril ou Maio.
Ou pior do que isso… nos obriguem a ficar mais um ano no escalão secundário.
Uma última nota: num plantel curto e (fatalmente) barato como é o deste Varzim, as ausências de jogadores chave assumem muitas vezes um papel preponderante nos desfechos. Marco Cláudio, a contas com uma lesão há já algumas semanas tem feito imensa falta. É ele o cérebro pensante da manobra alvi-negra. Rápidas melhoras e urgente regresso... são os meus votos... e os de todos os varzinistas.
MELHOR EM CAMPO: Yazalde - Sempre que entra revoluciona o ataque do Varzim. Desta vez não entrou tarde demais... mas não teve a felicidade de marcar e/ou dar a marcar.



ARBITRAGEM: Lucílio Baptista é um dos melhores árbitros portugueses. É, pelo menos, o que se diz por aí. A verdade é que, na minha concepção de adepto de futebol, um juiz não deve ter nenhuma espécie de pré-conceito ou de birra pré-determinada com certo e determinado emblema.
A verdade é que de cada jogo do Varzim que este árbitro apita, fico com a sensação cada vez mais vincada de que, de facto, este senhor de Setúbal não nos grama nem a tiros.
Esquisito este comentário… poderão alguns dizer.
A partida não ficou marcada por nenhum episódio escabroso como muitos outros protagonizados por este senhor.
Mas se puxar a cassete do jogo um pouco atrás, verifico que, numa ou noutra situação, Lucílio Baptista terá usado a sua autoridade para empurrar o Varzim para trás e para intimidar os jogadores.

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