Numa partida de carácter decisivo, mais para a continuidade de Jaime Pacheco do que da classificação do VSC, adivinhava-se desde logo mexidas no onze, facto a que não seriam alheias as ausências do guardião Nilson (lesionado), Svard (castigado) e Saganovsky (jogou pela selecção da Polónia na 4ª Feira e só fez 1 treino), pelo que as entradas de Paiva, Mário Sérgio, Rogério Matias, Moreno e Dário não eram surpresas, mas a entrada de Paulo Sérgio em detrimento de Targino, essa foi a maior surpresa pois incutiu um factor novo na equipa do VSC, a utilização das alas.
O VSC cedo tentou resolver a questão e por 2 vezes Dário teve o golo nos pés, na 1ª vez Jorge Batista evitou o golo e na 2ª Dário perdulário atirou ao lado, uma vez mais o factor sorte a não querer nada com o VSC o Gil Vicente que praticamente não saia do seu meio campo, defendia como podia e tentava o contra ataque sem efeito, mas lentamente ia quebrando a supremacia da equipa da casa.
Eis que num daqueles momentos de estupidez que acontecem a muitos jogadores, Gouveia (que durante a semana fartou-se de mandar bicadas ao VSC) agrediu Flávio Meireles (sem bola) e viu o vermelho directo deixando a sua equipa reduzida a dez jogadores. Jaime Pacheco não perdeu tempo e fez entrar Manoel para reforçar o ataque retirando um trinco (Moreno). O VSC continuava a pressionar, mas falhava na hora da finalização, até que, aos 38 m, Mário Sérgio cruza para a área, Dário remata ao poste da baliza de Jorge Baptista e, na recarga, consegue passar a bola para Benachour que faz o 1º Golo. E é com este golo que acaba a 1ª parte sem que o Gil Vicente tenha causado algum perigo ás redes defendidas por Paiva.
Ao intervalo o Gil Vicente respondeu com 2 substituições e mesmo a jogar com dez, apareceu com vontade de mudar o resultado. Mas, passados alguns minutos, o VSC iria arrumar o jogo. Numa boa jogada de Dário, de calcanhar ofereceu o golo a Paulo Sérgio. O Gil Vicente a partir daqui praticamente entregou o jogo ao VSC e os Vitorianos apenas se limitaram a gerir a vantagem e os 3 pontos, tornando os últimos minutos um tormento a quem assistia ao jogo
Com este resultado o treinador Jaime Pacheco e a equipa ganham, novo fôlego, para a deslocação a Alvalade, e para a recepção ao Bolton no encontro da Taça UEFA na próxima Quinta Feira.
O Gil Vicente que não ganha há seis jornadas, bem pode culpar Gouveia pelo seu acto irreflectido, pois a sua expulsão além de, desnecessária, só prejudicou a equipa.
Sobre o árbitro (Hélio Santos), bem no capítulo técnico e mal no Disciplinar, pois se a Gouveia, o vermelho foi bem aplicado, não usou idêntico critério aos 65 m, quando Cléber agrediu Braima na cara.
Antes de mais queria deixar aqui os meus parabéns ás 2 claques do Clube, White Angels e Insane Guys, que face aos vários impedimentos da parte da Direcção do Clube, que tudo faz para complicar a vida dos ultras, estiveram hoje no apoio vocal á equipa em grande plano.
A eles a minha solidariedade e o meu apoio.
Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães
Assistência: 12456
Árbitro: Hélio Santos (Lisboa)
VSC – Paiva; Mário Sérgio, Dragoner, Cléber e Rogério Matias; Neca e
Flávio Meireles; Moreno (Manoel, 25 m), Benachour (Pintassilgo, 81 m)
e Paulo Sérgio (Zezinho, 75 m); Dário.
GIL VICENTE – Jorge Baptista; Edson (Rodolfo Lima, 46 m), Gregory, Rovérsio e Carlitos (João Pedro, 46 m); Braima e Bruno Tiago (Leandro Netto, 82 m); Nandinho, Gouveia e Williams; Carlos Carneiro.
Ao intervalo: 1-0
Golos: 1-0, Benachour (38 m); 2-0, Paulo Sérgio (55 m).
Resultado final: 2-0
Cartão amarelo a Gregory, Dragoner, Cléber e Nandinho.
Cartão vermelho directo a Gouveia (16 m), por agredir Flávio Meireles.
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