Quem abre as páginas do jornal e vê o resultado do Paços de Ferreira vs Boavista, dirá que os castores foram cilindrados pelas panteras. Enganam-se. Sem querer tirar mérito aos jogadores axadrezados, este resultado só foi possível por duas razões: desacerto defensivo pacense, e uma enorme falta de visão do trio de arbitragem. (Faz até lembrar aqueles anúncios do Instituto óptico).
Logo aos dois minutos o Paços de Ferreira ganha um canto. Pedrinha cobra, e Edinho de cabeça faz golo. William, qual guarda-redes atrapalhado por ver a bola lá dentro, estica o braço, e retira a bola de dentro da baliza. Os adeptos do Paços na bancada gritam golo, os jogadores erguem os braços, e o arbitro... nada! O jogo segue, 0-0, tal como havia iniciado, perante o desespero dos adeptos, jogadores e equipa técnica dos castores.
Não quero dizer com isto que se o golo tivesse sido assinalado, o Paços não teria perdido. Não sei. Só estavam decorridos dois minutos. Mas notem o seguinte. O Boavista ainda não teve, esta época, que ir atrás do resultado. Seria algo que os Boavisteiros enfrentariam pela primeira vez. Talvez marcassem 10 golos, ou talvez não marcassem nenhum.
Na bancada, assisti incrédulo a um jogo em que o Paços deu, e desculpem a expressão, chocolate, e acabou derretido por 5 ou 6 contra-ataques Boavisteiros.
Agora pergunto eu: em pleno século vinte um, porque se fecha a porta à tecnologia no futebol? Um simples chip poderia ter resolvido a questao em segundos.
Mas pronto, como tudo isto se passou com o Paços de Ferreira, ninguém mais falará nisso, porque se tivesse sido com um dos grandes, o filme era diferente...
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