quarta-feira, setembro 21, 2005

Rivalidades Atacantes - 1910 o ano dos Rivais


Olá a Todos

O Reino de Portugal andava feliz e contente e no ar pairava a duvida sobre o rumo levaria o nosso império, numa pequena ilha adjacente nasciam dois clubes de futebol que iriam mudar a história desportiva de uma ilha que até então era dominada economicamente por Barões Ingleses. Marginalizados pela metropole, os Madeirenses resolveram aproveitar a ocasião da revolução Républicana para criar um clube de futebol.

15 dias antes da da implantação da Républica, no dia 20 de Setembro de 1910, foi feita uma parada entre as duas equipas que fundariam o CLUBE SPORT MARITIMO, apesar da Monarquia Reinante, as equipas desfilaram para aquilo que seria o seu ultimo dia como distintas e fizeram-no com faixas verdes e encarnadas adornadas com o pavilhão Republicano. Sendo que este clube se transformara numa bandeira de orgulho Madeirense.


O Maritimo tinha então como Presidente Joaquim Pontes (Grande HOMEM),João Rodrigues como Vice Presidente, Venancio Freitas que foi o 1 tesoureiro Maritimista e José Olavo como Secretário da Direcção.Clube fundado por homens do mar, pescadores, homens da marinha e todos aqueles que estavam ligados ao mar, o maritimo adoptou o galhardete Triangular com uma ancora e a sigla C.S.M. tornando-se logo de inicio como simbolo da região e orgulho de todos nós.


Como forma de protesto pela criação do mais recente clube Republicano do Pais, no dia 8 de Dezembro de 1910, após um jogo, Antonino Figueira apresentou a ideia da criação do Nacional Sport Grupo. Nesta reunião ficou também decidido que o uniforme passaria branco e preto no formato das camisolas do Club Sport da Madeira de forma a contrariar o verde rubro republicano da equipa criada em 20 de Setembro de 1910"

Em 1916 o então Nacional Sport Grupo passa a denominar-se Grupo Desportivo Nacional. Devido à sua maturidade e qualidade do seu plantel, o Nacional passa a integrar as provas de competição sendo que em 1922, o clube assiste à sua última alteração de denominação, a partir desse momento passa a chamar-se Clube Desportivo Nacional. Nesse mesmo ano, a equipa de futebol nacionalista atinge uma posição destaque nas competições regionais.


Em 1925 os burgueses Nacionalistas dão início à Construção do Stadium dos Barreiros após muitos contra tempos e adversidades dá-se início à construção do Stadium dos Barreiros. Com esta obra, o Nacional, passava do sonho à realidade, uma aspiração de muitos madeirense, em possuírem um estádio de futebol na região que mais tarde passaria a ser propriedade do Estado, transformando-se assim em Estádio Municipal até hoje.

Estavam Lançados os dados para uma grande rivalidade e assim foi, o C.D.N v.s C.S.M são os responsáveis até hoje por todas as grandes rivalidades, bairrismos e discussões insulares.Tal qual um SLB vs S.C.P, um FCP Vs Leixões, um Arsenal vs Liverpool um Inter Vs A.C.M, Barça Vs Real...

É em 1926 que nasce a grande rivalidade no terreno, neste ano é criado o campeonato da Madeira em futebol, por causa to terrivel naufragio do navio Phisali o campeonato fica suspenso.

Uma data histórica para o Maritimo é a de 1926, nesse ano o Maritimo foi campeão de Portugal, num jogo que opôs os insulares ao Belenenses.Na meia final o Maritimo tinha derrotado o F.C.P por 7-0 num jogo realizado em lx no Campo pequeno. A grande final realizou-se no Porto, depois de muitos protestos da equipa de Belem que não levou a sua avante.O jogo decorreu dentro da normalidade, o Maritimo venceu por 2-0 e sagrou-se campeão nacional.Após os segundo golo dos insulares, o Belenenses retirou-se do campo em protesto, mas ao fim de 20m acabou por regressar e terminar a partida historica para o nosso povo.

Depois disto, em 1927 recomeça o então suspenso campeonato da Madeira, o Nacional inaugura o Estadio dos barreiros com a visita do Vitória de Setubal, um jogo amigavel que terminou com um empate 2-2.

No primeiro ano de "rivalidade" os campeões nacionais perderam com o Nacional por 5-2, uma derrota humilhante que nunca foi perdoada pelos Maritimistas. O clube parecia ter entrado em crise chegando mesmo a perder o campeonato regional nesse ano para o União da Madeira.

Entre 1933 e 1944 o Maritimo vive a sua epoca dourada no futebol regional, tendo-se consagrado campeão regional em quase todos os anos à excepção de 3 vezes consecutivas perdidadas para o seu rival directo, o Nacional e outras 2 para o União da Madeira. Outras equipas regionais discutiam este campeonato taco a taco, como é o ex do Clube Sports Madeira. o Santacruzense que chegou mesmo a ser campeão várias vezes, o Barreirense, Sporting Clube da Madeira e muitas outras. Mas a rivalidade era só uma e toda ela canalizada entre o Nacional e o Maritimo.

Chegam os anos 50 e 60 e o Nacional V.s Maritimo ganha ainda mais "ferrenhice" ambas as equipas passam a jogar em casa no Estadio dos barreiros, até então este estadio era propriedade do Nacional, sendo que o Maritimo disputava os seus jogos no Campo Almirante Reis.Nesses 20 anos o Maritimo e o Nacional lutam pela integração no campeonato Nacional de futebol, mas uma decisão humilhante por parte de Salazar afasta as esperanças Madeirenses de ver os dois clubes lado a lado num campeonato Nacional. O Governo da Républica decide que para estas equipas participarem nos Nacionais, teriam de pagar as deslocações dos visitantes à ilha.As direcções dos clubes perderam esta batalha por falta de poder financeiro.

È nos anos 60 que os grandes valores futebolisticos aparecem, a familia Ladeira deixa a sua marca no futebol verde rubro, nos anos 50 José Ladeira, extremo dto do Maritimo fazia as maravilhas dos adeptos. Nos anos 60 nomes como, Noémio, Coelho e pois claro Isaque Ladeira eram as estrelas da equipa, em 1966 o Maritimo derrotou o nacional por 10-3 num jogo historico para os Madeirenses, um resultado que demonstrava a suprioridade Verde Rubra.


Por outro lado, no Nacional nomes sonantes como o de Vieira e Castrinho faziam as maravilhas alvi negras. Eles eram os responsaveis pelas grandes jogadas e pelo embate directo com os jogadores verde rubros. Eram tempos de ouro dizem alguns ao meu lado no estádio nos dias que hoje correm. As saudades desses tempos fazem-me querer viajar no tempo de forma a sentir o que é o futebol.

Os anos 70 aparecem, a revolução dos cravos afasta a decisão de Salazar e as equipas Madeirenses podem integrar o escalão maior do futebol Português sem ter de pagar as deslocações visitantes desde que passem pelos escalões menores do futebol Português e se consagrem campeões regionais. Pronto, a rivalidade entre os clubes ganha LUME e lá iniciam a luta por um lugar na 1ª divisão do futebol Nacional. A profissionalização dos clubes ganha força e quatro anos depois de integrar a 2ª divisão, o Maritimo sobe de divisão. 1976/1977 é a epoca decisiva para este grande Maritimo.

No dia 15 de Maio de 1977 Estádio dos Barreiros com 22 mil pessoas assiste a um jogo entre C.S.M vs Olhanense.....A Marcha do Maritimo enche os corações ansiosos desta magnifica familia e um grito de vitoria rebenta, o Maritimo vence o jogo e sobe de divisão, na equipa maravilha entre outros, integrava o Plantel o jogador Eduardinho, actual adjunto do Sporting Clube de Portugal.

Entre 1974 e 1977 O Nacional Integrava a III divisão nacional, neste ultimo ano subiu à 2ª divisão mantendo-se por lá até 1989 quando subiu à primeira divisão, a rivalidade entre os clubes esmoreceu durante estes anos em que ambas as equipas jogaram em campeonatos diferentes, só aquecendo a coisa quando se defrontavam em jogos a contar para a taça da Madeira.

Durante esta altura o Maritimo manteve-se na I divisão, sendo de registar duas descidas à 2 divisão durante os anos 80 mas a partir de 86 até hoje mantem-se na divisão maior do futebol Português.

Durante os anos 80 o Maritimo apresentou jogadores regionais de qualidade, casos de Juvenal Ladeira, mais um elemento da familia de jogadores historicos do clube, inclusive no inicio dos anos 90 o Maritimo tinha no seu plantel, Juvenal Ladeira em fim de carreira, Ricardo Ladeira em pleno e Luis Miguel Ladeira, que havia integrado selecção nacional de juniores, ao lado de nomes como Dani, Capucho,Kennedy chamado dos juniores para integrar o plantel Senior do Clube.3 Ladeiras integrados no Plantel.Ha ainda que fazer referencia a um jogador que esteve emprestado duas epocas ao Maritimo pelo F.C.P, o historico Jorge Costa, bem como aquele que foi um simbolo do clube durante alguns anos Alex Bumbury, o Canadiano que calou San Ciro no historico jogo da taça UEFA contra a Juventus, marcou um golo fenomenal.

Durante os anos 90 a rivalidade entre os clubes Madeirenses ganhou uma força tripla, a integração de Maritimo,Nacional e União da Madeira na então denominada 1ª divisão transformou a Madeira num barril de polvora.Inclusive, num jogo que opôs Nacional e União, o estádio dos barreiros foi interdito por causa de confrontos entre os adeptos.A rivalidade estava maior que nunca.O Maritimo vez as suas incursões Europeias na Taça UEFA contra alguns gigantes do futebol Europeu, caso da Juventus e Leeds United.

Meados dos anos 90 o Maritimo ficou sozinho na 1ª Divisão, o Nacional atravessou uma grave crise financeira e esteve mesmo à beira de encerrar as suas portas. A sede foi desfeita o clube foi descendo de divisão e chegou mesmo a jogar novamente na II-B 99/00.

Muito por culpa do actual presidente, Engenheiro Rui Alves, conhecido como 500, o Nacional ganha folego e as ZEBRAS (Alcunha dada pelos Maritimistas) sobem à super liga na epoca 02/03, a rivalidade ganha outros contornos e lá continua até hoje à tarde.O Nacional chegou a conseguir um lugar Europeu na taça UEFA na epoca transata disputando duas partidas contra o SEVILHA a par do Maritimo que tambem nao conseguiu bater o Glasgow Rangers.

A Rivalidade entre os clubes está ao rubro, e recomenda-se.Neste momento temos um Maritimo em crise e um Nacional em Alta....Até onde vai esta rivalidade?

Ambos os adeptos e socios das equipas, são contra o famoso clube unico da Madeira, tudo em nome de uma saudavel e memoravel RIVALIDADE QUE NUNCA PODE ACABAR.....

Homenagem especial a um adepto de grande nivel, e de dedicação memoravél a um clube que a mim não me diz nada, JOÃO OVELHA, este homem era a voz do Nacional.Como todos sabem eu sou anti-C.D.Nacional, mas é de louvar o que este homem fez pelo seu clube.

FORÇA MARITIMO...

Muito mais havia por dizer, mas outro post virá...

1 comentário:

Anónimo disse...

És um MERDA E UM MENTIROSO! O NACIONAL NASCEU COM UM IDEAL E NÃO POR CAUSA DA MERDA DO MARITIMO....OTÁRIO! VÊ SE RESPEITAS UMA INSTITUIÇÃO CENTENÁRIA! OTÁRIO!