Jornada 3 da 1ª Divisão, o Estrela Amadora recebe a Naval 1º Maio, uma das equipas mais dificeis na Reboleira, quando surge uma vitória tricolor é sempre pela margem minima.
O Estrela jogou com o sistema habitual e com a "supresa idiota" habitual. Desta vez a ideia mirabolante de Toni foi a colocação do medio ofensivo Rui Duarte a ponta de lança, onde não fez absolutamente nada, porque ali não pertencia. Toni deve querer rivalizar com Koeman, só que safa-se porque os jogadores do Estrela não têm nada a perder, e como são todos emprestados, ou quase todos, querem mostrar-se e por isso jogam bem e com vontade. Se estes mesmos jogadores estivessem verdadeiramente ligados, contratualmente, à equipa se calhar outros resultados falavam mais alto e pela negativa.
Em relação ao jogo os tricolores entraram a todo o gás, e no primeiro ataque Tony entra pelo lado direito da área e cruza para ninguém finalizar.
Dois minutos depois, aos 5 minutos, o Estrela conseguiu chegar à vantagem. Semedo marca rapidamente uma falta pela direita, tabela com Rui Duarte, apanhando a defesa contrária de surpresa, e cruza para o primeiro poste da baliza de Taborda, onde Manú, na passada, se limitou a encostar, para o 1-0.
Foi aliás por este mesmo flanco direito que o Estrela criou as suas melhores ocasiões de golo, a Naval estava muito mal desse lado, e com nota positiva para a exibição de Tony, que viria a ser dos jogadores mais aplaudidos no final do encontro. O jogador francês foi uma peça de desequilíbrio no ataque e mostrou também muita segurança a defender.
Aos 25 minutos depois de mais um dos imensos raides deste ex-flaviense que mais uma vez consegue entrar na área pelo flanco direito e cruza para o coração da area onde um amontoado de jogadores evita a finalização segura de Manu.
Poucos minutos após é Semedo tambem pela direita (o defesa esquerdo da Naval era um passador autentico) a cruzar rasteiro para Tony rematar a centímetros do poste esquerdo dando a ilusão de golo.
Aos 35 minutos é o proprio Tony, que pela direita - que repetitivo, soa a dejá vù - arranca cruzamento levando a bola a tabelar num defesa, passar por cima do guarda-redes e caprichosamente bater no poste, sendo depois afastada por um defesa figueirense.
Só a partir deste lance é que a Naval conseguiu equilibrar a partida mais por culpa de um abrandar por parte dos tricolores do que pelo jogo da sua equipa. Num livre directo obrigam Bruno Vale a boa defesa e pouco mais até final da primeira parte.
Antes do fim lesão de Emerson com semi-perda de conhecimento que deixou o Estrela reduzido a 10 jogadores até ao final da 1ª parte.
Após o intervalo o jogo baixou ligeiramente de nível, tornando-se mais faltoso e com poucas oportunidades de golo para ambos os lados. Só a vinte minutos do fim é que a partida voltou a animar, com o Estrela a assumir o maior pendor ofensivo.
No entanto num canto Bruno Vale faz a defesa da tarde numa cabeçada com selo de golo.
Foi então que Paulo Machado criou uma pequena obra-prima, digna do titulo deste post. Interceptou uma bola no meio-campo do Estrela, encetou uma sucessão de dribles, deixando um, dois, três, quatro adversários para trás e à saida de Taborda rematou rasteiro e certeiro para o 2-0.
Até final pouco ou nada há a acrescentar, a Naval conseguiria ainda chegar ao tento de honra por Leo Guerra que aproveitou a desatenção da defesa estrelista para reduzir, num lance em que se reclamou fora de jogo do avançado.
Antes do final uma desatenção entre o guarda-redes navalista e um defesa, junto á linha final e fora da área, faz com que a bola vá parar aos pés de Anselmo que cruza para a baliza deserta sem que houvesse um jogador para concluir a jogada.
Pouco depois o árbitro Paulo Paraty dá por concluido o encontro.
No geral do jogo o Estrela teve sempre a baliza de Taborda como alvo e o conjunto figueirense mostrou grandes dificuldades em criar sequer lances de perigo eminente, excepção feita a dois remates, um em cada parte do encontro.
Notas positivas:
- O Estrela joga bem ou pelo menos tem bons executantes, que dão gosto de ir ver os encontros.
- Nenhuma bola está perdida para Manu, vai a todos os lances, com velocidade e finta desconcertante.
- A Naval que tem boa equipa e vai ser dificil derrotá-los muitas vezes esta época.
- Muita gente no geral para o campo José Gomes, muita gente também da Figueira da Foz com duas claques inclusivé.
Notas negativas:
- O estado do relvado, para variar, continua em muito mau estado.
- A falta de fair-play da Naval desde o inicio do encontro - o primeiro lance de queda surgiu aos 7 minutos de jogo - que nunca atirou a bola para fora quando se encontrava alguem no chão.
- A única maneira de parar Manú - que sofreu 20 faltas no encontro - foi através de entradas, que em jogos de Sporting-Benfica davam cartão vermelho.
- As duas primeiras substituições de Manuel Cajuda não foram tácticas mas de resguardo porque tirou os jogadores não pela posição mas por terem cartão amarelo e Manu e Semedo eram uma ameaça constante, podendo com isso entrar gente fresca para novo cartão ou até lesionarem os dois extremos. Muito feio isso senhor Cajuda, joguem á bola e deixem jogar que estas equipas sabem-no e bem e o público gosta é de espectáculo.
Ainda este fim de semana mas na Liga Honra.
Parabéns ao excelente começo do Sporting da Covilhã com 3 vitórias em 3 jogos.
Parabéns, irónicos, ao técnico do Portimonense, Diamantino Miranda, que como já sabem é um dos técnicos que mais odeio, pelo anti-jogo de 11 atras da bola que praticam.
Esta semana a frase deste senhor foi: "Sabemos que o Gondomar vem da Segunda Divisão, sabemos que tem bons jogadores, mas não sabemos o que valem como equipa, de qualquer maneira o Portimonense tem jogadores para ganhar a qualquer equipa."
Conhecendo bem as tácticas e o que este pseudo-tecnico percebe de futebol, pensei, bom vão perder aí por 2-0. Afinal foi só por 1-0, menos mal, está mais uma vez de parabéns, pois então.
Na Segunda Divisão as equipas da Madeira foram divididas pelas duas zonas mais a norte, consequência disso as equipas à volta da cidade do Porto e da AF Porto já se andam a queixar das "despesas", para mim é dos arranjinhos que lhes foram tirados e que tinham a mania de arranjar entre elas para subir sempre uma equipa daquela zona ou de lá perto. Nos dois primeiros lugares dessas duas series A e B já estão duas equipas da Madeira. Meus amigos nortenhos, agora aturem-nos vocês, obrigado.
Na Terceira Divisão começou este fim-de-semana o campeonato e os destaques são dois: Primeiro o Atlético que em dois jogos, primeiro para a Taça Portugal ganhou a semana passada ao Sp. Farense 6-0, e este fim-de-semana ganhou para o campeonato por 8-0 ao Câmara Lobos.
O segundo destaque vai para o Sp. Farense, eliminado a semana passada da Taça Portugal por 0-6 na Tapadinha com o Atletico, este fim-de-semana não compareceu ao jogo com o Lagoa perdendo por falta de comparência, uma vez que os Juniores não podiam jogar por sobrecarga e por dividas ainda nao pode inscrever jogadores. Já o ano passado o começo foi identico, vale a pena? Para quando a extinsão do futebol sénior? Não era melhor começar de novo do zero?
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