sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Dinamo Bucareste 1-2 SL Benfica


Estádio: Dínamo Stadium

Espectadores: 14.000

Árbitro: Nicolai Vollquartz (Dinamarca)



Dín. Bucareste: Lobont, Blay, Moti, Radu e Pulhac, Cristea, Margaritescu, Munteanu e Serban, Danciulescu e Niculescu

Treiandor: Mircea Rednic. Jogaram ainda: Balace, Mendy e Zé Kalanga



SL Benfica: Quim, Nelson, Luisão, Anderson e Léo, Petit, Katsouranis, Karagounis e Simão, Derlei e Miccoli.

Treinador: Fernando Santos. Jogaram ainda: Nuno Gomes, Paulo Jorge e Beto.



O Benfica venceu novamente o Dín. Bucareste, mas sofreu um pouco no primeiro tempo. A vitória é justa, e os encarnados têm viagem marcada para Paris, no dia 6 de Março.



As equipas apresentaram-se sem muitas alterações em relação ao jogo da primeira mão. No Dínamo, Balace foi substituido por Serban, no Benfica, Rui Costa cedeu o lugar a Karagounis e Nuno Gomes a Derlei, sendo esta alteração, talvêz a mais surpreendente.
O Benfica cedeu desde logo, a inicíativa de jogo ao adversário, tentando jogar em contra-ataque, tentando aproveitar a velocidade de Miccoli e Derlei. Mas a linha do meio campo do Dínamo entrou bem e foi obrigando a defensíva encarnada a jogar muito perto da área, beneficiando o maior potencial dos da casa no jogo aereo, embora Anderson e Luisão estivessem em bom plano. No entanto, e pese embora este recuo, o Benfica teve duas boas ocasiões nos primeiros minutos, sendo que na primeira, logo aos 6 minutos, Lobont, se tenha antecipado a Simão. Quatro minutos depois, e numa situação de superioridade numérica, de três para um, os jogadores encarnados não souberam tirar partido dessa situação e Miccoli permitiu o corte de Moti. Este lance denotou alguma falta de cordenação entre Derlei, Simão e Miccoli, o que gorou a oportunidade criada. A partir deste momento, o Dínamo tomou mesmo conta do jogo, e começou a aparecer mais na zona de remate, conquistando alguns cantos e criando perígo, nomeadamente através de remates de Margaritescu e Cristea. O Dínamo acreditava que fôsse possível chegar ao golo e empatar a elimatoria, e foi isso que aconteceu ao minuto 22. Pulhac, um dos melhores do Dínamo, a par de Lobont, viu bem a entrada de Niculescu, que aproveitou a paragem de toda a defesa encarnada, que ficou a pedir o fora de jogo, e sozinho frente a Quim, não teve problemas em marcar e empatar a elimatoria.

A partir desta fase, o Benfica tremeu um pouco, e o Dínamo foi crescendo e acreditando que podería virar o rumo da elimatória. Danciulesco, á passagem da meia hora, surge sem oposição dentro da área, mas o remate foi á figura de Quim. O Benfica, tentava jogar em lançamentos longos para os dois homens lá da frente, que não conseguiam fazer mais do que dar luta aos centrais, Moti e Radu, que também estiveram a um nível razoavel. A melhor oportunidade do Benfica neste período, pertenceu a Simão, na marcação de um lívre a entrada da área, por falta sobre Derlei, mas o remate do capitão saiu por cima da baliza do gigante Lobont.
Aos 34 minutos, os romenos pedem grande penalidade, num lance dividido entre Léo e Danciulescu. A jogada é rápida, e o avançado romeno, ao sentir a presença do defesa benfiquista cai, tentando com que o árbitro desse grande penalidade. O juiz viu bem que Léo nem sequer tocou no avançado e mostrou o cartão amarelo ao jogador do Dínamo, por simulação.

O Benfica, nos minutos finais do primeiro tempo, percebeu que tinha que jogar pelo chão, e começou a criar algum perigo junto da área do Dínamo, e neste período apareceu Lobont a brilhar. Primeiro num remate em arco de Simão, que viu o adiantamento do guardião e tentou o chapeu, mas Lobont fêz uma defesa enorme, desviando para canto e evitando o golo. Na sequência do canto, Primeiro Simão, depois Derlei e ainda Katsouranis, não conseguiram marcar, com Lobont mais uma vez em bom plano, dando o corpo ao manifesto e evitando o golo com mais duas boas defesas. Chegava o intervalo, com a impressão de que o Benfica podería marcar, caso muda-se a forma de jogar.



Foi isso que aconteceu após o reatamento da partida, mas só de bola parada. Mircea Rednic, fez uma alteração, deixando nos balneareos, Serban entrando para o seu lugar Balace, para dar mais profundidade ao lado esquerdo do ataque romeno. Mas logo na primeira oportunidade do segundo tempo, o Benfica chega ao golo. Canto apontado da direita, e Anderson apareceu sem marcação ao primeiro poste e marcou o golo do empate, o que obrigava o Dínamo a marcar mais dois golos para poder seguir em frente.
Os jogadores romenos não desistiram e passaram a tentar o golo de fora da área, aproveitando a boa meia distancia de Margaritescu e Munteanu, mas Quim foi resolvendo.

Á passagem da meia hora, Simão teve nos pés a oportunidade de fazer o 1-2, mas o capitão, bem desmarcado por Derlei, viu Lobont negar-lhe mais uma vez o golo. Mas dois minutos depois, na sequência do canto, desta vez apontado da esquerda, surgiu Katsouranis mais uma vez ao primeiro poste, e fez o 1-2, acabando assim com a eliminatória.

A partir daqui, o Benfica geriu o resultado e ainda teve algumas boas ocasiões para marcar, mas Miccoli não conseguiu concretizar, primeiro porque demorou uma eternidade a rematar ao minuto 69, e três minutos depois, o chapeu saiu ao lado da baliza de Lobont. Fernando santos mexeu na equipa a quinze minutos do fim, fazendo entrar Nuno Gomes para o lugar do pequeno bombardeiro, mas o resultado não se alteraría, com o Benfica ainda a dispôr de uma boa oportunidade, mas o remate de Petit, saiu ao lado da baliza romena. O jogo chegaría ao fim momentos depois, com o Dínamo a ser derrotado no seu estádio pela primeira vez desde Maio último, onde não perdera ainda nem para a UEFA, nem para o campeonato romeno. O Benfica segue em frente para os oitavos-de-final, onde encotrará o PSG de Pedro Pauleta, que venceu o AEK de Atenas por 2-0.



O Melhor em Campo.



*Na minha opinião, o melhor em campo foi Lobont, pois foi, no conjunto das duas mãos, o grande obstáculo dos avançados benfiquistas. O guarda-redes, ex-Ajax, não permitiu que o resultado conjunto fôsse súperior ao 3-1 verificado, tendo efectuado uma mão cheia de boas defesas em Lisboa e ontem mais duas ou três de grande nível. Reflexos apurados e bom sentido posicional, são imagem de marca deste guarda-redes, que só não defendeu mesmo os golos.



O Positivo do Jogo



*A boa réplica dada pelo Dínamo de Bucarest, que acreditou sempre na passagem aos oitavos-de-final, até ao golo do empate encarnado. Deixou a imagem de uma equipa bem organizada e com jogadores combativos, como Lobont, Pulhac, Margaritescu e Radu. Não fôsse o tempo de paragem ir já nos três meses e o Dínamo tería sido mais difícil de ultrapassar.



*A vitória encarnada deixa o Benfica numa excelente posição para atingir um patamar bastante bom na Taça UEFA. A elimatória dos oitavos-de-final será jogada practicamente em dois Estádios da Luz, sabendo-se claro, do grande apoio que o Benfica terá em França, podendo, como é obvio, tirar o melhor partido dessa situação.



O Negativo do Jogo



*A primeira parte encarnada. Dar 45 minutos de avanço ao adversário podería ter sido fatal, ainda para mais quando o adversário marcou um golo que empatou a eliminatória. A rever no jogo dos oitavos-de-final.



O Árbitro.



Nicolai Vollquartz viajou da Dinamarca, e teve uma noite pacífica. O jogo não teve quezilias e esteve bem nos casos de maior atenção, como no lance da grande penalidade pedida pelos romenos. Léo não tocou em Danciulescu, e o amarelo foi bem mostrado.

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