quarta-feira, fevereiro 21, 2007

FC Porto 1 - Chelsea FC 1


Local: Porto

Estádio: Dragão

Assistência: 50.216 Espectadores



Jogo grande no Dragão, primeiros 90 minutos da eliminatória que dará acesso aos Quartos de Final da Liga dos Campeões.

Ambiente espectacular, coreografias, muitas vozes afinadas, muita vontade de apoiar a equipa por parte de quem se deslocou ao estádio, o regresso polémico de Mourinho ao estádio que o mostrou ao mundo do futebol foram todos os ingredientes que fizeram parte deste jogo.



Num esquema habitual de 4x3x3, o FCPorto entrou algo receoso no encontro, alguns dos seus jogadores apresentaram nervosismo inicial e isso verificou-se nos primeiros lances, em que o Chelsea conseguiu chegar com algum perigo junto da área adversária.

Com o público a apoiar, o FCP serenou e assentou o seu futebol na recuperação de bolas, na transição rápida para as laterais e na circulação. Por seu lado, o meio campo fortíssimo do Chelsea recuperava muitas bolas, tentava lançar rapidamente os ataques, com uma movimentação dos seus jogadores e da bola o mais rápido possível.
Num lance aparentemente inofensivo, John Terry lesiona-se e, jogando momentaneamente com menos um jogador o FCP chega ao golo, num remate traiçoeiro de fora da área de Raul Meireles, levando o Dragão à loucura. O FC Porto começava a dominar o jogo e marca, o que levava a crer que poderia continuar a acalmar, a dominar e com vontade de vencer por mais.

Num lance ganho pela defesa, a distracção de Bosingwa permite que Robben assista Shevchenko que, dentro da área estabelece a igualdade. Os ânimos serenaram, voltámos à etapa inicial, acreditando sempre que seria possível marcar mais, embora o perigo para a baliza de Helton estivesse várias vezes presente.



Essien assumiu o eixo da defesa e Quaresma começou a irritar tudo e todos aparecendo definitivamente no jogo, que o diga o seu opositor directo. O próprio Mourinho teve que corrigir o seu jogador mas, como não bastou, tentou pressionar Quaresma que, em grande nível nunca se deixou intimidar, mesmo tendo a conivência do árbitro às infracções efectuadas por Diarra. O golo da noite, da jornada, da competição e do ano ia saindo ao número 7 do FC Porto, numa jogada iniciada por ele, recebe uma tabela de Postiga e, de trivela, ia colocando a bola no fundo das redes, pena é que a barra evitou-o.

Continuava o domínio dos visitados, muito rápidos sobre a bola, apresentando um futebol fluido e objectivo e agradável a quem assistia. Infelizmente, o resultado chegava empatado ao intervalo.
No reinicio, Robben é substituído e o Chelsea limitou-se a defender, deixando de construir qualquer tentativa de ataque, procurando fechar os caminhos ao FC Porto, pressionando, fazendo faltas, circulando a bola de forma lenta, enfim, tentando controlar o resultado da melhor maneira, pois um empate com golos era excelente.



Jesualdo tentou mudar o rumo dos acontecimentos com substituições, passando a jogar em 4x4x2 passando Quaresma para o meio, mas logo se percebeu que o jogo deixou de ser rápido, passando a ser muito directo. Logo tentou repor com a inclusão de Bruno Moraes, baixando Cech para a posição de Fucile.
O FC Porto conseguiu algum domínio a partir daí, conseguiu chegar mais vezes à área adversária e teve oportunidades para marcar, a mais evidente por Lisandro.
Os jogadores acabaram o jogo muito cansados, fruto de um ritmo muito elevado na primeira parte e do domínio exercido na segunda. Quanto ao Chelsea, esteve em campo uma parte, lutou pelo resultado durante 45 minutos e depois limitou-se a defendê-lo.
Em suma, o resultado é favorável aos visitantes mas quanto a mim injusto, pois só o FC Porto tentou ganhar durante todo o tempo de jogo.



Arbitragem

Sem influência no resultado, penso que acompanhou de perto todos os lances, enganando-se algumas vezes no seu juízo sobre os mesmos, com prejuízo para o FC Porto. Demorou bastante a mostrar o primeiro amarelo e mostrou-o pela primeira vez por protestos, quando a insistência faltosa de alguns jogadores já o tinha justificado anteriormente.



Melhor Jogador

Paulo Assunção. Esteve no campo todo, defendeu, atacou, lutou. Assumiu sempre a sua posição, o seu jogo e nunca se intimidou. Jogou fácil, recuperou bolas para os seus colegas sem recurso à falta, enfim, preencheu o campo todo.

Num jogo com tantos bons jogadores é difícil escolher um só, razão pela qual destaco também Pepe, Bruno Alves e Lucho.

Por parte do Chelsea, sem dúvida nenhuma que escolho Essien que, o vivo, surpreendeu-me muitíssimo, pela sua classe, velocidade, técnica e eficiência.



Positivo do jogo

* O ambiente fantástico nas bancadas.

* A coreografia inicial.

* O Fair-play do jogo.

* O espéctaculo em si.



Negativo do jogo

* O remate de Quaresma não ter dado golo.

* A atitude provocatória de Mourinho com Quaresma.

* A atitude extremamente defensiva mostrada na segunda parte pelo Chelsea.

* O resultado ter acabado empatado para o FC Porto.

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