segunda-feira, agosto 29, 2005
Deixem o Koeman trabalhar
Hoje vou optar por falar só do Benfica, no que respeita à última jornada.
Factos a retirar do jogo do passado sábado: o Benfica fez uma primeira parte de bom nível, dominou claramente o jogo, o Jorge Batista foi novamente uma grande figura, tal como no ano passado no Dragão, o Carlitos deveria ter sido expulso por uma entrada brutal sobre o Ricardo Rocha, e não foi assinalado uma grande penalidade aos 5 minutos por falta sobre o Simão. Em termos de jogo jogado não me recordo de um único ataque do Gil Vicente, e lembro-me de diversas oportunidades do Benfica, com particular destaque para a estreia do Nelson, que para mim fez uma bela exibição nesta estreia.
O sistema táctico continua um pouco confuso, mas tal deve-se provavelmente ao Koeman querer jogar "bonito" e não ser pragmático como era Trapattoni o ano passado. De facto, enquanto o Ricardo Rocha esteve em campo o 3-4-3 utilizado resultou às mil maravilhas, embora me pareça que ganhávamos mais profundidade em ter o Nelson na direita e o Dos Santos (ou o Léo) na esquerda, encostando o Beto para o banco.
Na segunda parte, vi um penalty mal assinalado a favor do SLB, que não foi concretizado, logo, não podem vir com a teoria do "levados ao colo", e vi mais um penalty não marcado com falta sobre o Geovanni. E vi estranhamente um Benfica a jogar como na época passada contra o Beira Mar, ou seja, sem chama, amorfo, e a falhar na defesa. Daí não espantar os dois golos do Gil, embora o Jorge Batista tenha continuado a brilhar na baliza gilista.
No entanto, findo o jogo, penso que o que precisamos (nós benfiquistas) ter um pouco de calma. A equipa não jogou assim tão mal como se faz querer passar, foi superior na maior parte do tempo e acabou por não ter a felicidade do jogo. É no entanto preciso tirar ilações da derrota, conversar dentro do balneário, é preciso contratar os jogadores que se diz que se vão contratar e acima de tudo temos de dar tempo ao treinador para ele encontrar o caminho certo. Tenho a certeza que ele chega lá. Acreditem!...
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