segunda-feira, agosto 29, 2005
Liga Honra - Barreiro
Finalmente começa o futebol a serio, e o futebol espectaculo também.
Quem me quizer ver, num Domingo à tarde, é ir ter comigo a um campo onde joguem duas equipas séniores de futebol 11, seja ele de que divisão for, nacional ou distrital.
Para variar ontem foi mais um desses dias em que começo a pensar onde perder algum do meu tempo a saciar o vicio que é ser "soccerholic".
O Estrela Amadora só joga na Segunda-feira, e as divisoes inferiores, excepto a Liga Honra ainda nao começaram.
Começo a pesquisar na net nas paginas dos clubes se haveria por a algum jogo treino.
A meio do stress, que já se instalava, por não descortinar jogo algum e ao ver uma classificação lembro-me que o Barreirense, á distancia de uma viagem de barco, ou seja 20 a 25 minutos, e com o campo a 10 minutos a pé do cais, joga na Liga de Honra e por acaso até joga em casa, perfeito.
O jogo até era chamativo, a equipa adversaria é uma estreia para mim em jogos ao vivo - FC Vizela, e tinha oportunidade de ver um jogo entre equipas que subiram este ano, parecendo que não mas estes jogos dão sempre bons espectaculos, nunca percebi bem porquê, mas acontece em todas as divisões, as equipas que subiram vêm com ansia e vontade, e como acham que o adversário é do seu nivel querem mostrar que são superiores.
Não me enganei, as equipas entregaram-se com bastante vontade ao jogo. Aos cinco minutos um livre directo marcado por Bock, leva à melhor defesa do encontro por parte de Paulo Silva. O encontro continua com boas jogadas de ataque, principalmente do Vizela, que surpreende no seu todo.Tem uma boa equipa, entrosada e a jogar bom futebol, Bock é um excelente avançado, Everton no meio campo e capitão de equipa é muito bom também, assim como Margarido na defesa, em tempos da Superliga no Maritimo.
Não surpreende pois o golo do Vizela com 18 minutos de jogo por Nuno Cavaleiro, numa boa jogada vizelense pelo centro, que isola o número 27 descaido pela direita e marca facilmente.
O Barreirense andou meio perdido até ao fim da primeira parte e podia ter sofrido mais um golo, mas a defesa conseguiu afastar o perigo.
Para a segunda parte entraram Moreira e Saavedra, para o lugar de Mario Pessoa e Hugo Machado, este ultimo, jogador do Estrela Amadora na época passada, não esteve ao seu nivel e a equipa ressentiu-se disso tendo passado por maus momentos na primeira parte. Estes dois jogadores vieram dar mais consitência à equipa e o Barreirense começou a equilibrar a contenda.
As jogadas de ataque na segunda parte pertenceram quase por completo à equipa da casa, sendo que o Vizela tentava explorar o contra-ataque.
A meio da segunda parte um remate enrolado de Delfim ia dando o segundo golo visitante. A bola sai em chapéu e o guarda-redes é apanhado em contrapé e ao tentar não sofrer golo defende atabalhoadamente com as pontas dos dedos, na altura pareceu que ía cair no chão e levar um frango monumental, mas conseguiu manter-se em pé e a custo desviar a bola.
Minuto 65, ponto de viragem.
Um erro descomunal de Carlos Garcia acontece quando decide tirar o capitão de equipa Everton, que segurava o meio-campo e faz entrar Helder Sousa que nem de longe nem de perto jogou o suficiente para ser a peça que refrescaria aquele sector, pelo contrario. Foi o momento de viragem do jogo. A partir daí a pressão da equipa da margem sul do Tejo intensificou-se e os ataques perigosos e os pontapés de canto surgiam um atrás dos outros.
A 5 minutos do fim, num canto, Sandro que tinha entrado aos 60 minutos, fez o golo do empate.
Dum lado uma equipa que teve o jogo na mão ansiava pelo fim da partida, e do outro uma que só apareceu, a sério, depois do golo do empate, sendo que os ultimos minutos do encontro foram de autêntico massacre á baliza dos nortenhos.
O jogo acabou, pouco depois, com o resultado mais justo pelo que cada uma das equipas fez em cada metade da partida.
Grande jogo de futebol e duas boas equipas.
Alguns casos dentro e fora do jogo:
Positivo:
Poucas quedas de lado a lado, na tentativa idiota que algumas equipas têm de perder tempo, e ganhar jogos sem jogar à bola.
Os foras de jogo contam-se pelos dedos de uma mão, tanto para uma como para outra equipa, acho mesmo que uma só mão chega para contabilizar os que houve durante toda a partida.
O árbitro mal se viu durante todo o jogo, muito bom.
Negativo:
O público, a classe mais idosa pelo menos, dos sócios do Barreirense, qualquer jogada em que um jogador vizelense tivesse que vir junto à linha era brindado com os mais incongruentes e ignobeis adjectivos, e/ou substantivos. E logo desde o inicio do jogo, sem razão, pelo menos aparente. "És um drogado", "És um ca...", "Grande pan...", infelizmente. Nada que não tivesse visto mas apenas quando o adversário pratica o anti-jogo, quando é um rival, ou quando o jogador tem entradas mais viris, agora logo desde o inicio da partida e sem razão nenhuma, a todos os jogadores adversarios, é novo e desprezivel.
Fora do estadio:
Positivo:
Bilhetes vários e de preços vários. Desde os 5 Euros de cartão jovem, passando pelos 10 Superior, 15 Lateral e acabando nos 20 Euros para a Central.
Muita gente de Vizela a acompanhar a equipa.
Poder sair ao intervalo para ir ao café ou a qualquer sitio, levando para isso uma senha que indica que a pessoa ja esteve dentro do estádio, em tudo igual ao Pinhalnovense, na época passada.
Em todas as entradas do estadio a oferta do jornal Voz do Barreiro e um calendario de jogos dos juvenis e inicados da equipa da casa.
A loja do Barreirense, que já conhecia de há dois anos quando vim ver o Barreirense - Olivais e Moscavide, e que continua na mesma, ou seja, um excelente espaço ao lado do estádio, com imensos produtos, desde dois ou tres tipos equipamentos, dois ou tres tipos de cachecois, galhardetes, etc.
Por todo o lado, desde que chegamos ao cais dos barcos e por toda a cidade, outdoor's enormes, iguais aos das campanhas politicas, mas com informação de que vai haver jogo do Barreirense dando conta do adversario, do dia, e da hora do jogo.
Negativo:Sinceramente não encontrei nenhum ponto negativo, por incrivel que pareça, nem a nivel de adeptos, nem de transportes, transito ou de estacionamento.
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