Estádio: Estádio Bessa XXIAssistência: cerca de duas mil pessoas
Árbitro: Paulo Paraty (Porto)
Depois de uma paragem de quase um mês, voltamos a ter Liga Bwin, com a realização da jornada 15, última da primeira volta. A jornada abriu com a deslocação do Marítimo ao sempre difícil reduto do Boavista.
O jogo começou com a equipa madeirense a entrar mais irrequieta e determinada. Por outro lado, os axadrezados demonstraram uma aparente desorganização e logo aos três minutos tiveram uma adversidade com a lesão de Tambussi, o que levou Jaime Pacheco a mudar as suas peças. E se as coisas não estavam bem para o Boavista, pior ficaram quando Cissé entrega a bola ao endiabrado Marcinho, que, sem muitas dificuldades, colocou os verde-rubros na frente do marcador. Portanto, o Marítimo via-se a vencer, resultado inteiramente justo até então.
O Boavista parece que acordou e lá se foi organizando, mas foi o Marítimo que esteve mais perto do segundo, com Mbessuma, isolado, a não conseguir bater William. Aos poucos o Boavista foi-se encontrando e já nos descontos da primeira parte chega ao empate, sem merecer, em minha opinião, através de um livre exemplarmente marcado por Kazmierczak.E com um empate, lá chegamos ao intervalo…
Na segunda parte, Jaime Pacheco decidiu retirar Ricardo Sousa, claramente sem inspiração, e colocou Paulo Sousa. Com esta alteração táctica, o meio campo boavisteiro teve maior consistência, o que permitiu uma melhoria em relação à primeira parte. Portanto, o Boavista entrou mais determinado e até controlou o jogo, porém sem nunca traduzir esse domínio em oportunidades de perigo. O Marítimo, por seu turno, e como é costume, jogava em contra-ataque e foi a equipa que teve mais perto de chegar à vitória. No entanto, no comando do Marítimo temos um pouco ambicioso Ulisses Morais, que com a equipa a fazer um jogo com claras possibilidades de chegar à vitória, abdica de dois homens atacantes, Marcinho e Mbessuma, para colocar dois jogadores de características mais defensivas, Fernando e Balu, respectivamente. Jaime Pacheco, ao ver o recuo do adversário, ainda colocou Fary, contudo sem resultados práticos.O jogo acabou com o Marítimo a criar perigo, com o Balu, que entrou para o lugar do “Gordo”, aos 92 minutos, remata, na primeira vez que toca na bola, às malas laterais.
Pouco depois, Paulo Paraty apitou para o final da partida, sem que antes houvesse uma pequena picardia entre Diogo Valente e William, Isto é de lamentar se tivermos em conta que se trata de jogadores que ainda na época passada jogavam na mesma equipa.
Melhor jogador do Marítimo: Marcinho – este jogador, simplesmente fantástico, jogou ao seu nível. Além de marcar o golo da equipa madeirense, foi dos jogadores que mais dores de cabeça deu à defesa boavisteira..A destacar, igualmente, Diogo Valente, a demonstrar que é um reforço com que se pode contar, e Gregory, um obstáculo intransponível para o ataque boavisteiro.
Melhor jogador do Boavista: Kazmierczak – Além de ter sido o autor do golo boavisteiro, foi o mais inconformado nos períodos menos bons
Positivo do jogo:
• um jogo muito disputado
• Boa atitude do Marítimo, após duas derrotas
• a estreia de Diogo Valente no campeonato, a demonstrar um enorme profissionalismo a defrontar a equipa que o fez amadurecer para o futebol
Negativo do jogo:
• As substituições de Ulisses Morais que foram ao nível da sua ambição
• O jogo, apesar de muito disputado, nem sempre foi bem jogado
• pouco público. Dois mil pessoas presente num estádio com capacidade para 30 mil é muito pouco. Mas, infelizmente, é uma realidade em Portugal
Arbitragem:
No geral foi um bom trabalho aquele praticado por Paulo Paraty. Apenas os problemas usuais da arbitragem portuguesa. Assinalou faltas, por vezes, por tudo e por nada, o que retirou alguma velocidade ao jogo
Conclusão:
Num jogo sempre muito disputado, mas nem sempre bem jogado, Boavista e Marítimo acabaram por dividir pontos, o que acabou por ser um resultado ajustado ao que se desenrolou no jogo. Se, por um lado, o Marítimo foi a equipa mais perigosa, a verdade, por outro lado, é que o domínio e controle de jogo do Boavista na segunda parte acabou por justificar o empate.
Os verde-rubros tiveram uma boa reacção às duas derrotas que haviam sofrido. O Boavista, apesar de somar o segundo empate consecutivo, já leva três jogos sem perder.
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