segunda-feira, janeiro 08, 2007

Taça Portugal IV Eliminatória - Estrela vs Fogaceiros


Estadio: José Gomes na Reboleira
Tempo: Céu com poucas nuvens
Assistencia: Alguém aqui e ali.
Árbitro: Rui Costa

Quando é que os árbitros deixam de ser os protagonistas, dos jogos?

O que parecia ir ser uma tarde calma e agradável, tornou-se em algo muito insipiente e até desagradável, num jogo que punha frente a frente uma equipa organizada da Primeira Divisão, que está em crescendo, contra o segundo classificado da Liga Honra, que está em queda de forma, não muito acentuada.

Assim o Estrela começou como tem habituado os adeptos últimamente, em força e a encostar o adversário atrás. De tal modo que aos 7 minutos marcou, por Jones, depois de um livre de Edu Silva que cruzou para a área.

O jogo continuou na mesma toada, e o flanco esquerdo defensivo do Feirense, apresentava grande debilidade, assim os tricolores aproveitavam para criar muito perigo. Várias foram as situações em que a bola cruzou a área "fogaceira" sem que houvesse o toque final.

Aos 20 minutos um livre directo, outra vez por Edu Silva, obriga o guardião forasteiro à defesa da tarde. Do canto sai a primeira bola ao poste, um total de 3 que os Tricolores enviaram em toda a partida.

De repente, algo aconteceu no jogo que começou a destoar da partida, entrou em acção "a figura do jogo", Rui Costa... não, não é o Rui Costa que jogou na Selecção e está no Benfica, era mesmo o árbitro.

A equipa da casa era de divisão superior e estava a encostar à sua baliza, e de maneira quase ridicula, um adversário que pretende subir de divisão, mas que pouco mostrou nesse sentido. Então, Rui Costa, decidiu equilibrar a contenda, deixando que os "azuis" começassem ao pontapé nas canelas, e a apitar a seu favor qualquer toque ou queda infantil.

A partir daí os Feirenses equilibraram a contenda sem criar muito perigo, ou real perigo para a baliza tricolor.

A segunda parte começa com o Estrela a tentar o segundo e a falhar bolas inacreditáveis, inclusivé em jogadas de dois atacantes para um defesa, mas o árbitro quis continuar a equilibrar a contenda e o Feirense aproveitou e subiu mais um pouco criando algum, pouco, perigo.

O Estrela não podia reagir por aí além nem sequer estava muito para isso, estava a ganhar, dominando, e a todo o momento parecia que haveria outro golo. A meio desta parte, num livre directo, outra vez por Edu Silva, a bola vai ao poste e na recarga Tiago Gomes faz o mais dificil, atira por cima.

O árbitro teimava em admoestar os jogadores tricolores por "dá cá aquela palha" e deixava impune os contrários. Como é possível que uma equipa primodivisionária, a jogar em casa, a dominar brutalmente, atirando bolas ao poste e a falhar jogadas atras de jogadas com jogadores a aparecerem isolados, tenha levado 8 cartões amarelos, contra 2 do adversário???

Não contente com o desenrolar "porco" que estava a dar à partida, a 2 minutos do fim consegue descortinar um penalty, do mais estranho possível, uma vez que Amoreirinha e o avançado "azul" estão em disputa de uma bola aerea, e na qual depois de a ter dominado, o avançado vai contra o defesa estrelista e cai estendido fora da área, agarrado à cara (sim ele caiu e ficou estendido fora da área a receber assistência). Portanto, penalty e cartão amarelo, mais um, para os Tricolores. Já agora pergunto: Que se passou? O Amoreirinha deu-lhe uma chapada? Se foi era vermelho. Se foi um contra o outro, que culpa tem o central, ainda para mais se foi na cara era porque ía de cabeça baixa "a levar tudo à frente" e isso mais parece falta atacante...

Na jogada seguinte Paulo Sergio consegue cruzar para a àrea e Moses de cabeça atira à barra, sendo depois aliviada pela defensiva nortenha.

E assim fomos para mais uma injusta meia-hora de futebol. Injusta pelo volume de jogo e situações criadas e falhadas escandalosamente e pela péssima arbitragem.

No prolongamento acabou por haver a justiça que tinha faltado em 90 minutos de jogo. Moses, numa insistência, obriga o defesa a atrapalhar-se, tentando por fim atrasar a bola para o guarda-redes, mas esta ficou a meio caminho e o avançado ante a saída do guarda-redes, atirou para a baliza desguarnecida.
Estava encontrado o vencedor, sem contudo, o Estrela levar mais um cartão amarelo, que no caso de Rui Duarte era o segundo e consequente expulsão.

O jogo acabou pouco depois, numa péssima mostra de como está a arbitragem em Portugal.

O problema não será, nunca, o amadorismo ou profissionalização do sector, e sim uma questão de consciência e de acabar com certos, tiques e vícios, dos "senhores de preto". A terrível tendência de querer controlar o jogo ou desvirtuar o desenrolar dos acontecimentos, mais que previsíveis, que só irrita o público presente e o afasta do futebol.

Melhor em campo:
N'Diaye - A querer fazer lembrar Manu ou Semedo, mas sem a qualidade destes, contudo foi abnegado e criou perigo pelos flancos.

Positivo do jogo:

Passámos a eliminatória

Negativo do jogo:

O estilo lento a que a equipa foi obrigada a realizar, pelo árbitro e pelo adversário sem grande reacção.

Arbitragem:

Já se falou o suficiente de arbitragem neste post.

Extra-jogo:

Ainda há quem não esqueça o que Gaúcho fez... de mal, pelo clube tricolor. Especialmente quando fugiu a meio de uma época, para Espanha, com o objectivo de ir a custo zero para uma equipa de branco, do norte.

"Ó Gaúcho, junta-te ao Pimenta Machado e vai para presidente do Vitória Guimarães!!!"

Foi o que se ouviu...

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