Nome: Javier Pedro Saviola
Data de Nascimento: 11/12/1981 (25 anos)
Clube: FC Barcelona
Nº da Camisola: 22
Posição: Avançado
Altura: 1,68 metros
Peso: 61 kg
Naturalidade: Buenos Aires – Argentina
Palmarés:
- 1 Campeonato do Mundo Sub-20 (2001)
- Melhor Jogador do Campeonato do Mundo Sub-20 (2001)
- Melhor Marcador do Campeonato do Mundo Sub-20 (2001)
- 1 Campeonato Argentino Apertura (1999)
- 1 Campeonato Argentino Clausura (2000)
- Melhor Marcador do Campeonato Argentino Apertura (1999)
- Melhor Jogador Sul-Americano do Ano (1999)
- Medalha de Ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas (2004)
- 1 Taça UEFA (2006)
- 1 SuperTaça Espanhola (2006)
- Pertence ao FIFA 125 (2004)
Javier Pedro Saviola ou… “El Pibito”. Se na rubrica anterior falámos de um jogador extremamente forte fisicamente (Drogba), hoje é altura de falar de alguém que, mesmo jogando na mesma posição, é completamente diferente. Saviola já tem 25 anos mas continua com aquele ar de adolescente fruto dos seus 1,68 metros e 61 kg. Em termos de força, de resistir ao choque, de ir para o contacto físico, Saviola deixa muito a desejar. Mas a anatomia do argentino não lhe permite mais e arranjou outras formas de revelar o seu talento. Ser baixinho e franzino tem vantagens, nomeadamente o reduzido centro de gravidade. Este “hombre” corre que se desunha e faz da velocidade e aceleração as suas maiores armas. É, e essas são características que desenvolveu, extremamente dotado tecnicamente. É essa combinação com a rapidez de movimento que lhe permite “partir” os adversários. Quando lançado, Saviola dificilmente é travado sem ser em falta. Finta muito bem, é rápido em todas as execuções, tem uma técnica de… “Pibito”. É verdadeiramente fantástico com a bola nos pés. Como avançado, joga numa posição ligeiramente mais recuada do que o típico ponta-de-lança devido à sua compleição física, pois com 1,68 metros dificilmente se impõe a altos centrais e muito raramente ganha uma bola de cabeça. Esse parece ser, desde já, o grande problema do sul-americano. Podemos, portanto, dizer que Saviola é um jogador deficiente do ponto de vista do jogo aéreo e em tudo o que exija força mas que é um prodígio técnico, que finta extremamente bem, que executa tudo de modo veloz e eficaz, que é extraordinariamente explosivo e vivo. Costuma chamar-se na gíria a jogadores com estas características “piolhitos”. É isso que Saviola é, um “piolhito”, mas um “piolhito” cheio de vivacidade, cheio de classe, cheio de movimentações felinas nas imediações da área, com um instinto afinado. Podemos ainda referir o seu génio criativo, a sua capacidade de, mesmo no último terço, construir jogo, de inventar jogadas, de criar, de fantasiar… Tecnicamente perfeito, sempre no sítio certo, sempre com desmarcações certas, sempre com uma vontade enorme de marcar e dar a marcar, é este o homem de hoje!
Foi muito jovem para o River Plate e foi lá que começou a sua carreira profissional. Logo na sua primeira época, em 1998/99, fez 20 jogos e marcou 7 golos. Já todos estavam impressionados com a capacidade deste irrequieto avançado quando em 1999 conquistou mesmo Campeonato Nacional da Argentina Apertura (o campeonato argentino divide-se em dois: Apertura e Clausura) e foi o melhor marcador do mesmo. Só nessa época, com 18 anos, fez 19 golos em 33 jogos e foi nomeado o melhor jogador sul-americano do ano. Em 2000/01 voltou a surpreender todo o Mundo com a impressionante marca de 20 golos em 35 jogos e conquista do Clausura em 2000. Em 2001, antes de se mudar para a Europa, ainda teve tempo para ser campeão mundial de sub-20 e ser o melhor marcador e o melhor jogador do Campeonato do Mundo de sub-20 que se disputou, nesse ano, no seu país-natal, a Argentina. Nesse torneio, conseguiu marcar 11 golos e foi mesmo a grande revelação (ou confirmação?) da prova. É, graças a isso, o melhor marcador de sempre do Mundial de sub-20, pois bateu Adaílton (Brasil), que detinha a marca de 10 golos obtida em 1997 e o seu compatriota Ramon Diaz que tinha 8 golos marcados em 1979. Na Argentina foi desde muito cedo catalogado como o “novo Maradona”, como aconteceu também com Riquelme ou Aimar, como acontece, de resto, com todos os grandes valores do país das Pampas.
Em 2001 rendeu-se à Europa e viajou para a Catalunha para representar o FC Barcelona que pagou uma enormidade pelos seus préstimos. Ao mesmo tempo, foi ganhando o seu espaço na equipa azul celeste. Chegou e a sua preponderância fez-se logo sentir, com 36 jogos para o campeonato e 17 golos e decorria a época 2001/02, quando o Barcelona ficou em 4º, e sendo imediatamente considerado o melhor jogador Iberoamericano da Liga Espanhola. Na Liga dos Campeões, 11 jogos para a Liga dos Campeões e 4 golos foi o registo, numa prova em que as duas fases de grupos foram vencidas pelo Barcelona, primeiro batendo Bayer Leverkusen, Lyon e Fenerbahçe e depois ficando acima de Liverpool, Roma e Galatasaray. Chegaram mesmo a chegar às meias-finais com a eliminação do Panathinaikos, mas o Real Madrid, grande rival em Espanha e vencedor desta edição, ganhou-lhes nas meias-finais. A Liga Espanhola, sempre muito competitiva, não permitiu aos “blaugrana” ir além do 6º lugar em 2002/03, numa altura em que Saviola continuava a dar mostras de todo o seu potencial com 13 golos em 36 jogos, algo menos do que no ano transacto. Na Liga Milionária, os seus 7 golos em 14 jogos eram o espelho da sua categoria e o menino encantava cada vez mais a Europa. Lokomotiv de Moscovo, Club Brugge e Galatasaray eram os adversários na 1ª fase de grupos, superada com sucesso pelos pupilos de van Gaal. Internazionale, Newcastle United e Bayer Leverkusen também tentaram opor-se ao Barça na 2ª fase de grupos, mas nada parava os catalães que voltaram a consumar a primeira posição. A Juventus, que acabou por perder a final nos penalties diante do AC Milan, eliminou a equipa de Saviola nos quartos-de-final com um 3-2 no agregado. Em 2003/04, manteve-se a bom nível com 14 golos em 33 jogos para o campeonato onde se classificaram na 2ª posição, a melhor dos últimos anos, graças ao recém-chegado Frank Rijkaard, que ainda hoje detém os comandos da formação da Catalunha. Na Taça UEFA, o FK Matador Púchov foi o primeiro adversário e se o 0-1 na primeira-mão poderia ser alarmante, o 8-0 na segunda dissipou todas as dúvidas. Panionios, da Grécia, levou com um 0-5 e o mais complicado Brøndby foi também impotente perante o Barcelona: 1-3. Tudo terminou na 4ª ronda quando os escoceses do Celtic derrotaram os espanhóis na primeira-mão por 1-0 e alcançaram o nulo na segunda.
No Verão de 2004, o Jogador Atacante desta semana, além de ganhar a Copa América, deslocou-se à Grécia para representar o seu país nos Jogos Olímpicos de Atenas e… ganhou. A medalha de ouro foi obtida com esforço e muito talento e além de Saviola, os grandes Luciano Figueroa, Carlos Tévez, Lucho González, Kily González, D'Alessandro, Mascherano, Gabriel Heinze, Ayala ou Coloccini foram vencedores. No primeiro jogo do grupo C, ganharam à Servia e Montenegro por 6-0, sem golos de Saviola. No segundo jogo Saviola marcou um golo na vitória por 2-0 diante da Tunísia e o resultado menos avolumado foi contra a Austrália com um pequeno 1-0, o suficiente para passar só com vitórias. Nos quartos-de-final, um “hat-trick” de Tevez foi decisivo para o 4-0 contra a Costa Rica. A Itália também não se safou e perdeu 0-3 com a Argentina nas meias-finais, ficando com o bronze. Na final, o Paraguai não foi suficientemente forte para parar a Argentina, que venceu com um golo de Carlos Tevez, marcado aos 18 minutos.
Em 2004/05, O técnico Frank Rijkaard revelou que não contava com Saviola e decidiu emprestá-lo ao Mónaco por uma época depois de o "Conejo" ter conseguido nacionalidade espanhola e consequentemente ser comunitário. Além disso, chegavam ao Camp Nou jogadores como Henrik Larsson, Giuly, Eto'o e Maxi López, todos eles avançados, em quem Rijkaard tinha mais confiança. Em 2004/05 Saviola, pela primeira vez na sua carreira (excluindo a primeira época), não conseguiu passar a dezena de golos, mesmo tento actuado em 29 jogos. O número de golos quedou-se pelos 8. A passagem pelo Mónaco não foi muito positiva. Entrou em 2004 para o FIFA 100, uma selecção dos 125 melhores jogadores de sempre. No Verão, foi vice-campeão da Taça das Confederações pela selecção nacional. Em 2005/06, conseguiu, ao serviço do Sevilha, uma época melhor, não tanto individualmente, mas mais a nível colectivo devido á conquista da Taça UEFA e do surpreendente 5º lugar na Liga Espanhola, onde, em 29 jogos, marcou 9 golos. Na Taça UEFA, aí sim, conseguiu uma brilhante carreira: 5 golos em 12 jogos e uma vitória na final. O FSV Mainz 05 foi o primeiro adversário: 0-0 na primeira-mão, 0-2 para os sevilhanos na segunda. Na fase grupos, conseguiram vencer o grupo H onde estavam o Zenit de São Petersburgo, o Bolton, o Besiktas e, claro, o “nosso” Vitória de Guimarães que anda agora no segundo escalão do futebol lusitano. Já a eliminar, o Lokomotiv de Moscovo perdeu por 0-3 no total e o Lille por 1-2 nas duas mãos. Chegaram os quartos-de-final e o reencontro com o Zenit, que resultou de um 4-1 inicial, seguido de um 1-1 que carimbou o passaporte do Sevilha para as meias-finais.
Os germânicos do Schalke 04 empataram a 0 na primeira-mão mas na segunda-mão, já no prolongamento, o Sevilha garantiu a presença na final da Taça UEFA que foi disputada a 10 de Maio de 2006 em Eindhoven e em que tinha como adversário o Middlesbrough de Inglaterra. O resultado final não poderia ser mais esclarecedor: 0-4 na final e um banho de bola dado pelos ibéricos aos britânicos.
Entretanto passou-se na Alemanha o maior evento futebolístico dos últimos 4 anos, o Mundial, no qual Saviola esteve presente. A Argentina não teve uma prestação brilhante, mas ainda assim chegou aos quartos-de-final e provou ser uma equipa muito boa. No grupo C, “grupo da morte”, a Argentina começou com uma vitória contra a Costa do Marfim por 2-0 com golos de Crespo e… Saviola. Goleou, depois, a Sérvia e Montenegro (assim como nos Jogos Olímpicos), por 6-0 e Saviola não marcou mas foi titular, tendo sido substituído aos 59 minutos pelo seu companheiro de ataque Carlos Tevez. Seguiu-se um empate a 0 com a Holanda e Saviola no banco. Nos oitavos-de-final, o México deu luta e os sul-americanos proporcionaram um dos melhores espectáculos da competição com um empate a 1 nos primeiros 90 minutos e um golo de Maxi Rodriguez a definir quem passava: Argentina nos quartos. Saviola saiu no fim do tempo regulamentar desta partida. Contra os anfritriões, a Alemanha, o jogo esteve empatado a 0 na primeira parte e foi um defesa, Ayala, a abrir o marcador. No entanto, o melhor marcador Klose viria a restabelecer a igualdade. Nas grandes penalidades, os europeus, mais frios, saíram vencedores. De notar que os únicos resultados menos positivos foram contra a Holanda e contra a Alemanha, únicos jogos em que “El Pibito” não jogou. Coincidência?
Esta temporada, no regresso a casa, tem sido muito pouco usado. Já não joga desde a 10ª jornada (vamos na 16ª) e só foi uma vez titular até agora, tendo sido suplente utilizado por cinco vezes, quando aproveitar para marcar os 2 únicos golos que marcou até hoje. O mercado, porém, está aberto e ainda hoje “A Bola” noticiava o alegado interesse do Villareal em Saviola. O clube do submarino amarelo parece juntar-se a alguns clubes ingleses e aos espanhóis do Sevilha, onde jogou o ano passado, e ao Atlético de Madrid que se tem reforçado muito e com portugueses, inclusivamente. Veremos o que o futuro reserva a este inconstante avançado argentino. Só tem 25 anos e pode muito bem vir a relançar a carreira fora do Barcelona.
Até para a semana e Bom Ano Novo para todos!
Foi muito jovem para o River Plate e foi lá que começou a sua carreira profissional. Logo na sua primeira época, em 1998/99, fez 20 jogos e marcou 7 golos. Já todos estavam impressionados com a capacidade deste irrequieto avançado quando em 1999 conquistou mesmo Campeonato Nacional da Argentina Apertura (o campeonato argentino divide-se em dois: Apertura e Clausura) e foi o melhor marcador do mesmo. Só nessa época, com 18 anos, fez 19 golos em 33 jogos e foi nomeado o melhor jogador sul-americano do ano. Em 2000/01 voltou a surpreender todo o Mundo com a impressionante marca de 20 golos em 35 jogos e conquista do Clausura em 2000. Em 2001, antes de se mudar para a Europa, ainda teve tempo para ser campeão mundial de sub-20 e ser o melhor marcador e o melhor jogador do Campeonato do Mundo de sub-20 que se disputou, nesse ano, no seu país-natal, a Argentina. Nesse torneio, conseguiu marcar 11 golos e foi mesmo a grande revelação (ou confirmação?) da prova. É, graças a isso, o melhor marcador de sempre do Mundial de sub-20, pois bateu Adaílton (Brasil), que detinha a marca de 10 golos obtida em 1997 e o seu compatriota Ramon Diaz que tinha 8 golos marcados em 1979. Na Argentina foi desde muito cedo catalogado como o “novo Maradona”, como aconteceu também com Riquelme ou Aimar, como acontece, de resto, com todos os grandes valores do país das Pampas.
Em 2001 rendeu-se à Europa e viajou para a Catalunha para representar o FC Barcelona que pagou uma enormidade pelos seus préstimos. Ao mesmo tempo, foi ganhando o seu espaço na equipa azul celeste. Chegou e a sua preponderância fez-se logo sentir, com 36 jogos para o campeonato e 17 golos e decorria a época 2001/02, quando o Barcelona ficou em 4º, e sendo imediatamente considerado o melhor jogador Iberoamericano da Liga Espanhola. Na Liga dos Campeões, 11 jogos para a Liga dos Campeões e 4 golos foi o registo, numa prova em que as duas fases de grupos foram vencidas pelo Barcelona, primeiro batendo Bayer Leverkusen, Lyon e Fenerbahçe e depois ficando acima de Liverpool, Roma e Galatasaray. Chegaram mesmo a chegar às meias-finais com a eliminação do Panathinaikos, mas o Real Madrid, grande rival em Espanha e vencedor desta edição, ganhou-lhes nas meias-finais. A Liga Espanhola, sempre muito competitiva, não permitiu aos “blaugrana” ir além do 6º lugar em 2002/03, numa altura em que Saviola continuava a dar mostras de todo o seu potencial com 13 golos em 36 jogos, algo menos do que no ano transacto. Na Liga Milionária, os seus 7 golos em 14 jogos eram o espelho da sua categoria e o menino encantava cada vez mais a Europa. Lokomotiv de Moscovo, Club Brugge e Galatasaray eram os adversários na 1ª fase de grupos, superada com sucesso pelos pupilos de van Gaal. Internazionale, Newcastle United e Bayer Leverkusen também tentaram opor-se ao Barça na 2ª fase de grupos, mas nada parava os catalães que voltaram a consumar a primeira posição. A Juventus, que acabou por perder a final nos penalties diante do AC Milan, eliminou a equipa de Saviola nos quartos-de-final com um 3-2 no agregado. Em 2003/04, manteve-se a bom nível com 14 golos em 33 jogos para o campeonato onde se classificaram na 2ª posição, a melhor dos últimos anos, graças ao recém-chegado Frank Rijkaard, que ainda hoje detém os comandos da formação da Catalunha. Na Taça UEFA, o FK Matador Púchov foi o primeiro adversário e se o 0-1 na primeira-mão poderia ser alarmante, o 8-0 na segunda dissipou todas as dúvidas. Panionios, da Grécia, levou com um 0-5 e o mais complicado Brøndby foi também impotente perante o Barcelona: 1-3. Tudo terminou na 4ª ronda quando os escoceses do Celtic derrotaram os espanhóis na primeira-mão por 1-0 e alcançaram o nulo na segunda.
No Verão de 2004, o Jogador Atacante desta semana, além de ganhar a Copa América, deslocou-se à Grécia para representar o seu país nos Jogos Olímpicos de Atenas e… ganhou. A medalha de ouro foi obtida com esforço e muito talento e além de Saviola, os grandes Luciano Figueroa, Carlos Tévez, Lucho González, Kily González, D'Alessandro, Mascherano, Gabriel Heinze, Ayala ou Coloccini foram vencedores. No primeiro jogo do grupo C, ganharam à Servia e Montenegro por 6-0, sem golos de Saviola. No segundo jogo Saviola marcou um golo na vitória por 2-0 diante da Tunísia e o resultado menos avolumado foi contra a Austrália com um pequeno 1-0, o suficiente para passar só com vitórias. Nos quartos-de-final, um “hat-trick” de Tevez foi decisivo para o 4-0 contra a Costa Rica. A Itália também não se safou e perdeu 0-3 com a Argentina nas meias-finais, ficando com o bronze. Na final, o Paraguai não foi suficientemente forte para parar a Argentina, que venceu com um golo de Carlos Tevez, marcado aos 18 minutos.
Em 2004/05, O técnico Frank Rijkaard revelou que não contava com Saviola e decidiu emprestá-lo ao Mónaco por uma época depois de o "Conejo" ter conseguido nacionalidade espanhola e consequentemente ser comunitário. Além disso, chegavam ao Camp Nou jogadores como Henrik Larsson, Giuly, Eto'o e Maxi López, todos eles avançados, em quem Rijkaard tinha mais confiança. Em 2004/05 Saviola, pela primeira vez na sua carreira (excluindo a primeira época), não conseguiu passar a dezena de golos, mesmo tento actuado em 29 jogos. O número de golos quedou-se pelos 8. A passagem pelo Mónaco não foi muito positiva. Entrou em 2004 para o FIFA 100, uma selecção dos 125 melhores jogadores de sempre. No Verão, foi vice-campeão da Taça das Confederações pela selecção nacional. Em 2005/06, conseguiu, ao serviço do Sevilha, uma época melhor, não tanto individualmente, mas mais a nível colectivo devido á conquista da Taça UEFA e do surpreendente 5º lugar na Liga Espanhola, onde, em 29 jogos, marcou 9 golos. Na Taça UEFA, aí sim, conseguiu uma brilhante carreira: 5 golos em 12 jogos e uma vitória na final. O FSV Mainz 05 foi o primeiro adversário: 0-0 na primeira-mão, 0-2 para os sevilhanos na segunda. Na fase grupos, conseguiram vencer o grupo H onde estavam o Zenit de São Petersburgo, o Bolton, o Besiktas e, claro, o “nosso” Vitória de Guimarães que anda agora no segundo escalão do futebol lusitano. Já a eliminar, o Lokomotiv de Moscovo perdeu por 0-3 no total e o Lille por 1-2 nas duas mãos. Chegaram os quartos-de-final e o reencontro com o Zenit, que resultou de um 4-1 inicial, seguido de um 1-1 que carimbou o passaporte do Sevilha para as meias-finais.
Os germânicos do Schalke 04 empataram a 0 na primeira-mão mas na segunda-mão, já no prolongamento, o Sevilha garantiu a presença na final da Taça UEFA que foi disputada a 10 de Maio de 2006 em Eindhoven e em que tinha como adversário o Middlesbrough de Inglaterra. O resultado final não poderia ser mais esclarecedor: 0-4 na final e um banho de bola dado pelos ibéricos aos britânicos.
Entretanto passou-se na Alemanha o maior evento futebolístico dos últimos 4 anos, o Mundial, no qual Saviola esteve presente. A Argentina não teve uma prestação brilhante, mas ainda assim chegou aos quartos-de-final e provou ser uma equipa muito boa. No grupo C, “grupo da morte”, a Argentina começou com uma vitória contra a Costa do Marfim por 2-0 com golos de Crespo e… Saviola. Goleou, depois, a Sérvia e Montenegro (assim como nos Jogos Olímpicos), por 6-0 e Saviola não marcou mas foi titular, tendo sido substituído aos 59 minutos pelo seu companheiro de ataque Carlos Tevez. Seguiu-se um empate a 0 com a Holanda e Saviola no banco. Nos oitavos-de-final, o México deu luta e os sul-americanos proporcionaram um dos melhores espectáculos da competição com um empate a 1 nos primeiros 90 minutos e um golo de Maxi Rodriguez a definir quem passava: Argentina nos quartos. Saviola saiu no fim do tempo regulamentar desta partida. Contra os anfritriões, a Alemanha, o jogo esteve empatado a 0 na primeira parte e foi um defesa, Ayala, a abrir o marcador. No entanto, o melhor marcador Klose viria a restabelecer a igualdade. Nas grandes penalidades, os europeus, mais frios, saíram vencedores. De notar que os únicos resultados menos positivos foram contra a Holanda e contra a Alemanha, únicos jogos em que “El Pibito” não jogou. Coincidência?
Esta temporada, no regresso a casa, tem sido muito pouco usado. Já não joga desde a 10ª jornada (vamos na 16ª) e só foi uma vez titular até agora, tendo sido suplente utilizado por cinco vezes, quando aproveitar para marcar os 2 únicos golos que marcou até hoje. O mercado, porém, está aberto e ainda hoje “A Bola” noticiava o alegado interesse do Villareal em Saviola. O clube do submarino amarelo parece juntar-se a alguns clubes ingleses e aos espanhóis do Sevilha, onde jogou o ano passado, e ao Atlético de Madrid que se tem reforçado muito e com portugueses, inclusivamente. Veremos o que o futuro reserva a este inconstante avançado argentino. Só tem 25 anos e pode muito bem vir a relançar a carreira fora do Barcelona.
Até para a semana e Bom Ano Novo para todos!
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