segunda-feira, setembro 24, 2007

Leões Amadores vs Setubalenses com Garra

Estádio José Alvalade, em Lisboa
Árbitro: Paulo Baptista (Portalegre)
Espectadores: 35.000

SPORTING: Stojkovic; Abel, Gladstone (Izmailov, 45 m), Polga, Ronny, Miguel Veloso, Farnerud (Romagnoli, 45 m), Vukcevic (Yannick Djaló, 72 m), João Moutinho, Purovic e Liedson.
Treinador: Paulo Bento.
Suplentes não utilizados: Rui Patrício; Paredes, Tonel e Celsinho.
Disciplina: Nada a assinalar.
Golos: João Moutinho (64 m g.p.) e Purovic (86 m).
V. SETÚBAL: Eduardo; Janício, Auri, Robson, Jorginho, Sandro, Ricardo Chaves (Filipe, 82 m), Elias, Paulinho (Bruno Ribeiro, 57 m), Pitbull (Leandro, 62 m) e Matheus.
Treinador: Carlos Carvalhal. Suplentes não utilizados: Marco Tábuas, Hugo, Edinho e Leo Macaé.
Disciplina: Cartão amarelo para Auri (63 m) e Ricardo Chaves (79m).
Golos: Elias (42 m) e Matheus (78 m).


OPINIÃO SPORTINGUISTA POR ACOSTA

Para minha desgraça o Sporting empatou e empatou bem. Tinha-me queixado da qualidade dos jogos da liga portuguesa, pois tinha visto os jogos da Figueira da Foz, Braga e Paços de Ferreira e de facto o jogo de Alvalade foi diferente desses todos. O Setúbal veio de peito aberto, a explorar bem o contra-ataque e aproveitou a falta de atitude dos Leões.
Com naturalidade saiu de Alvalade com um ponto e o Sporting vê os Dragões fugirem num inicio de Liga periclitante.
Paulo Bento “inventou” e deu-se mal. O Setúbal provou que não era a equipa ideal para promover a rotatividade no plantel. Esta ousadia do jovem treinador pagou-se caro, com a perda de 2 preciosos pontos.
Bem sei que pelo meio houve muita ineficácia (quer atacante, quer defensiva), mas há coisas que não se percebem! Mudar de central num jogo com uma equipa que contra-ataca bem? Meter o sueco Farnerud e apagar Moutinho colocando-o a 10? Foi penoso…
Gostei particularmente das exibições de Moutinho (que grande atitude) e Vukcevic, que incompreensivelmente foi substituído por Paulo Bento.
Simplesmente horrível estiveram Stojkovic, Ronny, Farnerud (esteve em campo???), Gladstone (é internacional Brasileiro? Sim sr., que belas convocatórias faz o Dunga) e Paulo Bento, que falhou totalmente neste jogo!
No meio desta desgraça escolhi Abel como o melhor em campo. Pois é, apesar do próprio 78 ter reconhecido que fez uma “primeira parte horrível!”, a verdade é que na segunda impediu males maiores para o Sporting. Primeiro evita em esforço que Matheus faça o 0-2, depois sofre a falta que nos dá o 1º golo, e finalmente, já com os jogadores desesperados e o público à beira de um ataque de nervos cruza para Purovic empatar de cabeça.
Purovic, que teve nos pés a vitória, mas rematou cruzado e sem eficácia, também ele esbanjando dois pontos.
Arbitragem: Não assinalou um penalty evidente de Gladstone sobre Matheus quando estava 0-0. No resto, é um árbitro complicativo e que detesto ver apitar. Queima tempo que é um disparate e quebra qualquer ritmo de jogo. Deve ter estado a ouvir o relato do seu clube antes e veio para o campo com alguma azia…


OPINIÃO VITORIANA POR MIX

Depois de sete jornadas, e já ter recebido o Sp. Braga e se ter deslocado a Alvalade, quem diria que o Vitória nesta altura do campeonato já tivesse 7 pontos e continuasse invicto? Lindo! Por falar em lindo,....



Mas vamos ao que interessa. Ao ver as constituições das equipas, apercebi-me logo que o Paulo Bento estava a subestimar o Vitória. 4 alterações, e deixar Romagnoli de fora, que nesta altura é imprescindivel no meio-campo ofensivo do Sporting (quem diria), mostrou uma clara falta de respeito pelo adversário. Mas o que não mata, torna-nos mais fortes, portanto, o jogo começou e o Sporting não conseguiu pegar no jogo e a gente lá foi avançando no terreno pondo algum veneno no jogo. Os “gatinhos” fizeram uma péssima primeira parte, apontando só 2 remates com perigo que Eduardo defendeu em grande estilo. Já os gofinhos pareciam verdadeiros tubarões. Perto do final da primeira parte, Elias fez o gosto ao pé, e o resultado que transitou para segunda metade foi justo.

Paulo Bento pôs a mão na consciência e mexeu logo duas vezes ao intervalo com o objectivo de atacar mais. Aos poucos foi conseguindo, mas o Vitória tinha a lição bem estudada. Pareciamos uma equipa italiana que sabia defender e sair para o contra-ataque exemplarmente. Uma hora de jogo e o resultado na mesma, fez com que se começasse a notar o peso das camisolas. O Sporting empatou de grande penalidade por João Moutinho, e 14 minutos depois o Matheus fez das suas (com alguma ajuda do relvado) e colocou os sadinos de novo na frente do marcador. E penso que foi a partir deste instante que o Sporting começou a jogar à bola. O poder ofensivo, a pressão e com a ajuda dos adeptos, os atuais vice-campeões fuzilavam o Vitória até marcar já a 4 minutos do fim. Já satisfeitos com o empate, começamos a defender e tivemos de sofrer imenso até ao fim. Resultado final: 2-2 “Mais” que justo! E este “mais” demonstra alguma da minha insatisfação e tristeza com o facto de não termos ganho. Porquê? A resposta tem a ver com a arbitragem.

O Sporting empatou com uma grande penalidade que deveria ter sido um livre fora da área. O segundo golo dos leões foi irregular pois antes do Abel cruzar, Liedson jogou a bola com a mão. Os critérios foram variando ao longo do jogo, e quando havia razão para marcar falta na àrea do Sporting (devido a falta sobre Matheus), o apito pura e simplesmente continuou em silêncio. Triste! A haver um vencedor justo neste encontro, teria que ser o Vitória. Se não o foi, só há um culpado: Sr. Árbitro Paulo Baptista. Já estamos habituados a essas coisas cá em Portugal, é certo, mas já começa a chatear um pouco? Ou não? Valerá a pena eu classificar a arbitragem? Penso que não...

Mais uma vez o melhor em campo foi o Matheus. Mas desta vez com mais mérito, porque defrontou uma equipa candidata a Campeão cheio de jogadores que jogam pelas suas selecções. Baralhou completamente as contas à defesa sportinguista com as suas fintas e mudanças de velocidade repentinas. Brilhante! Só me pergunto uma coisa: Como é que o Braga empresta um jogador destes?

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