sexta-feira, maio 13, 2005

MIA HAMM: O Tributo - Parte I


Mia Hamm é amplamente reconhecida como a melhor jogadora de futebol do Mundo. Provou-o em 1996, em Atlanta, na comemoração do centenário dos Jogos Olímpicos, liderando a sua equipa na conquista do título de “Team Gold” perante 80,000 fans histéricos.
Nunca na História se registaram tantos espectadores num evento desportivo feminino. Os jogos elevaram as atletas a categoria de estrelas e Mia passou a ser vista como um símbolo para todos aqueles que acreditam num sonho e lutam por ele.

No Campeonato do Mundo em 1999, os E.U.A assumiram o papel de anfitriãs e o evento teve uma audiência de 40 milhões de espectadores (só em território norte-americano) e vendeu mais de 650 mil ingressos que lotaram por completo o “Giant Stadium” e o “Rose Bowl”. O futebol feminino estava em crescendo e Mia faz sucesso tanto dentro como fora de campo. Fez parte da equipa da Universidade da Carolina do Norte e liderou a mesma na conquista de quatro campeonatos consecutivos. Ganhou a alcunha de “Jordan” (devido á sua habilidade em campo, desportivismo, determinação e devoção ao que fazia). Os prémios e distinções apenas contam parte da história desta atleta fenomenal que dedica a maior parte do seu tempo livre a causas de solidariedade, assim como, á promoção e á defesa do futebol feminino, mas sobretudo, do desporto.
Aos 15 anos, foi a mais jovem jogadora de sempre a alinhar pela sua selecção nacional, seu primeiro golo apontou-o em 1990, contra a Noruega, a 25 de Julho e logo na sua segunda estreia, em 1991, a equipa sagou-se campeã mundial.

Segundo Phil Knight, fundador da NIKE: “Penso que nos Estados Unidos, só tivemos três atletas que jogaram a um nível tal que deram outra dimensão aos seus jogos. Esses, têm sido Michael Jordan, no basquetebol, Tiger Woods, no golfe e de certa forma, Mia Hamm, no futebol feminino”.
Consciente do apoio que ela e as suas companheiras receberam durante os Jogos Olímpicos de 1996 e 2000, ajuda a fundar a WUSA (Women’s United Soccer Association). Mia é pioneira do seu desporto e um modelo para atletas e fans que acreditam nas oportunidades, na igualdade e na paixão pelo jogo.

É a melhor marcadora do mundo. Desde a sua estreia já somou mais de 142 tentos. É uma jogadora dura e dos seus pés nascem jogadas de ataque ao nível dos melhores jogadores masculinos. As suas assistências têm sempre o cheiro a golo e é sem sombra de dúvida, uma das melhores no “um pra um”. É magnífica na finalização, a sua precisão e eficácia, sentem-se de cada vez que toca na bola e foi ela, a mais reconhecida de todas as jogadoras de futebol, que conseguiu quebrar o recorde de golos de sempre, tanto masculino como feminino a 16 de Maio de 1999, em pleno campeonato do mundo, frente á formação “canarinha”. Foi tão simplesmente, o seu 108º golo.
Durante quatro anos consecutivos, (1994 a 1998), manteve o título de “ U.S Soccer’s Chevrolet Female Athlete of the Year”. Em 1999, bateu o recorde de assistências (93), o que significa que, mesmo que nunca tivesse marcado um único golo, ela continuaria na lista das melhores marcadoras da História do futebol feminino norte-americano. No mínimo, de se tirar o chapéu!!! Nesse mesmo ano, o seu nome constou da lista das convocadas para a “All-Women’s World Cup Team”.
Num desporto que luta ainda pelo reconhecimento nos Estados Unidos, tanto do lado masculino como do feminino, uma única certeza porém: ninguém tem dúvidas de quem é o número 9! A imagem do seu rabo-de-cavalo baloiçando enquanto corre, já é um marco da história do desporto.

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