Verificando que até ao momento do inicio deste meu comentário ainda não houve outros comentários relativos à jornada, faz-me pensar que, posta de parte a disponibilidade de cada um, estão todos à espera do jogo do Sporting de logo à noite. Excepção feita a adeptos do FCP (Futebol Clube do Porto) e não Futebol Clube Penafiel, se bem que neste último caso os seus adeptos também não usam da impaciência no desfecho do campeonato, já que têm a sua posição bem definida. Pois bem, o clima que paira no ar é de esperança. No caso do Benfica, esperança no Guimarães, no caso do Sporting, esperança na sua própria equipa. E mais, já que o FCP não se aproximou como devia, o Benfica também está à espera que o Sporting seja “tão prejudicado” como o seu presidente diz que foram em Penafiel, para assim poderem passar alguma da suspeição e beneficiação de que têm vindo a ser acusados, para o rival da 2ª circular.
Passando concretamente aos jogos, nada se passou a que já não estivéssemos habituados. Boas exibições da semana anterior que passam a más ou infrutíferas na semana a seguir, passando assim de um estado de crença e esperança para um estado de descrédito e abandono ao apoio.
Passando concretamente aos jogos, o meu FCP não conseguiu inverter o que escrevi anteriormente, numa das derradeiras oportunidades para assaltar o título, jogando com a derrota do Benfica, com a próxima jornada e com a motivação dos últimos jogos disputados.
Num claro erro de comunicação entre o defesa e Vítor Baía, o Moreirense faz aos 9 minutos o golo, quando nada o fazia prever, lembrando assim num ápice tantos e tantos jogos em que se sucedeu o mesmo facto. Se no jogo mais recente, frente ao Setúbal, também estávamos a perder nas mesmas condições e soubemos dar a volta, porque não repeti-lo? O que é certo é que se ainda faltava o jogo quase todo para dar a volta, o FCP só no final da primeira parte deu mostras de querer mudar os acontecimentos, reagindo assim tarde demais. Na segunda parte o jogo estava morno e só ficou equilibrado quando Couceiro tirou um defesa para apostar em mais um avançado. Só a partir daí o Moreirense no contra-ataque consegui chegar perto da baliza de Vítor Baía, e se não fosse o guarda redes do FCP mais uma vez, iam chegando perto demais. Só na parte final do jogo o FCP tornou a mostrar, desta vez com uma enorme evidência, que poderia ter ganho o jogo com facilidade, pois dentro dos 4 minutos de descontos ocorreram 2 lances de golo iminente.
Partilho mais uma vez das palavras de Couceiro no final da partida, quando diz que fomos a melhor equipa em campo e que deveríamos ter ganho este jogo, mas as coisas não são como nós queremos, mas temos de fazer mais por elas. Relativamente ao jogo ainda, deixar duas notas finais impõe-se. Uma delas, em jeito de resumo, dizer que o FCP não ganhou o jogo por culpa própria, e a segunda, dizer que a expulsão de Quaresma tem muito que se lhe diga. Já que em jeito de castigos aos jogadores, os do FCP estão a ser demasiada e injustamente castigados, em relação aos dos seus adversários. Devemos estar a pagar por alguma coisa, ou então, a liga e os árbitros sabem que o FCP tinha os cofres cheios no início do ano e também quiseram ganhar algum à nossa custa. É nojenta a dualidade de critérios que tem existido, que ao invés das vitórias do Sporting na taça Uefa, que nos enchem de orgulho a todos os portugueses, estas situações também nos deveriam enojar, mas a todos.
No jogo que opôs o líder Benfica ao estável Penafiel, vimos o que eu já aqui escrevi há algum tempo, ou seja, uma equipa unida, com muito querer e coração mas com muito pouca razão na hora de jogar futebol. O Benfica mostrou pouca inspiração no ataque, algumas veleidades na defesa, e nunca soube assumir o seu jogo, ter a calma necessária e foi permissivo ao contra-ataque do adversário. Notou-se sim a falta de um jogador, Luisão. Ricardo Rocha foi o “único” central a actuar pelo lado benfiquista, e numa das escassas vezes em que não pôde estar em todo o lado da defesa, a sua equipa sofreu o golo.
O Penafiel esteve muito fechado, houve grande entreajuda entre os companheiros de equipa, saiu, sempre que pôde, rapidamente para o ataque controlado e contra-ataque, pelo que o Penafiel fez o seu jogo em todo o esplendor. O presidente do Benfica no final do jogo estava muito chateado e incrédulo, tanto com a arbitragem do sócio do clube, como com a actuação da GNR. Pois bem, umas semanas a esta parte, desde que o Benfica assumiu claramente vantagem pontual em relação aos adversários na conquista do título, o discurso deste indivíduo tem-se alterado sempre que as exibições da sua equipa não se coadunam com essa dita vantagem. Houve um ponto de viragem no seu discurso, antes e depois do jogo e consequente derrota com o Rio Ave. Pois bem, falta um ano e meio, acho eu, para o término do seu mandato, e faltam quinze dias para o fecho deste campeonato, não estará na hora de antecipar a sua saída? Argumento com a minha opinião dizendo, que relativamente aos lances a que se refere como prejudiciais para o Benfica, nenhum deles é alvo de penalidade, ficando nesses lances a que se refere, mas principalmente o que envolveu Geovani na primeira parte, um amarelo por mostrar ao jogador encarnado. Outro lance, já na segunda parte, em que há um cruzamento pelo lado direito do ataque benfiquista, estes queixam-se de uma mão na área, ao que eu digo que é completamente casual e que o árbitro, mesmo sendo sócio, não se chama Mário Mendes. O derradeiro lance, entre Simão e o melhor jogador em campo, é um lance casualíssimo em futebol, seja na grande área, pequena área, ou em qualquer outra área. Ainda ontem Quaresma levou um encontrão com o ombro que o arremessou com alguma violência para fora do campo, e o árbitro muito bem deixou seguir. Curiosamente, o único lance passível de grande penalidade a favor do Benfica passou em claro ao seu presidente, e é um lance em que Mantorras foi agarrado na área na sequência de um cruzamento. Pois se não marcaram nada numa falta de Ricardo Rocha idêntica e contra o Estoril, porque razões haveriam de marcar agora sobre Mantorras? Eu sei mas guardo para mim. Como numa vitória ou derrota há vencedores e vencidos, resta-me deixar uma palavra ao Penafiel, que fez um jogo muito bom, bem melhor do que contra o meu FCP por exemplo, fruto de ter uma equipa bem organizada por um técnico anteriormente desconhecido. Manuel Fernandes não poderia ter saído em melhor hora da equipa nortenha, que mostrou saber mudar a tempo, apostar num técnico novo e mandar embora mais um treinador que anda a pairar sobre os clubes, denominados abutres. Outro facto é a grande qualidade do Senegalês N´Doye, que já mostrara o seu valor aquando da sua passagem pelo Estoril,
no FCP - Estoril por exemplo, da experiência de Wellington, Wesley, e Clayton. Seguindo com o meu comentário ainda sobre o mesmo assunto, o presidente do Benfica, representante de todos os sócios e adeptos do clube, dizem os entendidos que são mais de 14 milhões em todo o mundo, passando pela África setentrional, Escandinávia, Reino Unido e imagine-se, Indochina, queixou-se da carga policial sobre os adeptos do clube no final do jogo. As imagens que vimos deveriam ter sido montadas, pois nós também não vimos um isqueiro a ser arremessado por esses adeptos e que atingiu um jogador da equipa adversária, nós também não vimos um adepto com um pau a atingir elementos da segurança, também não vimos adeptos aos pontapés a esses elementos e policias, não soubemos que o marcador do golo Penafidelense foi atingido já fora do estádio, não vimos nem soubemos que um guarda da GNR e um jogador adversário foram atingidos e hospitalizados num jogo há dois anos num campo emprestado, não sabemos que Filipe Santos, jogador de hóquei do FCP foi atingido gravemente na cabeça por uma pedra que o impossibilitou de jogar durante uma temporada inteira, não sabemos do problema entre claques benfiquistas que os “obrigam” a esfaquearem-se mutuamente e também não sabemos nem queremos esquecer o trágico incidente da morte de um adepto sportinguista na final da taça, atingido por um very-light lançado pela claque benfiquista. Em suma, presidente do Benfica, se há claque que não pode estar em estádios de futebol, essa claque já mostrou que veste de vermelho e que apoia o clube a que preside. Sobre este tema estamos conversados, e serve para si, como para todos os benfiquistas que se sintam injustiçados com as cenas que vimos na televisão este fim-de-semana, infelizmente.
Inicio pouco auspicioso para Pedro Barny, que premeia o futebol praticado pelo Braga em detrimento do praticado pelo clube boavisteiro, desde o início da época.
Não sei o que motivou a saída do ex-treinador do Boavista a 3 semanas do fim do campeonato, mas penso que foi um claro erro de gestão, e o resultado está à vista, apesar de ter encontrado um adversário de enorme valor.
A Académica já assegurou a permanência,
num jogo que mandou o Beira-Mar para a divisão de honra, apesar de nestas últimas jornadas e após a entrada de Inácio ter revelado que se os técnicos que por lá passaram não fossem tão fracos, o clube acabaria bem melhor classificado na tabela.
Eram só ganhos, senão reparem, todo o dinheiro gasto a indemnizar os treinadores, todo o tempo perdido com “a corda na garganta” até ao final, e depois descer de divisão, foi de facto um deixar passar o tempo sem agir. Ao menos o clube ganhou uma coisa e os seus adeptos também, o pedido de demissão do seu presidente, que espera-se consumada, assim entenda o presidente da assembleia-geral.
Mais uma derrota para o União de Leiria em casa, agora frente ao Setúbal. Algo vai mal, muito mal por aqueles lados.
Derrota do Gil Vicente, que compromete as suas contas a duas jornadas do fim. De realçar que desta vez, o Estoril não prescindiu de jogar com o factor casa para lutar pelos pontos, mas se houver alguma justiça no futebol, a próxima época será feita na divisão inferior.
Empate entre Rio Ave e Marítimo e vitória do Belenenses sobre o Nacional fecham a jornada entre clubes que à partida se equivalem e estão descansados na classificação.
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