domingo, setembro 09, 2007

Um empate com sabor a derrota




Local: Estádio da Luz, em Lisboa
Assistência: cerca de 50 mil pessoas
Árbitro: Roberto Rosetti (Itália)



PORTUGAL
Ricardo; Bosingwa, Fernando Meira, Bruno Alves e Caneira (Miguel, 12m); Petit, Deco e Maniche; Cristiano Ronaldo, Nuno Gomes (Quaresma, 69m) e Simão (João Moutinho, 81m)

POLÓNIA
Boruc; Jop, Bronowicki (Golanski, 55m), Dudka e Wasilewski; Zewlakow, Blaszczykowski e Lewandowski; Krzynowek, Zurawski (Matusiak, 56m) e Smolarek (Lobodzinski, 73m)

Acção disciplinar: Cartão amarelo para Boruc (21m), Petit (24m), Wasilweski (30m), Bronowicki (38m)

Ao intervalo: 0-1
Marcadores: 0-1, Lewandowski (44m); 1-1, Maniche (49m); 2-1, Cristiano Ronaldo (72m); 2-2, Krzynowek (87m)

É frustrante lutar para alterar um resultado e, quando o objectivo parecia conseguido, levar com um balde de água fria, num lance fortuito. As tropas de Luiz Felipe Scolari, ainda tentaram, mas o tempo já era escasso.



O jogo começou morno, com os jogadores portugueses a demonstrarem poucas soluções para ultrapassar a muralha polaca. Ainda nem tinha chegado ao quarto de hora, Scolari, que tinha feito seis alterações em relação ao onze de há duas semanas em Yereven, tinha a sua primeira contrariedade com a lesão de Caneira. Com Paulo Ferreira na bancada, a única solução no banco era Miguel, que, porém, não está habituado ao lado esquerdo da defesa, o que se notou ao longo do jogo.

A partida aqueceu quando Deco, que descobriu uma daquelas linhas de passe que só o mágico luso-brasileiro vislumbra, desmarcou Nuno Gomes que proporcionou Boruc a primeira grande intervenção da noite. De seguida, é a vez de Cristiano Ronaldo marcar um livre que estremeceu a baliza polaca. A Polónia não ficou a ver e Zurawski deixou o aviso para aquilo que aconteceria aos 44, quando Lewandowski aproveitou uma defesa incompleta de Ricardo para gelar o Estádio da Luz.

Ao intervalo, era os polacos que faziam a festa, gritando: “Hoje, Lisboa vai ser colorida de vermelho e branco”.



Esperava-se uma outra atitude no segundo tempo, que de facto aconteceu. Portugal entrou com garra de mudar os acontecimentos e Maniche, que, neste regresso, demonstrou o grande jogador que sempre foi, aproveitou uma brecha da defesa polaca para restabelecer a igualdade.

Este novo procedimento da Selecção Nacional impôs um outro ritmo ao jogo. Scolari abdica do único ponta-de-lança disponível, ficando Ronaldo como homem mais adiantado. A estratégia do seleccionador da equipa das quinas acaba por dar frutos, quando o nosso puto maravilha sentencia a reviravolta no marcador.



A partir daí, Portugal dominou, controlou, poderia inclusive ter chegado ao terceiro tento em rápidos contra-ataques. O “sargentão” ainda lançou o aniversariante João Moutinho em jogo. No entanto, a três minutos do fim, um lance fortuito do ataque polaco resulta num autêntico balde de água fria para as aspirações portuguesas.

Os representantes da nação portuguesa ainda tentaram chegar a vitória, era, contudo, tarde.


Melhor em campo

Bosingwa: No seu primeiro jogo a doer como titular, o lateral do FC Porto demonstrou estar à altura. Correu quilómetros, deu grande dinâmica ao flanco direito, recuperou muitas bolas, lançando-as para o contra-ataque.



Arbitragem:
O árbitro italiano até não esteve mal, mas poderia ter feito bem melhor. Pareceu ter ficado algumas faltas por assinalar e outras que não eram infracções de todo.

Conclusão:
Um empate desolador, com um claro sabor de derrota e que, para além do mais, não poderia ter acontecido nesta altura da qualificação, pois agora a margem de erro é cada vez menor. A verdade, todavia, é que aconteceu e agora é tempo de levantar a cabeça, de modo a preparar mais uma final que se realizará quarta-feira contra a Sérvia.

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