segunda-feira, abril 16, 2007

Histórias dos Mundias de Sub-20: URSS 85

A União Soviética, já governada por Mikhail Gorbachev, não se desmoronou sem antes de receber o Campeonato do Mundo de Sub-20. A competição passou por diversos estados soviéticos, desde o Azerbeijão, Arménia, Bielo-Rússia e Geórgia. Aqui deram nas vistas, pela primeira vez, uma grande geração de jogadores, como Taffarel, Balakov, Kostadinov e Higuita.

Na primeira fase, houve algumas surpresas e jogos emocionantes: No Grupo A, Bulgária, Colômbia e Hungria, terminaram todos com 4 pontos, mas o golo avarage acabou por ser favorável a búlgaros e colombianos. Há que destacar o Hungria 2-2 Colômbia, onde os húngaros marcaram o 2-0 aos 85 minutos e, assim, pensavam que tinham posto um ponto final no jogo, só que aos minutos 88 e 89, por Perez e Rodriguez, respectivamente, a equipa da América do Sul consegue evitar a derrota.
No Grupo B, o Brasil, sem muitas dificuldades, venceu o grupo, enquanto que “nuestros hermanos” só aos 85 minutos, no jogo contra a Irlanda, garantiram a passagem à fase seguinte, deixando a equipa da Arábia Saudita fora competição.
No Grupo C, os soviéticos desenvencilharam-se bem dos adversários, sendo que a verdadeira disputa foi entre australianos e nigerianos. A equipa da Oceania vencia, no último jogo do grupo, os super águias por 2-0, contudo, num estilo 4-3-3, a equipa africana, entre o minuto 63 e 79, virou o resultado.
No Grupo D, paraguaios e ingleses, deixaram-se ultrapassar por chineses e mexicanos.

As classificações da primeira fase ditaram os seguintes jogos nos quartos-de-final: Bulgária – Espanha, Brasil – Colômbia, URSS – China, e México – Nigéria. Os brasileiros cilindraram os colombianos com um concludente 6-0, enquanto que espanhóis, soviéticos e nigerianos, vencerem pela margem mínima.

Nas meias-finais, a canarinha derrotou sem muitas dificuldades aquela que havia sido a surpresa da prova até então, a Nigéria. Por outro lado, a outra meia-final, que opôs, espanhóis e soviéticos, foi imprópria para cardíacos. Depois de um empate a um no tempo regulamentar, seguiu-se o prolongamento onde os soviéticos se colocaram em vantagem no princípio da segunda parte, com um golo de Ivanauskas, contudo, já em descontos, numa altura em que os anfitriões já festejavam a presença na final, "nuestros hermanos" empataram por intermédio Goikoetxea. Na lotaria dos penalties, a equipa latina levou a melhor.

Dia 7 de Setembro, primeiro os nigerianos garantiram o pódio, depois da marcação de grandes penalidade, onde, mais uma vez, os da casa não foram felizes. Mais para o princípio da noite, lá se disputou a final entre brasileiros e espanhóis que já se haviam encontrado na primeira fase. Desta vez, assistimos a um jogo mais equilibrado, com os canarinhos apenas a resolveram o jogo no prolongamento, graças a um golo de Henrique.
Em suma, o Brasil tornou-se na primeira equipa a vencer esta competição duas vezes e de forma consecutiva. Mais uma vez, a qualidade do futebol brasileiro veio ao de cima. Numa equipa brasileira colectivamente brilhante, deram nas vistas: João António (defesa), Tosin (médio defensivo), o organizador Silas (eleito o melhor jogador do torneio), e os atacantes Muller e Gerson.

Melhor jogador do torneio:
Paulo Silas, o organizador de jogo brasileiro, foi considerado o melhor jogador deste torneio. Esteve um papel fundamental nas assistências para golo e na transição defesa-ataque. Teve uma carreira meritória, onde destaco a sua passagem pelo Sporting e as suas presenças nos Mundiais de 86 e 90.

Estrelas em ascensão:
Muller (BRA), Paulo Silas (BRA), Claudio Taffarel (BRA), Krassimir Balakov (BUL), Emil Kostadinov (BUL), René Higuita (COL), Juan Goicoechea (ESP), Rafa Paz (ESP), Alberto Garcia Aspe (MEX), …

Melhor marcador:
Sebastian Losada (ESP)

Cidades que acolheram a competição:
Baku, Yereven, Leningrado, Minsk, Moscovo, Oktemberyan, Tbilisi, Sumgait

Espectadores:
657,800 (final: 41,000)

Assistência média:
20,556

Curiosidades
• O máximo de golos marcados por um só jogador neste torneio foi apenas … três. Algo que foi igualado em 1993, na Austrália, pelo colombiano Henry Zambrano

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