domingo, agosto 27, 2006

Sportinguistas Vermelhos Versus Castores


Estádio: Municipal de Braga
Assistência: 10.000
Árbitro: Elmano Santos
Após uma boa pré-época, o SC Braga recebia o Paços de Ferreira na primeira jornada, num jogo em que a espectativa era grande face à estreia em jogos oficiais do novo treinador bracarense, Carlos Carvalhal, que tem a dura tarefa de fazer esquecer o Professor Jesualdo Ferreira.
Para esta estreia no campeonato, Carvalhal utilizou o esquema táctico 4-3-3, com João Pinto a jogar nas costas do avançado Zé Carlos, com Wender e Maciel pelas alas.
Como seria de esperar o SC Braga entrou melhor na partida, tomando conta dos acontectimentos, sempre com o Paços de Ferreira a espreitar o contra-ataque e a obrigar os visitados a tomar precauções defensivas e consequentemente a quebrar o ritmo à partida, sem que durante a primeira parte do encontro houvesse claras oportunidades de golo para ambos os lados.
Para a segunda parte esperava-se um SC Braga em procurar da vitória e assim aconteceu, entrando com uma atitude mais agressiva no terreno, começaram a criar dificuldades à linha defensiva dos Pacenses e para lhes complicar mais as coisas Elias foi expulso ao 54', após ver o 2º cartão amarelo, depois de uma falta cometida sobre Wender.
A partir daqui acentuou-se o dominio dos Bracarenses, que criavam bons lances ofensivos, mas que pecavam no último terço do terreno, por mérito dos defesas Pacenses ou por ineficácia dos avançados.
Para acentuar mais esse dominio Carvalhal fez entrar Cesinha para o lugar do defesa Carlos Fernandes, numa aposta clara de vencer o jogo, sendo que foi uma aposta ganha, visto que minutos depois de ter entrado esteve na origem do lance do golo do SC Braga apontado por Zé Carlos aos 72', a conclur da melhor forma uma boa jogada de entendimento entre Cesinha e Wender, dando alguma justiça ao marcador!
Pouco depois Zé Carlos bisava na partida, não fosse o guarda-redes Peçanha defender em grande estilo um remate, após bom trabalho individual do avançado Arsenalista. Contudo e nada fazendo prever face à pouca profundidade ofensiva, o Paços de Ferreira, passados 8' após o golo do SC Braga, empata a partida por Ronny que entrou segundos antes, num forte disparo de fora da área em que a bola toca em Ricardo Chaves e desvia a trajectória, surpreendendo de alguma forma o guarda-redes Paulo Santos, fazendo gelar por completo o Municipal de Braga...
Como faltava pouco tempo para o terminar do encontro, o técnico Arsenalista fez entrar o avançado Matheus para o lugar do centro campista Ricardo Chaves na tentiva de reviravolta no marcador, que iría surgir no minuto 90 com um auto-golo do defesa Pacense Geraldo, num pontapé de canto em que este tentou tirar a bola da cabeça de João Pinto, introduzindo assim na própria baliza. Golo que de certa forma deu justiça ao marcador, visto que o SC Braga foi sempre a equipa que mais procurou a vitória.

MELHOR EM CAMPO
Andrés Madrid, é um jogador que não dá muito nas vistas quando joga, mas o seu sentido táctico aliado à sua excelente técnica, fazem dele um jogador fundamental no meio campo Arsenalista. Neste encontro foi um jogador que não se limitou somente a defender e subiu frequentemente no terreno na tentativa de criar desequilibrios na defesa Pacense.
No Paços de Ferreira destaco a actuação do guarda-redes Peçanha.

ÁRBITRO
Elmano Santos
teve um trabalho na globalidade positivo no aspecto técnico, contudo no aspecto disciplinar foi um pouco incoerente, mostrando punições diferentes em lances iguais. Mostrou 7 cartões amarelos e um vermelho.

POSITIVO DO JOGO
- A boa moldura humana presente no encontro.
- Talento de Madrid, oportunismo de Zé Carlos e a vontade de João Pinto.
- O arriscar nas substituições por parte de Carlos Carvalhal.

NEGATIVO DO JOGO
- Jogo morno por parte do SC Braga na primeira parte.
- A desconcentração visivel em alguns atletas.
- Constantes passes errados no último terço do terreno.

Ricardo Fernandes

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