Sofrimento. Talvez seja esta a melhor palavra para caracterizar a época do Paços de Ferreira. Vindos da segunda liga, como campeos nacionais, não se exigia mais ao clube do que uma luta ardua pela manutenção. Para piorar, este ano eram 4 os que desciam...
Na época de transferências o Paços assegurou a contratação de cerca de uma dezena de jogadores, sendo que, apenas um (Edinho) veio por emprestimo. Renato Queirós, Fredy e Primo eram os mais conhecidos, mas foram outros reforços, os que mais se destacaram, como veremos mais à frente.
Na pre-epoca os resultados nao foram brilhantes mas deu para observar detalhes interessantes em edson (ex- o. bairro) e didi (ex-marco).
Contudo a época começou mal para os castores. O jogo de abertura ficou marcado por uma derrota caseira (0-1) ante o nacional da madeira, o que, obviamente, não foi o melhor pressagio para os pupilos de josé mota. Embora na primeira jornada estes resultados sejam desculpaveis.
Na jornada seguinte o mesmo resultado mas desta feita a favor dos castores em setubal.
Eis que chegamos à terceira jornada e o primeiro escandalo a envolver jogos do paços acontece. No estádio do bessa, o boavista recebeu o paços de ferreira. pouco tempo depois do inicio da partida, num canto, o paços chega ao golo. toda a gente viu, excepto o trio de arbitragem... o paços acabou por perder 4-1 e não vou dizer que aquele golo era garantia de vitoria. mas que os boavisteiros iam ter que correr muito mais, ai isso iam... se juntar a isto a não expulsao de guga por agressao, a coisa ficava mesmo preta.
O primeiro momento alto da época surge à sexta jornada quando em plena mata real o sporting foi vergado com 3 golos sem resposta. uma grande exibição dos castores! O paços parecia muito bem lançado para uma grande época. e a vedade é que aj primeira volta nem correu assim tao mal... grande vitória À 9.ª jornada em casa do vitoria de guimaraes e a vitória ao braga, numa altura em que a equipa de jesualdo estava no topo. Depois começou a série negra: derrota em belem, derrota na mata com o maritimo, derrota na luz, empate na choupana, derrota na mata frente ao vit. setubal e boavista, derrota em coimbra e finalmente o regresso às vitórias ante o gil vicente.
Pelo meio o mercado de inverno. Sairam jogadores pouco utilizados como joão duarte e tiago martins e entraram tres reforços. O defesa central José Fonte, o médio/avançado Junior Bahia e o ponta de lança João Paulo.
A conjugação de resultados fez com que para a recta final, o paços estivesse numa posição muito incomodo. Todos os jogos revelaram-se autenticas finais. O primeiro foi o Estrela da Amadora. Com um final digno de Hitchcock, o paços venceu os amdoristas por 2-1 num dos jogos fulcrais para a manutenção. Seguiu-se uma derrota perigosamente comprometedora na figueira da foz. Mas havia de ser a ultima. Estava mais que visto que o paços ia ter que lutar para até ao limite para se manter. e a verdade é que o nosso calendário não ajudava nada. temeu-se pela descida mas conseguimos evita-la.
A primeira final foi contra um também aflito rio ave. o resultado final foi de 2-1 a favor dos castores que viram-se e desejaram-se para ficar com os tres pontos. o rio ave nunca desistiu e por pouco não conseguiu levar pelo menos um ponto da mata real. uma tripla vitoria para o paços já que ganhava mais tres pontos, atrasava o rio ave e ainda proporcionava vantagem no confronto directoentre as duas equipas.
Segui-se a deslocação a braga e aquele que foi o jogo da época para os castores. num jogo rodeado de polémica (um golo mal validado ao paços e um penalty patético a favor do braga) o paços conseguiu trazer aquilo que ninguem acreditava, os tres pontos. No seio dos pacenses este resultado quase foi a certeza da manutenção. 2-3 para o paços. não consegui conter as lágrimas. a alegria era tanta...
Na jornada seguinte a vitória garantia a manutenção. o adversário era o belem. Mata Real repleta. Uma imagem linda que se devia repetir em todos jogos e em todos os estádios. Tudo pronto para uma grande festa, mas o belem não foi em cantigas e obrigou o paços a um empate nada relaxante visto que, os dois ultimos jogos seriam uma deslocação à madeira e na mata com o benfica. o resultado foi 1-1 e valeu por dois motivos: ver um estadio cheio sempre a apoiar, e o golo do ruben amorim que é um hino ao futebol.
Penultima jornada. mais um empate... tudo em aberto para a ultima jornada. era necessário uma derrota do paços, uma vitoria da naval e do gil, pelo menos empate da académica e derrota do belem para descermos... e a verdade é que a coisa esteve preta.
O nosso adversário era o benfica. na primeira parte o benfica marcou e o jogo foi empatado para intervalo. os restantes resultados mantinham o paços na primeira, mas o medo pairava no ar. mas nao foi preciso olhar para os outros jogos. com a mata real em ebulição, a saltar, a cantar, o paços deu tres ao benfica e assegurou a manutenção. o paços garantia a manutenção, e os corações pacenses rejubilaram. lindo...
Para o ano cá estamos de novo.
Positivo:
- Edson; o extremo angolano veio do oliveira do bairro como um perfeito desconhecido. ninguem sabia o que esperar dele, mas a verdade é que este jogador revelou-se uma grande compra. por isso mesmo está no mundial...
- Junior: a melhor época de sempre deste brasileiro. 9 golos, grande qualidade nas exibições, valem a junior o premio de melhor jogador da época.
- recta final: o paços esteve os ultimos 5 jogos sem conhecer o sabor da derrota. e mais nao foram porque na figueira da foz pedrinha falhou um penalty...
- regresso dos Yellow Boys: é verdade que voltaram tarde, mas quando voltaram foram incansaveis no apoio e o paços nunca mais perdeu. de louvar. esperemos um apoio tao forte de novo, na proxima época.
- Disciplina: é motivo de orgulho. o paços acabou a época sem ter visto um unico crtao vermelho. os castigos que houve prendem-se a jogadores que atingiram 5 ou 10 cartoes.
Negativo:
- Pedrinha: sinceramente é-me dificil expressar a época de pedrinha sem recorrer ao calão. exibições patéticas, erros clamorosos, baixa forma... e o treinador sempre a apostar nele... metia nojo. felizmente no final da época a forma deste jogador subiu.
- José Mota: eu confesso que nunca fui grande adepto deste treinador. mas este ano ainda mais razoes me deu para nao gostar dele. Primeiro é um treinador medroso. não arriscou minimamente durante a època. as substituições eram sempre a mesma coisa. rui dolores entrava em campo a saber que ia ser o primeiro a sair. mesmo que estivesse a ser o melhor em campo... viu-se quando mota arriscou (em braga por exemplo) o resultado que teve...
Saudações atacantes a todos. Que Portugal vença as duas competições e que para o ano estejamos ca todos de novo a comentar grandes jogos, grandes golos, grandes sonhos...
Vivo num mundo amarelo... de todos o mundo mais belo...
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