Dia de todas as decisões! Quem seria mais forte? Os checos ou os Russos?
Emoção até ao fim……
Final
Rep Checa 2 – 2 Russia ( 3-5 em penalties)
A final começou logo com uma grande surpresa. Necid, melhor marcador checo ficou no banco.
Russos e Checos começavam a “batalha final”. Assistiu-se a um jogo equilibrado com boas oportunidades para ambas as selecções, mas a nota de destaque foi sem dúvida o futebol calculista e sem risco.
A Rússia pelo inevitável Prudnikov teve a primeira boa oportunidade, mas o guardião Stech (quem haveria de ser…) opôs-se bem.
Logo de seguida foram os checos a porém o excelente guarda-redes Pomazon á prova.
Foi após o intervalo, que o jogo espevitou e as equipas começaram a arriscar. Ambas começaram a trabalhar para o golo e a fazer de tudo para levarem o ceptro de campeão para casa.
E foi Prudnikov, o mais perigoso jogador Russo, que abriu as hostilidades com o 1 golo da partida. Entrava Necid, pois os checos precisavam de correr atrás do prejuízo.
E o impacto do goleador Checo foi quase imediato, pois em combinações os checos tiveram 2 belas oportunidades de golo.
Era o tudo por tudo Checo, que continuava a criar perigo, e continuava a “massacrar” os Russos, que defendiam a sua vantagem. Eis que surge o golo do talentoso avançado Pekhart e o empate estava restabelecido.
Até ao fim, pouco mais a registar e as equipas teriam que disputar o tempo extra.
Marenich pôs já no prolongamento os Russos em vantagem, mas os checos mais uma vez não baixaram os braços e o inevitável Necid de cabeça empatou mais uma vez o jogo, levando o jogo para penalties.
Nesta “lotaria” os Russos foram mais fortes. A Rússia sagrava-se Campeã Europeia de Sub17 contra todas as espectativas e previsões.
Nota para o facto de um Russo ter tido a hipótese de repetir o penalty mesmo após ter falhado.
3º e 4º Lugares
Espanha 1 – 1 Alemanha ( 3-2 em penalties)
No jogo entre as duas “cabeças de série”, que acabaram por falhar os seus objectivos, á partida salienta-se logo as 13 alterações que foram feitas em relação aos onzes que são habituais nestas duas formações.
Muitas oportunidades foram concedidas aos menos utilizados para demonstrarem o seu valor e a verdade é que a qualidade futebolística do jogo sofreu com isso.
Assim, assistiu-se a uma primeira parte sem sal, e percebendo isso ambos os técnicos fizeram subir ao relvado algumas das estrelas da competição: Fischer, Marin e Krkic.
Apartir daqui o jogo foi mais disputado e mais ofensivo.
Aos 53 minutos o talentoso jovem de 15 anos Krkic, fez aquilo que sabe fazer melhor…marcar.
No entanto, do outro lado apareceu outro “matador” Fischer a repor a igualdade.
É já a passar da hora que Krkic uma vez mais quase marca e já no prolongamento o mesmo Krkic volta a ter 2 oportunidades soberanas de golo que acabaram por não ser convertidas em golo.
Em penalties sobressaiu Coca, guardião Espanhol a fazer o seu único jogo neste Europeu, mas que no entanto brilhou bem alto garantindo o 3º lugar para a Espanha.
Notas sobre o Euro Sub17
Em primeiro lugar uma nota de destaque para o muito publico presente nos jogos. De facto, o Luxemburgo deu um passo em frente no seu Futebol e se é verdade que a sua selecção se demonstrou como a mais fraca da competição, também é verdade que se assistiu a francas melhorias em termos de qualidade e organização do seu Futebol.
Parabéns ao Luxemburgo.
A segunda nota para a injustiça dos finalistas. É verdade que no Futebol a justiça é algo muito subjectivo, mas por aquilo que a Alemanha e Espanha demonstraram quer na qualificação quer na fase de grupos do Euro, mereciam certamente a final.
De qualquer forma, fica a garantia que ambas as selecções têm certamente excelentes valores para o futuro.
E na linha daquilo que falei no ponto anterior, a verdade é que o Futebol é apaixonante pois não há vencedores nem vencidos á partida, e a Rússia e a Republica Checa demonstraram isso mesmo. Com muita determinação conseguiram surpreender e atingir a final.
A Rússia acaba por sair vencedora deste Euro, mesmo não tendo demonstrado um fio de jogo ou qualidades individuais que assim o justificassem.
Por fim termino por dizer, que uma das grandes justificações para as surpresas e para a vitória da Rússia, pode ser encontrada no factor físico.
De facto, o factor físico acabou por ser determinante nesta competição e duas selecções que demonstraram mais frescura física acabaram por atingir a final.
Um 2º aspecto explicativo prende-se com o futebol pragmático e frio apresentado por Checos e Russos que acabou por prevalecer sobre o futebol Ofensivo e criativo de Alemães (quem diria) e Espanhóis.
Destaques do Euro Sub17
Foram alguns os nomes que agradaram e de que maneira neste Euro.
Bons guarda redes, excelentes defesas, fantásticos criativos e finalizadores natos.
Vou deixar os nomes daqueles que mais impressionaram:
Aáron Niguez numero 10 da selecção Espanhola. Um avançado rápido e criativo.
Ruben Ramos numero 14 da selecção Espanhola, um polivalente de grande raça, capaz de servir a equipa quer no meio campo quer no ataque.
Bójan Krkic, um dos 3 melhores marcadores (em igualdade) do Euro. É um avançado com apenas 15 anos, e talvez a idade explique o porqué de ter aparecido quase sempre saído do banco. No entanto, espalhou talento e perfume de futebol pelo campo, e demonstrou uma capacidade de finalização muito acima da média.
Ignácio Camacho, meio centro da selecção espanhola, numero 6. Demonstrou muita classe e personalidade a organizar o meio campo espanhol.
Bjorn Kopplin, lateral direito alemão, numero 2. Defesa lateral moderno, que sobe muito bem e que desempenha de forma exemplar as suas funções defensivas.
Marko Marin, extremo alemão, numero 7. O novo “Littbarski” alia técnica a agilidade e velocidade. É fortíssimo no 1 para 1 e foi talvez o jogador que mais qualidade demonstrou pelo lado alemão.
Tony Kroos, medio alemão, numero 10. É uma expecie de Ballack. É muito forte fisicamente, inteligente em termos defensivos, mas sobretudo "brilhante" em termos ofensivos, onde alia técnica a força, junção explosiva!
Manuel Fischer, ponta de lança alemão, numero 9. Fischer foi também ele um dos melhores marcadores do Euro, e demonstrou que precisa apenas de meia oportunidade para fazer um golo. É rápido na movimentação, inteligente na procura da bola e mortífero na finalização.
Marek Stech, guardião da Rep Checa, numero 1. Talvez seguindo os passos do seu ídolo Cech, Stech demonstrou qualidade e personalidade. Bons reflexos, bom posicionamento e muita maturidade na hora de intervir. Bom guardião.
Necid, ponta de lança checo, numero 10. Um jogador muito forte fisicamente, capaz de ganhar quase todas as bolas aéreas. È mortífero na finalização.
Pomazan, guardião russo, numero 1. Um dos grandes pilares da selecção Russa e um dos grandes protagonistas da vitória no Euro. Muito rápido entre os postes e muita maturidade na hora de intervir. Excelente guardião.
Prudnikov, avançado russo, numero 9. Foi algo irregular no Euro, mas a verdade é que saiu prejudicado no sistema defensivo utilizado pela Rússia. Demonstrou grande veia finalizadora e muito veneno nas suas movimentações inteligentes para procurar espaço para a finalização.
Gorbatenko, médio russo, numero 10. O motor desta selecção. Forte fisicamente, inteligente e frio a pensar jogo e com alguns bons atributos técnicos.
Nemeth, avançado húngaro, numero 9. Chegou ao Euro com o título de melhor marcador da qualificação e demonstrou no torneio o porqué desse feito. É fortíssimo nas movimentações e tem uma capacidade de finalização bem acima da média.
Jovetic, numero 8, avançado Sérvio. Um jogador polivalente que joga como médio ofensivo ou como avançado, Encantou pela eficácia nas suas acções e pela forma madura como aborda os jogos.
Bettmer, numero 6, médio do Luxemburgo. Numa selecção tão frágil, encontrei um jovem talentoso. Tem garra, é forte no passe e muito mexido. Merece uma oportunidade num futebol mais competitivo.
Nota Final
Foi , mais uma vez, extraordinário observar atentamente uma competição jovem com tanta qualidade para ser trabalhada, e apurar mais 1 vez que o espectáculo do Futebol está garantido com os jovens que durante cerca de 15 dias evoluíram no Campeonato da Europa no Luxemburgo.
Muitas anotações foram tiradas, muitos valores descobertos e certamente que os grandes clubes Europeus tudo farão para garantir desde já o talento daqueles que se destacaram na prova.
Segue-se agora o Torneio de Toulon e o Euro Sub 21, porque o trabalho de observação de jovens talentos é dinâmico, e portanto não contempla paragens.
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