quinta-feira, maio 25, 2006

Memória Atacante XXX

A 8 de Abril de 2005 a SpicedBlonde escrevia sobre algumas curiosidades relativas ao Mundial de 1998 realizado em França.
Um post bastante interessante que vale a pena recordar.
Estejas onde estiveres, mais uma vez obrigado pelo teu excelente trabalho, nunca te esqueceremos!

1998-Um Mundial cheio de Mistério



“Há, na equipa da França, em todos os sentidos, desportivo e nacional, uma capacidade de ultrapassar os seus limites, e continuar o caminho para a frente, há alguma coincidência que pode impressionar-nos.Lionel Jospin
Foi assim que começou o tão falado Mundial de 1998. À semelhança de Lionel Jospin, os mais atentos a estas coisas de mistérios, foram também impressionados pelas coincidências que aconteceram durante o Mundial de Futebol de 1998. No entanto, é de constatar que o Primeiro Ministro teve muito mais faro do que os demais, porque pressentiu o fenómeno já a 5 de Julho de 1998, que a França ia jogar as meias-finais e a final. Foi bem visto Senhor Jospin !
Para começar, a cerimónia de abertura realizou-se na cidade de Saint-Denis, perto da igreja que foi o penúltimo lugar que escolheram quarenta e seis antigos REIS franceses, antes de serem violentamente expulsos das suas sepulturas pelos revolucionários, em 1793. Por isso, quando uma jovem aluna do Choisy-le-Roi ("ESCOLHE-O-REI") foi ler, durante a cerimónia de abertura do Mundial, uma declaração incitando os jogadores a escolher o fair-play, muitos ficaram perplexos. Enquanto todos os jornalistas de investigação rivalizavam a perspicácia para saber antes dos outros quem iria ganhar a final, muitos perguntaram-se, quem era este rei que nos mandavam escolher.

A meia Final

Cerca de quatro horas antes da meia-final França-Croácia, no museu municipal, a bandeira da Croácia era com efeito honrada, graças a uma exposição sobre a história marítima deste país. Assim, o país que conheceu um segundo nascimento em 1992, dava um sinal na cidade natal do que voltou a dar sinais de vida, em 1992 : Emanuel o Grande. Enquanto os numerosos quadros da exposição mostravam lindos navios e veleiros croatas, a ironia da sorte quis que a Croácia se fizesse eliminar pela França, graças ao par de golos de um jogador chamado Thuram. (Tu rames !? = Tu remas !?) O facto era tão estranho que Lilian Thuram tem normalmente poucas ocasiões de marcar golos, porque joga na defesa. Tratava-se aliás dos dois primeiros golos dele, depois de trinta e oito participações na equipa de França.
Se estes dois golos intrigaram quem viu, o principal interessado interrogou-se ainda mais. Aqui está o que declarou depois do jogo :« Contar exactamente, não posso, porque ainda hoje, tenho uma lacuna... Mas terei sempre uma lacuna, acho eu... Porque na verdade, penso que durante dois ou três segundos, devo ter perdido os sentidos... No princípio, toda a gente pensava que era um gesto reflectido, mas na realidade era um gesto irreflectido. Estava além... Aliás, ainda estou além, entre nós. _ Impossível de explicar ?_ Sim... Impossível, francamente impossível... Porque mesmo quando olho para as imagens, não explico porque me ponho nesta posição... E lembro-me muito bem da frase de Marcel Desailly. Ele chega... e diz-me "Mas o que é que te aconteceu ? Quem és ?" E eu, respondo-lhe : "Não sei." E na verdade, é isso : não sei.»



A Final

Na véspera da Final França- Brasil, Emmanuel PETIT disse: "Isso lembra-me um pouco o sonho que tinha feito há alguns anos, dizendo que a França acolheria a Taça do Mundo em 98, que iria à final contra o Brasil e que ganharia 2-0. Só resta uma etapa neste sonho.” Hummmm Coincidência ou não? No primeiro período, houve dois golos franceses, marcados os dois de cabeça, na sequência de dois pontapés de canto e assinados tanto um como o outro pelo só e único Zinedine Zidane. O segundo período começou então com o resultado final previsto por Emmanuel Petit, quanto então este resolve mudar a sua premonição e ele próprio marca o terceiro golo Francês.
Graças ao golo "supranumerário" , Emmanuel Petit revelou a sua filosofia da vida : porquê obter um PETIT (pequeno) sucesso quando se pode obter um GRANDE ? Involuntariamente, esboçou então uma alegoria de Emanuel o Grande.
Sabendo que "a pontualidade é algo exigido pela realeza”, Emmanuel Petit marcou o TERCEIRO e último golo da partida, no TERCEIRO segundo do TERCEIRO e último minuto dos descontos.
Este golo foi o DÉCIMO QUARTO golo marcado por um jogador francês durante o Mundial, ora este número corresponde muito particularmente ao rei Emanuel porque foi o DÉCIMO QUARTO rei de Portugal e é um descendente de um rei francês ao cabo da DÉCIMA QUARTA geração. (Durante o Euro 2000, os Franceses alcançaram a sua DÉCIMA QUARTA vitória contra Portugal, graças ao "erro MANUEL (manual)" do Português tendo o número QUATORZE.)
Como vêem, durante a final França-Brasil, nada foi abandonado ao acaso ; ora como por acaso, tratava-se das duas únicas equipas do Mundial, para quem o sorteio tinha escapado às leis do acaso. (Os dois países deviam ocupar obrigatoriamente os primeiros lugares nas listas dos grupos C e A.)
De qualquer maneira, era totalmente impossível para Emmanuel omitir o número TRÊS. Se tiverem três minutos, vou explicar-vos porquê ;
A França ganhou a final com o mesmo resultado que o primeiro jogo dela: por TRÊS a zero. O melhor goleador francês marcou TRÊS golos e os Franceses tiveram TRÊS cartões vermelhos.



Os que tentaram escolher o rei no grupo da França tiveram pouca escolha porque só havia um : o rei Fahd da Arábia Saudita. A TERCEIRA letra do rei (H) à frente do TERCEIRO país (Arábia Saudita) do grupo, tendo a TERCEIRA letra do alfabeto (C) designou o grupo (H) no qual estava o país que terminou em TERCEIRO no Mundial (a Croácia). De mais, a TERCEIRA letra (A) do TERCEIRO país (Arábia Saudita) do grupo tendo a TERCEIRA letra do alfabeto (C) designou o grupo (A) no qual estava o país que a França derrotou na final com o resultado de TRÊS a zero.
Também se pode notar que estas duas TERCEIRAS letras (H e A) disseram respeito às duas equipas que a França defrontou sucessivamente na meia-final e na final segundo uma geometria simbólica perfeita. Com efeito, o adversário da meia-final foi a Croácia, último país na lista do último grupo e último qualificado do grupo H depois da primeira fase, ao passo que o adversário da final foi o Brasil, primeiro país na lista do primeiro grupo e primeiro qualificado do grupo A depois da primeira fase.
Existem ainda mais curiosidades acerca do Mundial que publicarei mais tarde.

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