Portugal engalanou-se para receber mais um grande evento do Futebol Europeu, o Campeonato Europeu de Sub21.
O lote de jogadores que representam Portugal, faziam-nos sonhar com a glória, o publico Portugues poderia ser o 12 atleta, e a final era o mínimo exigido.
Inacreditavelmente, Portugal chega ao último jogo da fase de grupos praticamente eliminado.
Duas derrotas, duas péssimas exibições e 0 golos marcados.
O que terá falhado?
Seria a falta de qualidade dos nossos atletas? Bom, Portugal conta com o melhor lote de atletas que há memoria, em Portugal. Jogadores seguidos pelos grandes clubes Europeus, jogadores com claras aspirações até a participar no Mundial.
É de opinião unânime que este é o melhor grupo de sub21 que há memória.
Seria dos adversários serem superiores?
Portugal fez uma fase de qualificação onde em 10 jogos, venceu as 10 partidas.
Tem tradição no Futebol jovem, tem a 2ª selecção mais “cara” (em relação a um estudo..sobre o actual valor do passe dos atletas), tem alguns dos melhores jovens atletas da Europa e do Mundo, na sua categoria.
Seria do ambiente?
Portugal joga em casa, com o seu público, nos seus Estádios, com o seu clima.
Então onde está a explicação??
Bom, não gosto de culpabilizar o treinador na hora dos fracassos.
Admito que gosto da seriedade do Agostinho Oliveira e sempre gostei do seu discurso coerente e sobretudo realista.
No entanto, o Agostinho Oliveira que me desculpe, mas só existe um culpado neste “balde de água fria”, só existe uma personagem a quem apontar o dedo, e essa pessoa é o seleccionador nacional sub21.
Após ter sido oficializada a convocatória para o Euro, estranhei a ausência de laterais de raiz, á excepção do “tocado” Nelson.
Considerei também excessivo,o número de centrais chamados.
O primeiro pensamento foi para a possibilidade de utilizar 3 defesas.
Mas questiono-me. Se Portugal ganhou os 10 jogos, se sofreu pouquíssimos golos, porque raio teríamos que alterar uma fórmula ganhadora?
Por outro lado, após uma fase de grupos (qualificação) muito forte, assistimos a um play off muito difícil e vencido perto do fim.
No jogo no Bessa frente á Suiça, foi incrível a forma como Portugal, com tanto talento e qualidade nos seus centro campistas, decidiu sempre jogar longo para a cabeça do “inconstante” H Almeida.
Felizmente pudemos fazer a festa, mas talvez tenha sido um aviso do que se seguiria, aviso esse…ignorado por todos.
Portugal chega ao jogo da França com uma equipa completamente descaracterizada.
Rolanda aparece como titular, um atleta que nunca tinha jogado.
Nuno Morais sensacionalmente aparece como lateral esquerdo.
Conclusão, a defesa de Portugal tremeu, a equipa mostrou-se desinspirada e a derrota surge com justiça e a pecar por escassa.
Logo após o jogo, Agostinho Oliveira promete alterações, e ainda conseguiu “destabilizar” mais a equipa.
Altera os 2 laterais, jogando com 2 extremos a laterais (pq raio não convocou laterais de raiz?), mostrando total falta de “respeito” pelas capacidades ofensivas do adversário.
Chamou Meireles e M Fernandes, que foram manifestamente insuficientes (apesar das boa exibição) para apoiar os centrais e terem eles mesmo que transportar a bola para o ataque.
Nani jogou desposicionado, Varela apareceu na direita sem se perceber bem porque razão.
Enfim, um sem número de adaptações que desorientou a equipa.
O resultado foi mais uma derrota por 2-0, mesmo com um penalty defendido pelo gigante Bruno Vale.
Este é o saldo do Europeu até ao momento:
Portugal, para além da clara desinspiração de alguns elementos (Hugo Almeida esteve uma nulidade autentica..por exemplo), apareceu em campo sem um modelo de jogo definido, sem um desenho táctico coerente, sem missões individuais bem presentes na cabeça dos jogadores.
Jogadores mostraram clara falta de rotina nos lugares aos quais foram adaptados.
E mais grave, Portugal demonstrou uma “Almeido-dependencia” pois bastou não resultarem os cruzamentos e os balões para a área…e o jogo ofensivo de Portugal pura e simplesmente não encontrou outras soluções.
É triste, muito triste o desfecho deste Europeu para a selecção das Quinas.
É triste para atletas de tanto nível, que com inspiração ou sem, tudo tentaram para conseguir resultados positivos. No entanto, quando no banco se complica e se cometem erros infantis, quer na cimentação do modelo, quer nos princípios quer posteriormente nas substituições, é quase impossível uma selecção não ceder.
Portugal precisa de um milagre para se apurar, mas Agostinho Oliveira já tem a sua avaliação feita.
Para mim é o grande responsável por este desaire.
Não pretendo aqui manchar a carreira do treinador ou a personalidade do Homem, mas pura e simplesmente esteve péssimo na montagem e gestão da selecção.
É pena, pois o povo Português merecia mais!
Vamos acreditar que a França vai ganhar á Servia, se possível com uma goleada, e vamos acreditar que a nulidade que tem sido a selecção Portuguesa, vai depois de completamente destruída psicologicamente ganhar por muitos golos de diferença á Alemanha……..
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