segunda-feira, maio 22, 2006

Atlético Clube Portugal



O grande Atlético Clube Portugal subiu para a Segunda Divisão


Finalmente acabaram os campeonatos nacionais de futebol em Portugal. Entre subidas e descidas o finalizar do campeonato leva sempre a que o jornaleiro, onde habitualmente adquiro os jornais desportivos, me “prenda” durante quase uma hora só a falar do “seu” Atlético Clube Portugal.

Nos outros dias raramente há mais que um bom dia ou boa tarde, mas no final de cada época já sei que há conversa com pano para mangas. Várias são as razões mas uma delas prende-se com o facto de eu seguir todos os campeonatos possiveis e imaginários, portugueses e estrangeiros, e como não é facil de encontrar alguém que saiba do que estamos a falar, eu sou a “vitima”.

No meu caso, “feliz vitima”, porque adoro saber tudo sobre as equipas e os casos que só um adepto, ou sócio, que vai ao campo e segue o clube sabe, nas mais diversas divisões e jogos, entre “arranjinhos”, “roubalheiras”, quem sobe, quem desce, etc.

Foi assim que soube, por exemplo, que o ano passado havia uma equipa madeirense que treinava todos os dias em Lisboa, num campo emprestado, uma vez que os jogadores são todos de Portugal Continental e que só ía à Madeira quando jogava “em casa”.

Hoje não foi diferente, falou-se de tudo o que envolve o clube no seu todo. Ele foram as novas piscinas que já estão concluidas, o campo de treinos ja arrelvado, os juniores que se ganharem neste fim de semana sobem ao Nacional, etc etc.

O ano passado por esta altura era a mágoa que se ouvia nas palavras deste senhor, uma vez que foi na última jornada que o Atlético desceu, e por culpa do Casa Pia, um vizinho, que não tendo nada a ganhar ou perder, acabou a golear o Atletico por 5-2 quando os rapazes da Tapadinha apenas precisavam de um empate para permanecer. Enquanto que na Madeira as equipas se ajudam umas as outras em Lisboa, pelo contrário prejudicam-se.

O facto de haver sempre uma grande entreajuda, entre as equipas da Madeira, levou-me desde sempre a desejar que elas saissem da Zona Sul ou que fossem separadas, como felizmente aconteceu já esta época. O que já me rendeu uma alegria, com a subida do Olivais e Moscavide à Liga Honra.

Este ano as suas palavras eram de alegria, o Atletico foi campeão da sua Serie, a E, e os rivais Oriental e Casa Pia desceram.
A subida foi conseguida na última jornada, em casa, à custa de uma equipa que andou várias vezes na primeira posição e que no final acabou, surpreendentemente, por não subir de Divisão, o Carregado, tendo subido em segundo lugar o Machico... da Madeira, que na última jornada jogou em casa com o Caniçal... da Madeira, e que vencendo subia automáticamente de Divisão, como aconteceu (3-1).

Mas na Tapadinha decorreu então o outro jogo que decidia a subida. Quem ganhasse subia automáticamente, se houvesse empate subia o Atlético e o Carregado perdendo ou empatando teria de ficar à espera do resultado do jogo entre os madeirenses.
Campo cheio de um lado adeptos da casa, do outro, os visitantes, imensa policia para controlar... nada. Porque só houve manifestações pacíficas durante todo o jogo, mesmo no final o publico não invadiu o terreno de jogo, sendo que foram os jogadores que chegaram às bancadas oferecendo as camisolas aos adeptos. Um jogo bonito com uma festa bonita, o resultado de 2-0 permitiu à equipa de Alcântara, subir de divisão em detrimento do Carregado.

Aqui fica a cronica do jogo e a constituição das equipas retirada do site oficial do clube:

"Numa primeira parte muito equilibrada, os primeiros minutos de jogo foram de alguma pressão por parte do Carregado. O Atlético equilibrou a partida à passagem do quarto de hora, pertencendo-lhe de resto as melhores oportunidades de golo. Na retina, ficou gravada a desmarcação de Rui Varela que, à entrada da grande área, rematou forte... Mas por cima da barra! Minutos depois Rui Varela voltaria a falhar, rematando muito por alto em resposta a um bom cruzamento de Rui Andrade.

Na segunda parte o Atlético marcou logo aos 11 minutos, no seguimento de uma jogada de insistência de Rui Varela no meio campo. Ele abriu para o lado direito, Nuno Gaio prosseguiu, cruzou... Para Michell, de cabeça, inaugurar o marcador. Era o delírio no Estádio da Tapadinha!

O golo afectou o Carregado e disso se aproveitou o Atlético para aumentar a vantagem. O segundo golo resultou de um erro da defesa do Carregado, que deixou a bola à mercê de Rui Varela que, em frente ao guarda-redes Hugo, não perdoou... Estava assim consolidada a vitória.

Com o final do jogo veio então a festa, rija... Mas ordeira! Ninguém invadiu o relvado, respeitando-se assim o pedido que a Direcção do Atlético tinha efectuado nesse sentido.
"

Sob a arbitragem de José Almeida (Lisboa), as equipas alinharam:

Atlético: Marco; Pedro Pereira, Gonçalo, Colaço, Junior, Simões, Lapinha, Rui Andrade, Rui Varela, Nuno Gaio e Michell. Jogaram ainda: Hélder Clara, Formento e Mauro.

Carregado: Hugo; Paulo Silva, Batista, Sérgio Nunes, João Pedro, Ganhão, Casquinha, Padinha, João Lemos, Gabriel e Mário Sérgio. Jogaram ainda: Melo, Carvalho e Pedro.

Golos: 1-0, Michell (56'); 2-0, Rui Varela (60').

Acções disciplinares: amarelo para Lapinha (Atlético); Gabriel (Carregado).

Este ano ficaram inclusivé com o melhor ataque de todos os campeonatos nacionais, com 83 golos. Na Taça Portugal eliminou o Sp. Farense por 6-0, o Maritimo da Graciosa por 3-1 (comigo presente), o Gondomar da Liga Honra por 2-0 e só caiu à 4ª eliminatória em Loulé por 0-1.

O Jogador do Ano, do clube, foi o defesa Pedro Pereira, escolhido por votação dos sócios e adeptos jogo após jogo, ao longo da época.

O Atlético é um dos grandes clubes portuguêses que está onde não pertence. Cheio de historial e de adeptos, sempre com uma moldura humana apreciável no estádio inclusivé fora de casa, e pelo qual não vejo ninguém “chorar” como “choraram” este ano pelo Vitória SC, ou seja, voltamos à conversa dos hipócritas.
O único mal do Atlético é pagar a tempo e horas e ter as contas em dia, porque equanto houver Salgueiros, Farenses e Alvercas o outros, os cumpridores, andarão sempre por baixo.

Fundado em 18-9-1942 em resultado da fusão de 2 clubes de Alcântara e Santo Amaro (O União de Lisboa, e o Carcavelinhos), o Atlético Clube de Portugal tem vastos pergaminhos na história do futebol português com 24 presenças na Primeira Divisão Naconal.

O clube tem um bom campo relvado, situado no bairro da Tapadinha, entre a visão da Ponte de Salazar, o Rio Tejo e outra margem, e as árvores do Monsanto num local bastante agradável, aprasível.

Possui um pavilhão desportivo, onde entre outras coisas, pratica Futsal estando na Terceira Divisão, mas que também é um historico da primeira divisão nesta modalidade.
Em Basket enconta-se na Proliga, a primeira não completamente profissional.

Tem um campo de treinos e piscinas que já estão concluidas.

No estádio tem um bar (neste bar encontra-se uma das raparigas loiras mais bonitas de Lisboa, e só por isso já valia a pena a visita ao campo) e uma loja do clube.

Loja onde entre outras coisas, se pode adquirir o calendário para a época desportiva, de qualquer modalidade do clube, camisolas oficiais do clube, pins, cachecóis, bolas, e até o jornal do clube.

Este jornal é de distribuição gratuita podendo ser encontrado nos locais habituais: Bar do Pavilhão da Tapadinha, Bingo do Atlético, Academia de Santo Amaro, e em numerosos estabelecimentos de restauração e comércio em Alcântara.

O clube tem também uma pagina na net em http://www.atleticocp.pt/, onde tem informações actualizadas do clube nas mais diversas modalidades e onde pode acompanhar em directo os jogos de futebol através da parceria com a rádio ECO FM.

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