Ab Mansouri tem 44 anos e é jornalista da televisão pública iraniana há 17 anos (a maior parte deles passados na Suíça), onde é correspondente.
Berna, onde se situa a embaixada do Irão, é palco, hoje, tal como nos últimos anos, de negociações entre as diplomacias iranianas, suíça e da União Europeia. Os suíços, uma vez que representam diplomaticamente os EUA em Teerão, têm um papel importante nas movimentações nos bastidores da grande cena Mundial, cujo o presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, e o presidente dos EUA, George W. Bush, são os protagonistas primários.
Mansouri tem acompanhado regularmente a selecção iraniana nos treinos; já o fez no Mundial-98, em França, quando o Irão obteve a melhor de todas as vitórias, sobre os EUA (2-1), em Lyon. Reconhece que o contexto actual torna este Campeonato do Mundo diferente mas com um sabor especial: “O triunfo sobre os EUA foi um grande motivo de orgulho para todos os iranianos. Era quase o jogo de uma vida, para quem estava no campo. Chorou-se muito nos balneários. Hoje, a situação tem algumas semelhanças. Há um sentimento especial. Os jogadores querem fazer algo mais pelo país” e conta, para acrescentar: “Falei com vários jogadores e todos consideram que o Desporto e política são coisas distintas. No entanto, estão a preparar-se com o empenho de quem tem um dever para cumprir em nome do país, do Irão.”
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