Esta semana voltamos às promessas canarinhas. Kerlon Moura Souza veio ligado recentemente a uma notícia que dá conta do interesse do Manchester United no prodígio brasileiro. Apesar de ser hábito na imprensa, já o apelidam de "Novo Ronaldinho" (Já tinham chamado a Anderson do Fc Porto o mesmo...). Contudo, estamos perante um excelente jogador de capacidades raras: técnica apurada, finalização implacável e uma visão de jogo fora-de-série. Kerlon foi o melhor marcador do Brasil, no Mundial sub-17 em 2005, acumulando no mesmo ano o título de melhor jogador do campeonato sul-americano, na mesma categoria.
Com apenas 18 anos de idade, é o "inventor" de uma finta célebre, o "drible da foca":
http://www.youtube.com/watch?v=OLtTQaM6mxY&search=kerlon
Em entrevista para a CBF News, o craque conta como começou a fazer a jogada:
- Eu sempre treino em casa, batendo bola com o meu pai. Um dia, do nada, a bola foi parar na minha cabeça e eu comecei a controlá-la, mas sem sair do lugar. Aí o meu pai deu a idéia, de que poderia ser um bom jeito de passar pelos zagueiros. E começamos a aprimorar - conta.
Kerlon, que se revelou no time do Ipatinga, atual campeão mineiro, passou a fazer a jogada nos treinos. Com sucesso. Gostou tanto que queria guardar o recurso para usar quando chegasse ao profissional. Mas não conseguiu esperar.
- Comecei a fazer nos jogos do juvenil do Cruzeiro e começou também a dar certo. Em um jogo, em um torneio na cidade de Rio Pomba, fiz até gol. Saí do meio-campo com a bola na cabeça, passando por todo mundo - conta.
Kerlon igualmente não queria mostrar a jogada - ainda sem nome - no Sul-Americano. Mais uma vez não deu para esconder ou esperar. Começou contra o Equador, fez outra contra o Paraguai que resultou no gol marcado por Ramon, diz que a executou "umas quatro vezes na competição". Tantas fez que lhe custou a recriminação do árbitro, antes de começar o jogo decisivo de domingo contra o Uruguai.
- Ele me disse que, se eu colocasse a bola na cabeça, ele não daria a falta e ainda me aplicaria o cartão. Respondi que ele não deveria fazer isso, porque estava impedindo uma coisa bonita no futebol.
Pois foi exatamente o que aconteceu. No final do jogo, próximo à entrada da área, Kerlon pôs a bola na cabeça, passou por dois e já ia entrando na área, quando foi derrubado pelo terceiro uruguaio - o juiz não deu a falta. No lance, além da falta, ficou claro que os jogadores uruguaios, de início, não sabiam o que fazer para interceptar a arrancada de Kerlon - pareceram atônitos com o ineditismo do lance.
- É assim mesmo, no início os zagueiros vão saindo da frente, não sabem o que fazer. Depois, apelam para a falta.
Preocupado com a atitude de intimidação do árbitro do jogo contra o Uruguai e com as previsíveis reações violentas dos adversários, Kerlon faz questão de enfatizar que não usa a jogada para menosprezar os marcadores.
- Quero deixar claro que não faço isso para humilhar ninguém. É um recurso válido para entrar na área quando ela está toda fechada pela marcação - explica.
A bola controlada por Kerlon na cabeça foi atração no Sul-Americano da Venezuela e motivo de muitos comentários dos jornalistas nas transmissões dos jogos. Uma jogada que ainda não ganhou nome.
- Não tem nome, não. Pode chamar de jogada do Kerlon. Ou então, escolhe um nome bonito para ela - diz.
Parreira aprovou os dribles do jovem, afirmando que é o seu estilo de jogo:
"Sempre quando aparece uma jogada diferente, chama a atenção das pessoas. Temos que incentivar tais dribles, desde que seja para proveito técnico, que sejam dribles que resultem em jogadas para o time, e não com a intenção de menosprezar o adversário". O Kerlon não menospreza o adversário e não deve ser punido pelo que faz. Mas reitero: desde que não seja para menosprezar o adversário", comentou Parreira. Contudo, alguns colegas de equipa não apreciam muito esta acrobacia: "Acho normal, mas tem hora para fazer. Quando o time está perdendo, fica complicado", afirmou Jo.
Kerlon Souza nasceu em Ipatinga, Minas Gerais e começou a mostrar dotes logo de pequenino. Nas camadas jovens do Cruzeiro foi a estrela mais cintilante, e em 2001 estrou-se na equipa principal, no jogo contra o Baraúnas-RN, referente a Copa do Brasil.
Para confirmar o valor deste miudo, aqui ficam alguns videos que demonstram algumas das suas capacidades:
http://www.youtube.com/watch?v=y6Yj7GoXPZw&search=kerlon
http://www.youtube.com/watch?v=DOFvUDjqxwU&search=kerlon
http://www.youtube.com/watch?v=LYlqql38XkY&search=kerlon
Talvez ainda não seja a altura adequada para mudar para os ares europeus, mas de certeza que vamos ter em Kerlon um novo fenómeno proveniente do Brasil.
Ficha Técnica
Com apenas 18 anos de idade, é o "inventor" de uma finta célebre, o "drible da foca":
http://www.youtube.com/watch?v=OLtTQaM6mxY&search=kerlon
Em entrevista para a CBF News, o craque conta como começou a fazer a jogada:
- Eu sempre treino em casa, batendo bola com o meu pai. Um dia, do nada, a bola foi parar na minha cabeça e eu comecei a controlá-la, mas sem sair do lugar. Aí o meu pai deu a idéia, de que poderia ser um bom jeito de passar pelos zagueiros. E começamos a aprimorar - conta.
Kerlon, que se revelou no time do Ipatinga, atual campeão mineiro, passou a fazer a jogada nos treinos. Com sucesso. Gostou tanto que queria guardar o recurso para usar quando chegasse ao profissional. Mas não conseguiu esperar.
- Comecei a fazer nos jogos do juvenil do Cruzeiro e começou também a dar certo. Em um jogo, em um torneio na cidade de Rio Pomba, fiz até gol. Saí do meio-campo com a bola na cabeça, passando por todo mundo - conta.
Kerlon igualmente não queria mostrar a jogada - ainda sem nome - no Sul-Americano. Mais uma vez não deu para esconder ou esperar. Começou contra o Equador, fez outra contra o Paraguai que resultou no gol marcado por Ramon, diz que a executou "umas quatro vezes na competição". Tantas fez que lhe custou a recriminação do árbitro, antes de começar o jogo decisivo de domingo contra o Uruguai.
- Ele me disse que, se eu colocasse a bola na cabeça, ele não daria a falta e ainda me aplicaria o cartão. Respondi que ele não deveria fazer isso, porque estava impedindo uma coisa bonita no futebol.
Pois foi exatamente o que aconteceu. No final do jogo, próximo à entrada da área, Kerlon pôs a bola na cabeça, passou por dois e já ia entrando na área, quando foi derrubado pelo terceiro uruguaio - o juiz não deu a falta. No lance, além da falta, ficou claro que os jogadores uruguaios, de início, não sabiam o que fazer para interceptar a arrancada de Kerlon - pareceram atônitos com o ineditismo do lance.
- É assim mesmo, no início os zagueiros vão saindo da frente, não sabem o que fazer. Depois, apelam para a falta.
Preocupado com a atitude de intimidação do árbitro do jogo contra o Uruguai e com as previsíveis reações violentas dos adversários, Kerlon faz questão de enfatizar que não usa a jogada para menosprezar os marcadores.
- Quero deixar claro que não faço isso para humilhar ninguém. É um recurso válido para entrar na área quando ela está toda fechada pela marcação - explica.
A bola controlada por Kerlon na cabeça foi atração no Sul-Americano da Venezuela e motivo de muitos comentários dos jornalistas nas transmissões dos jogos. Uma jogada que ainda não ganhou nome.
- Não tem nome, não. Pode chamar de jogada do Kerlon. Ou então, escolhe um nome bonito para ela - diz.
Parreira aprovou os dribles do jovem, afirmando que é o seu estilo de jogo:
"Sempre quando aparece uma jogada diferente, chama a atenção das pessoas. Temos que incentivar tais dribles, desde que seja para proveito técnico, que sejam dribles que resultem em jogadas para o time, e não com a intenção de menosprezar o adversário". O Kerlon não menospreza o adversário e não deve ser punido pelo que faz. Mas reitero: desde que não seja para menosprezar o adversário", comentou Parreira. Contudo, alguns colegas de equipa não apreciam muito esta acrobacia: "Acho normal, mas tem hora para fazer. Quando o time está perdendo, fica complicado", afirmou Jo.
Kerlon Souza nasceu em Ipatinga, Minas Gerais e começou a mostrar dotes logo de pequenino. Nas camadas jovens do Cruzeiro foi a estrela mais cintilante, e em 2001 estrou-se na equipa principal, no jogo contra o Baraúnas-RN, referente a Copa do Brasil.
Para confirmar o valor deste miudo, aqui ficam alguns videos que demonstram algumas das suas capacidades:
http://www.youtube.com/watch?v=y6Yj7GoXPZw&search=kerlon
http://www.youtube.com/watch?v=DOFvUDjqxwU&search=kerlon
http://www.youtube.com/watch?v=LYlqql38XkY&search=kerlon
Talvez ainda não seja a altura adequada para mudar para os ares europeus, mas de certeza que vamos ter em Kerlon um novo fenómeno proveniente do Brasil.
Ficha Técnica
Nome: Kerlon Moura Souza
Data Nascimento: 27.01.1988
Local Nascimento: Ipatinga
Altura: 1.67 m
Peso: 66 kg
Clube: Cruzeiro
Posição: Avançado
Títulos:
• Campeonato Mineiro 2002 Pré-Infantil (Cruzeiro)
• Copa Usiminas 2002 Pré-Infantil (Cruzeiro)
• Vice-campeão Mineiro Infantil 2003 (Cruzeiro)
• Copa Mundialito do Mediterrâneo 2003
• Copa Internacional de Promissão Juvenil 2004 (Cruzeiro)
• Copa Integração Juvenil 2004 (Cruzeiro)
• Campeonato Mineiro Juvenil 2004 (Cruzeiro)
• Copa Mundialito do Mediterrâneo 2004
• Copa Internacional de Futebol Juvenil de Promissão 2005 (Cruzeiro)
• Campeonato Sul-Americano Sub-17 2005
• Campeonato Mineiro 2006 (Cruzeiro)
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