O Estrela da Amadora veio para a primeira divisão deixando para trás quase todos os jogadores que subiram, mas manteve o principal, o treinador, excelente motivador de atletas, não é por acaso que esteve 3 anos a orientar os miudos do Sp.Braga B.
Assim e com o menor orçamento possível recorreu-se a empréstimos de jogadores que não teriam lugar nos respectivos clubes e assim passou a época como clube-montra.
Devido talvez ao desconhecimento geral das pessoas sobre o real valor dos atletas emprestados, toda a gente nos dava como o primeiro candidato à descida e como tal surpreendemos meio mundo.
Sinceramente não sabia o que esperar da equipa, mas a pré-época foi muito boa e depois de assistir ao jogo de apresentação, como o Valencia, fiquei muito bem impressionado.
Tanto nós como os adeptos portistas que na primeira jornada levaram com o Estrela no Dragão e esperavam goleada e contentaram-se com um unico golo já na segunda parte.
Conseguiu-se rapidamente um grupo coeso e a amizade cedo imperou no plantel, o que foi um excelente começo para uma equipa começar a ter resultados positivos.
Isso aliado à excelente valia da maior parte dos emprestados e da vontade de dar nas vistas para um rapido regresso à casa-mãe.
Hoje em dia nenhuma equipa desdenharia de ter nas suas fileiras o Manu, o Bruno Vale, o Santamaria, o Mauricio, o Coutinho, ou até o Nietto, sem falar na prata da casa Semedo e Rui Borges.
A primeira parte da época deu para perceber que dificilmente desceriamos, e não fosse o facto de não termos um ponta de lança concretizador teriamos perdido muito menos pontos e andariamos como andou o Vit. Setubal sem muito esforço, ou seja a roçar os lugares europeus.
Em Janeiro lá veio o ponta de lança que se revelou um fiasco monumental, não so nao marcou um unico golo a favor como ainda marcou um na propria.
A equipa teve de ganhar novas rotinas e a partir de Janeiro, felizmente ja depois do jogo com o FC Porto, a equipa, que por sinal acabou por perder o pulmão do meio campo, Coutinho, entrou numa fase de mau futebol, que durou uns dois meses, até Abril.
Só depois de ganharmos ao FC Porto as pessoas nos deixaram de ver como equipa condenada à descida, e mesmo perdendo varios jogos em Fevereiro e Março nunca fomos um real candidato, até porque havia equipas muito pior, aliás, acho que o Estrela nunca esteve classificado na zona de despromoção.
A partir de Abril a equipa reencontrou-se e voltou a jogar um futebol mais equilibrado porque finalmente conseguiu ganhar ritmo depois da mudança de tactica efectuda no final da primeira volta. E andou sempre fora dos lugares da despromoção sendo que a partir do jogo com o Benfica, em casa na jornada 25 e até à 34ª só perdeu uma vez, em Paços de Ferreira à 28ª o que deu 6 jogos finais com 3 vitorias e 3 empates, o que levou ao 9º lugar final com 45 pontos, muito bom, para quem não esperava mais do que a permanência e com dificuldades.
No final os números que ficam são: A sétima melhor defesa só com 4 golos a mais sofridos que Benfica e Boavista. Em compensação o quarto pior ataque já que a quantidade de falhanços foi estrondosa. E mesmo a nível de golos anulados só me lembro de dois, o que não alteraria a posição da estatistica. Apenas dois golos negativos o que para o Estrela até é muito bom. Nunca sofreu 3 golos num jogo mas também nunca marcou 3 num mesmo jogo. E só por 3 vezes perdeu por 2 golos sem resposta.
Uma época que vai deixar muitas saudades por causa do futebol praticado, é um ragalo ver jogar na mesma equipa Manu, Semedo e Rui Borges no ataque a construir, fintar e baralhar os defesas adversários, Coutinho no meio a segurar e distribuir e Bruno Vale na baliza a mostrar-se um senhor e a dar confiança.
18 ANOS COMO SÓCIO E MAIS ALGUNS COMO ADEPTO SEMPRE CONTIGO NO CORAÇÃO, GRANDE ESTRELA!!!
VIVA O TRICOLOR!!!
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