A 29 de Janeiro de 1945, nasceu o jornal desportivo A Bola, “pelas mãos de dois «homens do futebol», ex-jogadores e treinadores de renome, Cândido de Oliveira e Ribeiro dos Reis (ambos alcançaram o cargo de seleccionadores nacionais), e ainda de Vicente de Melo. Curiosamente, Cândido de Oliveira havia estado preso no Tarrafal, poucos meses antes da fundação do jornal, por desacordo com o «regime». Após alguns meses de vida, o jornal viu o sucesso sorrir-lhe e venceu a competição das vendas com os outros jornais desportivos então existentes, «Stadium», «Norte Desportivo» e os «Sports». O primeiro número teve imediatamente grande receptividade junto dos leitores.” Numa primeira fase o jornal era bissemanário e em 1950 passou a ser trissemanário. Praticando um jornalismo de cariz amador, os jornalistas de A Bola beneficiavam do facto de serem afectos aos desportistas da altura e de manterem relações de proximidade com os jogadores, tendo liberdade e permissão para viajar com eles nas suas deslocações. A sua fundação coincide com o regresso da selecção nacional aos jogos internacionais e o fervor que se imprimia em muitos dos textos fez d’ A Bola durante as décadas de 1950 e 1960 uma espécie de “bíblia dos desportistas e, principalmente dos adeptos do futebol.”
Mas, foi sobretudo nos anos sessenta que o jornal consolidou-se e afirmou-se como o mais vendido dos jornais portugueses, sendo que a sua popularidade no seio das comunidades imigrantes na Europa e na América tornou-se no “maior veiculo escrito da língua portuguesa no Mundo.”
Desde a segunda metade do séc. XX que em Portugal o futebol tem nos Media a sua forma mais directa de chegar aos indivíduos. Primeiro através da imprensa, depois da rádio e mais tarde da televisão. Para os milhares que estão num estádio a assistir a uma partida há sempre outros milhares que ouvem, vêem e lêem sobre o jogo que ai se realiza.
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