Em Portugal a maioria dos adeptos são espectadores através desses mesmos meios, já que a importância da mediatização do fenómeno, reflecte-se nas audiências de jornais, televisões e rádios relativamente a programas desportivos com dados muito significativos.
Durante quase todo o século XX a existência de jornais exclusivamente desportivos tem registado índices de tiragens diários superiores a 250 000 exemplares ( A Bola, O Record e O Jogo), o que faz delas as publicações mais vendidas e lidas no nosso país. A imprensa desportiva em Portugal impôs-se mais pelo peso do número de exemplares vendidos diariamente do que pela centralidade social, pois foi desde sempre encarada como uma forma de expressão e comunicação secundária, retrato “do jogo” e não das “coisas sérias”. No entanto, as tiragens médias dos jornais não deixam margem para dúvidas quanto á sua popularidade e desde que os três principais jornais passaram efectivamente a diários, a realidade da imprensa diária portuguesa permite falar em “fenómeno” se tivermos em conta os baixos índices de leitura e elevadas taxas de analfabetismo da população portuguesa.
O desenvolvimento do desporto enquanto espectáculo de massas está profundamente ligado ao carácter industrial cada vez mais crescente da imprensa desportiva.
Durante muito tempo, muitos foram os profissionais da área de desporto que se insurgiram contra o que consideravam descriminação pelo não reconhecimento da sua actividade, que na sua óptica muitos recusavam a classificar como jornalística. Actualmente, quem escreve sobre desporto é considerado jornalista, respeitando e obedecendo às mesmas leis, beneficiando dos mesmos direitos e sujeitando-se aos mesmos deveres. Em Portugal, os três diários desportivos – A Bola, O Record e o Jogo – apresentam índices de tiragens confortáveis em relação aos demais jornais generalistas.
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