Finanças do futebol: F.C. Porto arrasta mais multidões do que Benfica e Sporting
Segundo os dados da Deloitte, as assistências pagas aos jogos da SuperLiga aumentaram 7,5% face à temporada desportiva anterior. Apesar deste aumento, sempre de elogiar, o número médio de espectadores nos estádios portugueses não ultrapassa os 10.310 por jogo, ainda bem longe da realidade dos principais campeonatos profissionais do Velho Continente. Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha e França possuem uma média que ronda entre os vinte e trinta mil assistentes em cada estádio, o que dará, no mínimo, o dobro daqueles que vêm ao futebol em Portugal. Mais uma vez, tal como nos demais capítulos, os responsáveis pelo número não ser ainda mais preocupante são os mesmos F.C. Porto, Benfica e Sporting. Os azuis e brancos mantêm os cerca de 43 mil espectadores por jogo, à frente do Benfica, com perto de 41 mil, e Sporting, que teve no Alvalade XXI, em média, 35 mil pessoas por jogo. Daí para baixo, apenas o V. Guimarães (15 mil) e a Académica (dez mil) se encontram acima ou ao nível da média nacional. Os restantes treze clubes, liderados pelo Boavista, que teve à volta de oito mil por encontro no Bessa, estão todos muito aquém do que se exige a um emblema do principal escalão nacional.
Relativamente à taxa de ocupação média dos recintos, o F.C. Porto é novamente aquele que apresenta melhores índices. A emulação dos dragões está também espelhada nos 80% de ocupação do seu estádio, semana após semana, bem superior à do Estádio de Alvalade, ligeiramente superior a 70%, e à do Estádio da Luz, que se situa nuns decepcionantes 60%. Sublinhe-se, contudo, os números do Marítimo e do V. Guimarães, que rondam a metade da lotação máxima dos seus recintos. Em oposição, Estoril e Beira-Mar só conseguiram em média ter 10% dos seus lugares ocupados. Coincidência ou não, os dois clubes foram despromovidos.
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