Eu, César!

Frio, jogo apático de fraca qualidade e pouca audiência nas bancadas: assim foi o jogo que opôs o SCBraga ao Naval 1º de Maio. Na equipa titular do SCB realça-se a titularidade e estreia de Frechaut, que foi substituído pela estrelinha, diga-se, incandescente, Césinha! Mais uma vez Jesualdo Ferreira optou por uma táctica pouco ortodoxa: Kim-João Tomás na frente de ataque, com Wender a apoiar o meio-campo na transição ofensiva. Durante a primeira parte os jogadores do SCB dominaram os seus opositores. O meio-campo bracarense deambulava e não fazia chegar os passes à frente de ataque. Não havia lugar nem para um jogo totalmente colectivo, nem forros de individualismo.

Foi preciso a segunda parte para Jesualdo Ferreira lançar, finalmente, o motor atacante: Césinha! Com a entrada de Césinha, Wender encostou-se à direita. Assim, o SCB despoletou para uma segunda parte dinâmica. Aos 65 minutos Césinha quebra o gelo (dá um "chega pra lá" a Carlitos e fuzila a baliza de Wilson!!!) da noite marcando uma belo golo de pé esquerdo, colmatando de forma frenética um lance individual, deixando os colegas a verem navios, assim como os defesas do Naval! Jesualdo Ferreira lançou ainda Castanheira por forma a refrescar o meio campo atacante. Álvaro Magalhães reagiu e lançou Saulo, que permitiu a Paulo Santos a defesa da noite. A contra-reacção do Naval dinamizou o jogo, criando sucessivos lances de perigo para os dois lados. Ao fechar do pano, o SCB desperdiçou ainda uma grande penalidade, cometida por Carlitos a... sim, Césinha!

Notas positivas:

• A entrada de Césinha, que proporcionou momentos de bom futebol.
• A reacção de Álvaro Magalhães e a entrada de Saulo.
• O público bracarense que se predispôs a ir à Figueira da Foz, num domingo à noite chuvoso, a um horário pouco aprazível e nada convidativo para quem trabalha.

Notas negativas:

• A táctica de Jesualdo Ferreira na primeira parte, pondo Wender na transição meio-campo/ataque, numa posição em que fazia o lugar de ala esquerdo (preenchido, depois, por Césinha!).
• A fraca assistência.Segundo o Naval 1º de Maio: cerca de 500 pessoas.