Um acentuado arrefecimento nocturno fez-se notar ontem em toda a cidade do Porto, fazendo com que o público que assistiu ao encontro no estádio estivesse algo amorfo e preso de movimentos, refugiados dentro dos longos casacos quentes, luvas, gorros e tudo o mais que servisse para os isolar do frio glaciar que se abateu sobre toda a cidade. Para dar uma ideia, uma hora depois caiu granizo em tanta quantidade que as pessoas mais velhas não tinham memória de intempérie igual. Ora isto nada tem a ver com o jogo, ou se calhar tem tudo.
Depois de duas exibições convincentes frente a Braga e Belenenses, o FCP fez ontem uma exibição bastante apagada, bastante lenta, que fez recordar aos cerca de 31100 espectadores duas coisas: jogos com Naval e Rio Ave passados e o jogo da próxima semana.
Fiel ao esquema táctico 3x3x4, o FCP apresentou duas alterações desde o último jogo, já que Pepe e Quaresma ficaram de fora a cumprir castigo, dando lugar a Bruno Alves e Alan, respectivamente. Se com a primeira alteração o FCP apenas perdeu velocidade na transposição para o ataque, tacticamente nada perdeu, pois Bruno Alves não perdeu nem um único lance na sua defesa, cumprindo na íntegra as funções que lhe são destinadas, fazendo até esquecer que Pepe é dono e senhor daquela posição, neste esquema táctico. No segundo caso residiu, por ventura, toda a diferença da exibição do FCP. Se nos jogos anteriores Ivanildo ficou claramente à sombra de Quaresma, Alan ficou ontem à sombra de Ivanildo, sem que este tivesse melhorado as exibições que tem vindo a fazer como titular. A defesa não teve grandes problemas a solucionar os seus problemas, o meio campo esteve calmo, sereno, eficaz e decisivo e o ataque esteve muito trabalhador, pouco inspirado, é certo, mas também com alguma infelicidade. Resumidamente, a inoperância dos extremos foi, a meu ver, o argumento de peso para que o FCP não tivesse incutido mais ânimo, velocidade, e quem sabe, outro resultado final.
O Marítimo chegou ao Dragão como qualquer outro, na expectativa, à defesa, a destruir jogo e no caso de Mancuso e Valnei, a jogar bastante duro, recordando o jogo da primeira volta. A actuação dos insulares foi fraquíssima, mostrando bem que o jogo dos Barreiros foi jogo para treinador novo ver, que é sem dúvida a pior equipa da Madeira actualmente e que, a continuar assim, vai estar com a corda na garganta até ao fim.
Quanto ao jogo, foi só de uma toada, apesar de nos lances que os visitantes tiveram ao dispôr pudessem ser lances claros de golo, onde se destaca o “Zé do golo” entre os demais. Um erro, mais um inacreditável, de Bosingwa quase fazia com que o Marítimo entrasse no jogo a ganhar. Depois disso o FCP controlou o jogo como quis e não fosse algum desacerto na marcação de cantos, nos remates em frente ao guarda-redes adversário entre outros, e poderia construir um resultado folgado já na primeira parte.
Há obviamente a realçar o golo de Raul Meireles, não só pelo facto de se vir a mostrar decisivo no final, mas como coroar de uma exibição excelente, de um jogador de talento, de muito potencial e que só tem de ter a confiança de ontem em todos os jogos para se afirmar em definitivo quer no clube, quer na liga, quer na Selecção num futuro próximo.
O lance que Carlos Xistra protagonizou teve algo de incrédulo por duas razões: não se percebe qual a sua interpretação do lance para marcar penalty e expulsar o jogador, e a segunda é que mesmo com uma decisão manifestamente errada tomada, ele voltou atrás na sua decisão (e muito bem na minha opinião, caso contrário a manchete de “A Bola” seria diferente) ao falar com o seu assistente, fazendo deste um caso em que, mais uma vez, o FCP foi cobaia.
A segunda parte foi fraquíssima de ambas as partes, mas sempre com a superioridade do FCP, no controle do jogo e no pendor ofensivo. Deve realçar-se entretanto, que os Dragões chegam ao final em vantagem e angariam os três preciosos pontos, fruto obviamente do golo marcado, mas com duas intervenções de grande nível de Hélton, a impedir que o elemento mais inconformado do Marítimo, pudesse quer de cabeça, quer de pé direito chegar ao empate e repetir um cenário de resultados de há quinze dias. Por parte do FCP, de realçar o remate espectacular de McCarthy, que com a maior violência embateu no poste e daria, sem dúvida, um excelente golo. De referir que as substituições efectuadas pouco ou nada trouxeram de novo, apesar de Lisandro ter estado muito esforçado e Hugo Almeida ter falhado mais um golo, por manifesta falta de calma e confiança.
POSITIVO DO JOGO
- 31100 Espectadores apesar do frio e transmissão televisiva em canal aberto.
- Exibições de Raul Meireles, Hélton e “Zé” Carlos.
- Correcção a uma decisão tomada pelo árbitro, que poderia ter condicionado o jogo a partir desse momento.
NEGATIVO DO JOGO
- Jogo violento de Mancuso e Valnei
- A lentidão do jogo
- As exibições de Alan e Ivanildo
- Os assobios por parte da assistência iletrada no assunto sempre que Bruno Alves tocava na bola...
[João]
------------------------------////////////////////---------------------------
Versão Maritimista
Olá a todos.
O C.S.Maritimo cumpriu mais um jogo para a liga Betandwin, desta feita visitou a casa do F.C.Porto.
O Plantel do Maritimo viajou até a cidade invicta desfalcado, dois jogadores influentes da equipa cumpriram castigo e outros três viram-se impossibilitados de jogar devido a lesões.
Quando se pensava que o Marítimo ia acusar a falta de Marcinho e Mitchell Vander Gaag o jogo revelou o contrário.
Ambas as equipas começaram o jogo encaixadas no mesmo esquema tatico de três centrais. O Maritimo, ao contrário do que é habitual entrou em jogo muito
defensivo e a gerir o empate. Mas, passados alguns minutos, a superioridade verde rubra começou a notar-se, quando Kanu,em mais um lance desastroso de Bosingwa quase punha o Maritimo em vantagem no marcador, valeu o poste da baliza defendida pelo homem do jogo HELTON.O Jogo lá foi decorrendo, com silencio total nas bancadas, uma espécie de birrinha entre os S.D, fez-se notar durante os primeiros 25m da primeira parte, que, ao contrário do que é habitual os meninos estiveram calados e de beicinho pendurado por terem perdido todas as regalias que tinham por serem claque do F.C.P após os incidentes com o técnico Portista.
Foi então que aos 13m o Porto respondeu ao remate de Kanu, por intermédio de Benni, que num potente remate falhou a baliza de Marrcos por escassos metros.
A Claque dos Super-Dragões terminou o protesto dos 25m de silêncio, e quando iniciam o berreiro, Raul Meireles num estrondoso remate fora de área abre o activo para a equipa local. Estava feito o 1-0 contra a corrente de jogo.
A claque do Porto voltou ao silencio, bem como o futebol praticado pelo F.C.Porto. Estavam ambas em silencio, o Maritimo pressionava mas sem eficácia, quando o barulho
apareceu novamente, desta vez por culpa do arbitro da partida que num momento de comédia estilo Felini assinala penalti a favor do Porto e expulsa Willians por alegada defesa com a mão após um remate de Alan. O guardião Marcos estava batido e Willians de cabeça evitou o golo Portista.O arbitro foi chamado à atenção pelo o
assistente que afirmou e reafirmou que o lance tinha sido cortado com a cabeça. O arbitro lá anulou o penalti e o cartão vermelho.
O jogo voltou ao que era, o Maritimo perdia constantemente o meio campo e só por intermédio de passes longos é que conseguia ver Helton no outro lado, da parte do Porto nada, absolutamente nada. Uma equipa apática, lenta e sem estofo de campeão a acusar a 100% a falta de Quaresma da qual é totalmente dependente para alcançar bons resultados.
Nenhum jogador do Porto merece destaque na primeira parte do jogo, isto porque simplesmente limitaram-se a gerir um resultado favorável.
Vem o intervalo, o Porto levava a vantagem de 1-0.
Na segunda parte há a destacar duas figuras, Zé Carlos do Maritimo e Helton do Porto, pois é, foram estes dois senhores que deram emoção a um marasmo futebolístico.
Zé Carlos em resposta a um canto cabeceia e Helton tira o golo do empate com uma mestria inigualável, pouco depois mais um lance de Zé Carlos que poderia ter sido empate, mas mais uma vez Helton a defender o resultado favorável ao Porto.
O Jogo lá ia decorrendo, o Porto a mostrar que de campeão tem pouco, ou pelo menos sem Quaresma não é lá grande equipa, o Maritimo a tentar chegar ao golo mas
sem grande eficácia e lá apareceu Benni com um remate fantástico que só não resultou em golo porque o poste não deixou.
O jogo terminou com a vitória do Porto por 1-0, uma história que podia ter terminado de outra forma mas infelizmente o futebol é assim, quem não marca sofre.
Conclusão:
O Maritimo esteve melhor do que se esperava, conseguiu impor o seu jogo ao Porto durante algumas partes do jogo, mostrou alguma qualidade mas ainda há muita coisa a
rectificar. Zé Carlos merece destaque pelo empenho que tem dado nos 6 jogos que fez.O Porto é uma equipa Quaresmodependente e neste momento só ocupa o lugar que ocupa, porque as equipas que lhe fazem frente também não sabem mais.Tou convencido que se o Sporting ou o Benfica vierem a melhorar os seus desempenhos, estes 4 pontos que o Porto roubou ao Marítimo esta época não vão ser suficientes para a equipa nortenha ser campeã. É feio verclaques a fazer birras, ainda por cima quando não têm razão para isso. Mas isto é uma opinião subjectiva, Pois ta claro.
Melhor jogador do Marítimo:
-Zé Carlos, pelo empenho que mostrou o jogo todo.
Pior jogador do Maritimo:
-Mancuso, deu muito pau e não fez nada durante o jogo.
Melhor jogador do Porto:
-Helton, segurou a vantagem do Porto
Pior Jogador do Porto:
-Bosingwa e Lucho, o primeiro porque ia comprometendo com um erro infantil, o segundo porque andou o jogo todo a passo e não produziu nada.
Momento do jogo:
-O tal lance do cartão e penalty, que felizmente foi salvo pelo Nuno Manso, apesar de ridiculamente CASTAINÇA E XISTRA não terem ajuizado o lance justamente.
Pior Momento do jogo:
-Os S.D, coitados pareciam Madalenas ofendidas?eu se fosse Portista proibia aqueles gajos de porem os pés no Dragão.
[Garras12]
Sem comentários:
Enviar um comentário