terça-feira, maio 09, 2006

Análise Atacante - Liga Betandwin.com - Jornada 34

A última jornada do campeonato trouxe-nos os derradeiros jogos e as posições finais das equipas. Ficará na história o minuto 79 como sendo o definitivo para o que ainda faltava saber, ou seja, quem descia. A partir desse minuto nenhum resultado se alterou em que houvesse troca de posições.

Assim a jornada começou no Sabado, em que dois jogos decidiam quem iria à Taça Uefa, se é que havia duvidas, mas de facto não houve uma vez que nem o Boavista ganhou nem o Nacional perdeu e só assim se alterariam posições.
O Boavista no Bessa recebia o novo campeão, o FCPorto, que deixou quase todos os titulares de fora da partida e mesmo assim entraram a ganhar, só se deixando empatar já na segunda parte. Já os axadrezados jogaram o normal, desta época, não levando de vencida um misto de FCPorto com FCPorto B.

No Bonfim decorreu o outro jogo da tarde, e o Vit. Setúbal tentava levar de vencida um Nacional a quem bastava o empate, nacional começou em vantagem e deixou-se ele também empatar, pelo meio ficou um penalty descaradissimo por marcar, por mão de um defesa setubalense. Assim os sadinos empataram pela primeira e última vez em casa esta época, mais vale tarde que nunca e acabaram num brilhante oitavo lugar.

No Domingo decorria o que realmente interessava, a possível luta pela Champions League e a despromoção, mas com mais realce para a descida, já que como se verificou a entrada na Liga Campeões não sofreu alteração de posições.

Em Alvalade o Sporting de fim de época recebeu e venceu o Sp. Braga que pouco fez para tentar contrariar o futebol dos verde e brancos. Se houvesse duvidas um golo logo aos 20 minutos dissipou-as sobre o resultado final, autor João Moutinho.

Na Mata Real jogava para a permanência o Paços Ferreira e um Benfica para o prestigio, que após o resultado final mais abalado ficou, e pôs os adeptos a pensar no porquê da contratação de um guarda-redes que é mais inseguro que a maioria dos outros da Primeira Liga, relegando o excelente guardião Quim, suplente da Selecção, para um calvário imerecido.
Quem ganhou com isso foram os de amarelo que precisavam apenas de pontuar para garantirem a permanência, e chegaram a dar 45 minutos de avanço ao Benfica para na segunda metade destroçarem os encarnados, vencendo e convencendo.

Em Leiria jogavam o União local contra o inacreditávelmente ainda não despromovido Rio Ave, que dependia de uma conjugação de factores para não descer que mais fácilmente sairia o Euromilhões a alguém do que a permanência dos vilacondenses, assim sendo e tendo logo contado com a expulsão do seu guarda-redes aos 9 minutos, acabou por afundar-se bem cedo. Assim aproveitou a União para calmamente golear por 5-2 e subir ao sétimo lugar.

Em Guimarães jogava-se uma possível permanência que não sendo de todo impossível era quase. Para começar o Vitória tinha de ganhar a uma das equipas que melhor futebol praticou esta época, tendo conseguido inclusivé resultados surpreendentemente positivos, o Estrela Amadora.
O jogo práticamente só teve um sentido, o da baliza tricolor, mas foram os forasteiros que marcaram, numa altura que mesmo com a vitória caseira os vimaranenses desciam de divisão tendo em conta os resultados alheios.
Assim o Estrela conseguiu esta época espantar muito boa gente que os dava como condenados, mas que acabou num brilhante nono lugar à frente de outras nove equipas, e os de Guimarães dados como candidatos à Europa, desceram em 17º ficando só a frente de uma pseudo-equipa. Sendo que foi sem duvida a maior surpresa da época.

Em Barcelos o Gil Vicente recebia outro dos possiveis despromovidos, mas o mais improvável de todos, o Belenenses, uma vitória caseira manteria os galos e um empate ou derrota punha-os a ouvir os outros jogos. Mas não querendo ficar à espera de nada marcou ainda na primeira parte e segurou a vantagem ante um Belenenses a jogar com o tempo e os outros campos.
Os de Belem talvez nunca pensando que mesmo perdendo acabariam relegado porque afinal estavam a frente de sete equipas e somente desceriam quatro, deixaram correr o jogo e mesmo estando a perder ao intervalo não mostraram grande vontade de dar a volta ao jogo ou sequer de empatar.
Ao intervalo mesmo a perder tudo corria bem aos de azul, nos outros campos o Paços perdia, a Naval empatava e a Académica também empatava, só uma ecatombe poderia fazer descer os de azul, é que bastava um só dos adversários não fazer o resultado pretendido e os de azul ficariam na Liga. A segunda parte começa da melhor maneira uma vez que em Coimbra o Maritimo marcava dois golos sem resposta.
Com o decorrer das segundas partes as coisas foram começando a ficar menos bonitas, o Paços ja pontuava frente ao Benfica, a Academica reduzia mas mantinha-se atrás e a Naval não conseguia marcar um golo apenas.
Até que surge o “Minuto 79”, o pior minuto de jogo durante toda a época do Belenenses. Ao mesmo tempo a Académica é beneficiada com um penalty e a Naval marca ao Penafiel, o Paços passa a ganhar ao Benfica. Podia ser que a Briosa falhasse o penalty, restava essa esperança, mas Joeano nao falhou e fez um 3 em 1 que atirava inacreditávelmente os de Belem para a Liga Honra. Restavam 10 minutos para dar a volta a toda uma época, bastava um golo que nem o melhor marcador da Liga conseguiu.
E assim desceu a mais improvável das equipas que acabou por ter no seu ataque o melhor marcador da primeira divisão e que foi outra das grandes surpresas da época umavez que no seu inicio era apontada como candidata à Europa.

Em Coimbra e com uma moldura humana a roçar a maior enchete de sempre do novo estádio jogava a Académica a permanência e o Marítimo a honra da Madeira e das camisolas.
Ao intervalo o empate não era mau uma vez que nem Naval ganhava nem o Paços pontuava, mas o começo da segunda parte foi estranhamente adverso aos estudantes, o Paços empatava e deixava para trás a Briosa, logo de seguida dois golos do Marítimo puseram a equipa e o numeroso público em choque e a rezar para que não houvesse golos da Naval ou a puxar por um golo do Benfica, entretanto Joeano reduz e reacende a esperança, que surgiu no tal “Minuto 79”, quando o árbitro concedeu penalty aos estudantes que acabaria transformado e a dar o precioso empate, afinal bastava um ponto, e assim permaneceu sendo que o Marítimo ao ceder este empate se viu ultrapassado na tabela pelo Estrela Amadora.

O ùltimo jogo da jornada e que mais ouvidos tinha em cima era o de Penafiel, onde os da casa já despromovidos, em teoria, quase desde o inico da época tentavam contrariar os da Figueira da Foz, a Naval que precisava em absoluto de ganhar fossem qual fossem os outros jogos sendo que era a única equipa que dependia exclusivamente dela e a que estava abaixo da linha de água.
E correu bem aos navalistas, dominaram o jogo de principio ao fim e antes do golo salvador viram um ser anulado, ficaram os adeptos com os nervos à flor da pele mas estava guradada a salvação para o “Minuto 79” o tal. Leo Guerra marcou o que há muito era previsto, o golo da vitória e que tantas transformações classificativas trouxe.
Os de Penafiel acabaram por perder mais um jogo tendo conseguido mesmo assim um ponto mais que na primeira volta, oito contra apenas sete.

Assim temos:

Liga dos Campeões: FCPorto e Sporting
3ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões:
Benfica
Taça UEFA: Sp. Braga, Nacional e Vit. Setúbal (via final da Taça de Portugal)

Desceram:

Belenenses, Rio Ave, Vitória SC e Penafiel.

Sem comentários: