terça-feira, maio 09, 2006

GOLEANDO: Centralidade social do futebol - Parte III

O futebol reveste-se de uma importância social que contribui para as socialidades quotidianas. É muito mais do que os 90 minutos. Para alem do jogo em si, o futebol fornece toda uma vasta cultura paralela que se estende de um jogo de futebol para outro, de uma semana para outra, de competições nacionais para internacionais. É portanto inegável a relação que existe entre o fenómeno e a vida social, podendo entender-se o mesmo com “património cultural”.

Como explicar a dimensão que se populariza e centra o futebol?
Através do envolvimento emocional que o jogo provoca nos adeptos e das qualidades dramáticas do desporto/espectáculo, ou seja a importância da sorte, da competição, da divisão de tarefas, da suposta meritocracia, da felicidade vs infelicidade.

As equipas de futebol, independentemente dos níveis e dos escalões de competição no qual se inserem, encontram a sua identidade em cada jogo e no ambiente dos recintos – adeptos, hinos, bandeiras, faixas e símbolos – que traduzem toda a sua tradição histórica e ideológica. A sua forma de organização e competição constitui também forma de identidade, traduzida na existência de federações, ligas, campeonatos locais, regionais, nacionais, continentais e mundiais.

Futebol é uma prática que concorre com a reprodução da identidade nacional no que respeita ao envolvimento das massas e dos valores que ou dela emergem ou a ela são inerentes (ideias ou acções). Constitui também uma espécie de “paixão” que atinge todos os grupos sociais e étnicos de uma sociedade.

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