
O estádio do Dragão vestiu-se ontem de azul branco para se despedir nesta temporada da liga, albergando 50000 pessoas que não quiseram ficar de fora da festa preparada e programada para os novos campeões. O clima estava fantástico, quer dentro, quer nas imediações do estádio, com milhares e milhares de pessoas que até lá afluíram para consagrar uma temporada que nem sempre foi unânime, serena e que fez com que houvesse partes de indignação, tristeza e descrédito ao que ao FCP diz respeito, quer equipa, equipa técnica e direcção.
As vitórias fazem esquecer a muitos as dificuldades, as divergências e os momentos menos positivos, e como ontem era de vitória que se tratava, a moral e a disposição das pessoas estavam ao rubro.
O jogo começou com o Guimarães a pressionar e a jogar rápido sobre as linhas, conquistando bolas que permitisse chegar rapidamente à baliza defendida por Helton. Para isto o Guimarães fez alinhar três médios defensivos e incluiu a velocidade de Targino nas alas. O FCP entrou algo amorfo no jogo, e curiosamente falhou muitos passes de curta distância. A melhor oportunidade dos visitantes foi um livre a que Helton respondeu com grande elasticidade e que na recarga o muito pouco esclarecido Otacílio não conseguiu corrigir. Para o FCP os cruzamentos de Quaresma não tinham seguimento e quando tinham, este era desfigurado. A primeira parte não ficou condicionada com a expulsão exagerada de Paíto dada a atitude dos visitantes, mas uma hora a jogar com menos um jogador não se pode dizer que seja o mesmo do que jogar de igual para igual. Antes, este jogador tinha visto amarelo por sair da barreira na cobrança de um livre e tinha cometido uma falta bastante dura sobre Jorginho, mas efectivamente, o lance que o coloca fora do jogo poderia ter sido evitado.
Na segunda parte as coisas mudaram um pouco apesar de terem começado igualmente frouxa, e foram precisos 15 minutos para que Lucho lançasse Jorginho que dentro da área foi inequivocamente derrubado por Nilson.


Positivo do jogo:
A assistência dentro e fora do campo.
As bancadas vestidas de azul e branco.
O espectáculo antes e depois do jogo.
A ovação a Baía.
Os cânticos a Jorge Costa.
A exibição de Lucho que, apesar de parecer estar há alguns jogos a pensar no mundial, espalha talento, simplicidade e calma dentro de campo.
Negativo do jogo:
A falta de organização do Guimarães e a sua gritante falta de orientação dentro de campo, associado a uma equipa defensiva quando o objectivo era ganhar.
A arbitragem, que teve clara influência no resultado, assinalando infracções quando elas não existiam, e vice-versa.

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