A eterna questão dos árbitros...
Numa tarde de muito Sol as gentes da Covilhã deslocaram-se em massa até ao Complexo Desportivo da cidade serrana. Também um autocarro viajou de Chaves com adeptos para assistirem ao encontro. Segundo se ouviu dizer, os bilhetes chegaram mesmo a esgotar.
Relativamente ao jogo era da equipa local a necessidade de arrecadar os três pontos. Mas seriam os flavienses a entrarem melhor no encontro com jogadas ao primeiro toque. O primeiro golo surge através de uma excelente jogada de Samson que cruza para o goleador Cássio que não perdoa. O Covilhã tenta responder mas num rápido contra-ataque Wegno perto do poste direito remata fazendo a bola entrar no poste contrário. Os adeptos locais começaram a ficar preocupados, mas volvidos poucos minutos e através de um canto o Covilhã reduzia. Os serranos acelararam e aproveitando uma falha da defesa contrária, Vladimir com um potente remate restabelece a igualdade. Sem tirar o pé do acelarador seria o Covilhã a desperdiçar incrivelmente uma oportunidade de golo. Num lance na área serrana por uma pretensa mão “nasce” um penalty para o Desportivo de Chaves, onde Cássio fazia o segundo da sua conta pessoal e colocava de novo os forasteiros em vantagem. Com este golo Cássio igualava o líder dos melhores marcadores, o avançado Nuno Sousa do Gondomar. Chegava o intervalo, com cinco golos e muita emoção!
No segundo tempo, o Covilhã sabendo do que se passava noutros campo tinha de fazer pela vida e foi o que fez! Poucos minutos jogados na segunda parte e Oliveira de cabeça bisava e restabelecia nova igualdade no encontro. Parecia que o Covilhã ia arrancar para a vitória mas pura ilusão... Num canto Samson cabeceia para o fundo da baliza, num golo que me parece algo consentido pelo guardião Serrão. Passavam-se apenas dois minutos e Wegno numa jogada de insistência e de qualidade faz o quinto dos flavienses, tendo mesmo ido festejar o golo junto aos adeptos. Ainda faltavam muitos minutos para o apito final e vindo do banco Luizinho aproveitando a passividade da defesa flaviense, dava nova esperança ás gentes da serra reduzindo a diferença. O Covilhã daí até final dava o tudo por tudo e Vladimir volta a facturar e restabelece o empate. Ainda faltavam 7 minutos e todos sabiam que iria ser o assalto final à área flaviense. Eis que chegado o minuto 86 chega também os famosos casos do futebol português. Após um cruzamento, Luizinho responde da melhor forma de cabeça fazendo o sexto golo do Covilhã que o fiscal decide anular. Um lance que parece que Samson coloca Luizinho em jogo, sendo por isso mal ajuízado. Após o apito final a ira tomou conta dos adeptos do Covilhã que decidiram esperar pelo árbitro após o final do encontro. Uma coisa é certa, colocar um árbitro da AF Algarve quando o Portimonense está na luta é mais um sinal que quem nomeia os árbitros anda a brincar ao futebol. E o curioso acaba por ser que o golo anulado dá a permanência precisamente ao Portimonense... Interessante, hein?
E assim o interior fica novamente a cargo do Grupo Desportivo de Chaves, que há muitos anos vem defendendo uma região que muitos querem ver esquecida, mas na qual muitos não se deixarão esquecer... Mas quando as injustiças irão terminam? Os nossos árbitros, que fazer com eles? Até daqui a três meses terão de ser encontradas soluções para se alterar algo no nosso futebol. Resta-me dizer, Até à Época 2006/2007!
ps: Este jogo teve honras de seguimento directo via rádio aqui no blog, foi a estreia dos relatos em directo no blog.
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