segunda-feira, maio 08, 2006
Vitória SC Vs Estrela Amadora
Uma equipa SEM(M)EDO!!!
A última jornada da Superliga levava o Estrela a um campo de onde tem boas recordações, foi em Guimarães que garantiu a presença na final da Taça de Portugal que conquistou brilhantemente. Num campo onde inclusivé já tinha ganho para o campeonato na sua estreia na divisão maior.
Algumas condicionantes aguardavam esta partida, já que ao longo das últimas semanas muita pressão foi exercida pelos adeptos vitorianos, acerca de uma possível descida de divisão.
Mesmo assim a equipa da Reboleira não se deixou amedrontar e mesmo com o seu campeonato concluido, não foi para cumprir calendário e sim para defender a honra da camisola mais bonita da Liga.
Toni com algumas alterações tendo em vista a rodagem de alguns jogadores, deixou descansar Bruno Vale, que nem convocado foi, tendo colocado o também excelente guarda-redes Paulo Lopes, que já o ano passado tinha mostrado brilhantes exibições na Taça Portugal, continuando a faze-lo esta época na mesma prova. Incluiu Eusébio na esquerda, e deu a titularidade a Tiago Rosa, um jovem que começou nos escalões jovens do clube, portanto é um jogador da casa, assim sendo não só se extreou a titular como lhe foi dada a braçadeira de capitão, uma verdadeira honra, que tão depressa não será esquecida.O jogo pertenceu por inteiro aos donos da casa, que necessitavam acima de tudo e em primeiro lugar vencer. Só depois poderiam ouvir o que se passava noutros campos.
A primeira parte correu sempre com um só sentido, a baliza tricolor mas sem efeitos práticos. A defensiva estrelista e a azelhice dos avançados “brancos” chegava e sobrava.
O intervalo chegou já com uma péssima noticia, o Gil Vicente estava a ganhar ao Belenenses e assim sendo nem a vitória serviria os intentos dos vitorianos.
A segunda parte começou com um dominio minhoto avassalador, e não fora as boas intervenções de Paulo Lopes o Vitória teria marcado um ou dois golos fácilmente. Mas a grande mudança na partida foi quando Vitor Pontes tirou um defesa para apoiar o ataque e Toni apercebendo-se do sufoco, alargou a frente de ataque retirando Amoreirinha que até então era um peso-morto em campo e colocou o argentino Nietto, pouco depois entrava Rui Borges para o lugar de outro peso-morto, Rui Duarte.
Deu-se então uma reviravolta na partida, Rui Borges tem um cruzamento perigoso a que o argentino chega atrasado. Era o primeiro sinal de perigo que não foi ouvido pelos homens da casa.
Logo de seguida Semedo num corte oportuno na zona defensiva lança o contra-ataque decisivo. A bola vai parar a Nietto que aguenta a carga e faz um passe magistral para o mesmo Semedo que fica isolado perante Nilson, que não teve maneira de parar o remate com selo de golo do jogador estrelista.
Os muitos adeptos da casa que ainda gritavam, nesse momento emudeceram, a ralidade tomava forma no proprio campo. A descida era mais que certa mesmo estando os resultados nos outros campos a ser desfavoraveis. Foi o despertar para a realidade.
E o Estrela voltava a vencer onde já o não conseguia à muito tempo.
Este jogo foi o corolário da época para as duas equipas. De um lado um Vitória que nunca chegou a ser da Primeira Divisão uma vez que nunca esteve fora dos lugares de despromoção e o do outro um Estrela Amadora que nunca por lá andou, e que acabou numa das melhores posições de sempre, um 9º lugar.
Notas positivas:
O colectivo estrelista a jogar sem medo, depois de tudo o que se falou e fez nas últimas semanas.
Notas negativas:
O Vitória foi um espelho da época.
Notas extra:
A comitiva estrelista saiu debaixo de aplausos aquando da saida do estádio, rumo a Lisboa.
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