Local: Helsinquia, Finlândia
Estádio: Olimpico de Helsinquia
Assistência: 38.015 (esgotado)
Árbitro: Konrad Plautz (Áustria)
Dizia Scolari que o empate já era muito bom. No final, acabou por ter razão…
Portugal praticou um futebol muito desarticulado, com muitas falhas de comunicação e uma forma física muito fraquinha, como o técnico brasileiro tinha avisado. Num 4x2x3x1 habitual, Caneira foi o lateral-direito e teve uma exibição muito fraquinha, enquanto Nuno Valente pouco se viu e apenas cumpriu. No centro da defesa Ricardo Costa voltou a errar, e Ricardo Carvalho acabou por voltar a ser o melhor. No meio-campo Costinha lutou muito, marcando bem Litmanen, Petit esteve longe de fazer uma exibição agradável e Deco acabou por ser o melhor elemento daquele sector, fazendo a boa jogada para o golo. Na frente Nani e Ronaldo estiveram sempre inquietos, a tentar algo mais, mas sempre inconsequentes. Na frente Nuno Gomes, esteve sempre pouco apoiado, mas acabou por um golo cheio de oportunidade.
A equipa portuguesa entrou mal na partida e os dez primeiros minutos foram sufocantes, por parte da Finlândia, que em dois livres Hyppia podia ter marcado de cabeça. A selecção portuguesa tentou reagir, com Nani sempre endiabrado, mas sem consequências maiores.
E numa altura em que Portugal parecia equilibrar o jogo, uma falha de Caneira dá espaço a Kolkka de progredir pelo lado direito, finta em plena área Ricardo Costa, centra para trás e de primeira Johansson fez o primeiro da noite.
Os finlandeses vieram mais para trás, e Portugal vai à procura do golo, com Ronaldo em destaque. O jovem do Manchester United, teve dois bons remates, mas os dois foram ao lado, e sem muito perigo. Portugal tentava, assim, chegar ao empate, mas o futebol era muito fraquinho,
Até que aos 41m, Nani recupera uma bola no meio-campo, passa para Deco que finta um adversário, e à saída de Tihinen ao seu encontro, consegue dar um toque para desmarcar Nuno Gomes, que faz um golo à ponta-de-lança. Uma oportunidade, um golo.
Na segunda parte o jogo entrou dividido, mas com maior ascendente português, que logo acabou por ir por “Água abaixo”. 7m da segunda parte, e Ricardo Costa tem uma entrada feia por trás sobre Johansson, e acabou por levar o segundo amarelo e consequente vermelho, prejudicando a equipa que tentava ir atrás da vitória.
Scolari demorou pouco a por Ricardo Rocha, tirando Nani, que já estava algo cansado. O central do Benfica acabou por importante para a manutenção do empate.
Portugal deixou de existir do meio-campo para a frente, e a Finlândia tentou a vitória, mas aqui apareceu Ricardo, que foi o elemento mais importante da equipa hoje.
Primeiro evitou o golo, a defende um bom remate de Tainio, depois boa defesa a cabeceamento de Kuqi. Além disso de ter saído bem nos centros para a área, e teve alguma sorte em dois cabeceamentos de Hyppia que passaram ao lado.
Portugal acabou o jogo a controlar a posse de bola, num jogo cheio de complicações, e espera-se um futuro bem melhor para a nossa selecção, pelo menos que não esteja com tantos indisponíveis.
Melhor em Campo: Ricardo
Em Helsinquia, foram poucas as individualidades que se destacaram na nossa selecção, mas pode-se considerar o guarda-redes do Sporting como melhor em campo, por ter aguentado 35 minutos sem sofrer o empate. Fez duas excelentes defesas, saiu sempre muito bem às bolas, anulando os perigosos ataques aéreos dos finlandeses e tentou organizar bem a sua defesa
Árbitro: Konrad Plautz
Teve uma actuação tranquila, falhando um pouco no capítulo disciplinar, sendo pouco imparcial e
e prejudicou a selecção portuguesa nesse capítulo. A expulsão é justa, mas se calhar Kolkka também poderia ter ido mais cedo para os balneários...
Pontos Positivos:
O bom ambiente em Helsinquia. A vitória sobre os polacos parece ter dado esperanças de uma surpresa nesta qualificação
Deco e Nani, foram dois jogadores que por vezes nem pareciam pertencer a este jogo, tal era a forma como lutavam e faziam belas jogadas
Pontos Negativos:
Ricardo Costa voltou a falhar e a demonstrar que, neste momento, não é um jogador de selecção e que já teve oportunidades suficientes para isso.
A mentalidade de Scolari, por mais que os jogadores estivessem em baixo de forma, Portugal demonstrou ontem que quando quer e mesmo a jogar pouco, era claramente superior à Finlândia.
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