O FC Porto e, mais concretamente o seu treinador, apostaram num 11 bem mais equilibrado do que vinha sendo habitual, assim:
1) Paulo Assunção rendeu Ibson e o meio-campo dos Dragões conseguiu controlar bem melhor as suas acções, tanto as defensivas como as ofensivas, pois raramente os italianos criaram perigo em situações de contra-ataque, ao contrário daquilo que vinha sucedendo nos últimos jogos;
2) Pedro Emanuel voltou ao centro da defesa, incutindo experiência e serenidade a um sector bem carente de um líder;
3) Marek Cech, lateral de raiz, substituiu o esforçado e surpreendente César Peixoto, entretanto adaptado a lateral. Os resultados, neste jogo foram óptimos! O eslovaco ganhou muita confiança com o decorrer do jogo e mostrou que está cá para ganhar o seu lugar. Grande estreia, sem dúvida!
4) Por fim o incompreendido Pepe voltou à equipa e mostrou estar muito mais calmo, a temporizar bem as suas entradas aos lances, muito forte (como é hábito) nos lances aéreos e sem a sua falha comprometedora do costume... Em suma, aquilo que eu sempre defendi, Pepe caso ganhe maturidade pode muito bem ser um central de enorme futuro. O tempo encarregar-se-á de demonstrar se tenho ou não razão.
Resultado destas alterações o FCP jogou muito bem na 1ª parte, pressionando muito o Inter de Milão, que apenas por uma vez, por Julio Cruz, poderia ter chegado ao golo mas, isolado frente a Baía o avançado argentino permitiu a defesa do melhor guarda-redes português de todos os tempos.
Ao invés os portistas, apesar de igualmente terem desperdiçado uma grande oportunidade pelo contrariado Benni McCarthy, acabaram por ter aquela sorte que tem estado alheada da zona das Antas... Assim, em 5 minutos decidiram o jogo a seu favor, primeiro num auto-golo do trapalhão Materazzi e, depois num remate do seu avançado sul-africano, entretanto milimetricamente desviado por Véron!
Na 2ª metade, Roberto Mancini fez entrar Il Chino Recoba, que com a sua técnica fabulosa criaria muitos problemas à defesa portista, através de pontapés de livre e cantos. Aí, os italianos desperdiçaram uma mão cheia de boas oportunidades para marcar, que só não entraram por mérito de Vítor Baía e demérito dos seus jogadores, nomeadamente Cambiasso...
Nessa altura, os Dragões exploraram muito bem o contra-ataque e só o desacerto no momento do último passe é que não permitiu que o FCP conseguisse ampliar a sua vantagem.
Em suma, vitória justa dos Dragões, que teve de tudo um pouco como muito mérito, esforço, dedicação, sofrimento e alguma sorte.
A corrida do FCP ao apuramento finalmente deu os seus primeiros passos. Esperamos que não fique por aqui, pois ninguém que goste muito de Futebol prefere alguma vez ter na próxima fase da Champions League um Rangers ou um Artmedia no lugar de uma bela equipa como indiscutivelmente é esta dos Azuis-e-Brancos...
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