segunda-feira, janeiro 23, 2006

Cada vez mais longe da frente...


Numa noite, das melhores casas da época, o Sporting perdeu mais dois pontos em Alvalade.

Numa primeira parte de elevado nível, com o grande apoio da massa associativa, os Leões surgiram transfigurados, mas mais uma vez, faltou confiança e serenidade aos jogadores do Sporting, frente aos insulares.
Paulo Bento manteve o onze inicial de Bélem:
Defesas

- Caneira: a lateral esquerdo;

- Abel: a defesa direito;

- Polga e Tonel: a centrais.

Médios

- Custódio, Moutinho e Carlos Martins: no losango, a meio - campo;

- Romagnoli: como apoio à dupla de avançados (Sá Pinto e Liedson).

O Marítimo quis desde cedo, entrar na luta do resultado, mas a dinâmica dos leoninos, que exerceram muita mobilidade em termos ofensivos, travou a intenção da equipa de Paulo Bonamigo.

Aos 8 minutos, surgiu o primeiro golo da partida, com Liedson muito activo na frente (permitindo aos Leões mais determinação nos movimentos ofensivos), que numa bela jogada pela direita, ofereceu o passe a Romagnoli e este estreou-se a marcar.



Durante a meia hora, os verdes e brancos, com uma enorme exibição, poderiam ter aumentado o resultado: primeiro, num cabeceamento de Custódio e a respectiva defesa do guarda - redes Marcos e mais tarde, num remate mal aproveitado por Sá Pinto, oferecido de "bandeja" pelo "Levezinho".
Os brasileiros do Marítimo tentaram reagir, mas o bloco defensivo sportinguista não foi surpreendido, de forma alguma, com o jogo curtinho dos insulares (típico jogo brasileiro).
O ascendente leonino, com uma circulação de bola eficaz, continuou até final da primeira parte, altura em que surgiu o inesperado: o golo do empate aos 42 minutos, por uma falha de concentração defensiva e após um canto, na sequência do lance e em remate acrobático, sem reacção alguma por parte dos defesas, o médio Fahel igualou.
Na segunda parte, com o jogo bem diferente do da primeira, Paulo Bento viu-se obrigado a mexer na equipa, colocando o jovem Nani no lugar do argentino Romagnoli. O Sporting procurava maior ligação e apoio entre si, mas os madeirenses concederam menos espaços a meio - campo, com a subida de Marcinho no terreno.
De seguida, com um remate de longe, Carlos Martins foi exemplar. O ambiente "aqueceu" com uma grande penalidade marcada por alegada falta de Sá Pinto, mas Ricardo, voltou a repetir as proezas do Euro - 2004 e defendeu como "gigante" que foi.
Houve nova mudança na táctica de jogo do Sporting, que de momento mantinha condições para vencer o desafio: O técnico leonino colocou Deivid ao lado de Liedson e Sá Pinto recuou para o lugar de Moutinho, que havia saido.
Os Leões passavam por uma fase ainda mais intranquila, falhando muito passes, tal como o Marítimo e com o tempo a escassear, a capacidade ofensiva era cada vez mais de nível inferior.
Pode-se dizer que a equipa da casa ainda obteve duas boas ocasiões, para vencer o jogo: num livre indirecto da área adversária e num falhanço inacreditável do "Levezinho" após assistência de Deivid, mas faltou tranquilidade na finalização.
Observações:
O Sporting sofre muitos golos em lances de bola parada: na presente época já sofreu uns 5 ou 6, o que é péssimo!
Notas Positivas:
- Maior empenho e dinamismo por parte da equipa;
- Romagnoli estreou-se a marcar.
Notas Negativas:
- Grande falha de concentração dos defesas leoninos, no momento do golo;
- Mais uma vez falta de serenidade, tranquilidade e confiança.
Sinal +:
Liedson: E não é que o "Levezinho" correu km's e km´s e andou em todo o lado?!
Ricardo: Reencontrou a serenidade e a segurança, pelo que se encontra em grande forma.
Sinal -:
Sá Pinto: Como Capitão e única referência da equipa, deveria dar o exemplo, sendo este o segundo jogo consecutivo em que lhe é imputada uma falta para grande penalidade.
Conclusão:
Resultado injusto e penalizador pelo que o Sporting fez e demonstrou ao longo dos 90 minutos.

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