Fui praticante de futebol durante 15 anos. Actualmente sou dirigente de um pequeno clube, o Centro Recreativo e Cultural 22 de Junho/Amor, um pequeno clube com cerca de 350 sócios pagantes. O futebol é a nossa principal actividade, e apesar de não pagarmos qualquer retribuição financeira aos atletas, o nosso orçamento para o futebol ronda os 7500 euros. Pode parecer pouco, mas para muitos clubes como o nosso, isto representa muito.Os apoios são escassos , oficiais quase zero, pois as câmaras intressam-se mais pelos clubes profissionais, que dão mais prestígio, enquanto os apoios particulares são cada vez mais escassos, o que se compreende bem, pois as empresas atravessam sérias dificuldaes e não podem dar ás colectividades os apoios de outros tempos. A situação dos clubes é critíca e no meu distrito, de temporada para temporada, são muitos os clubes que abandonam este desporto que tanto amamos, não porque o deixem de amar, mas simplesmente porque é impossível continuarem sem que isso ponha em causa a própria existencia do clube.
É chegada a altura de dizermos BASTA, de nos unirmos e em conjunto exigirmos mais apoios oficiais, pois é ou não verdade, que somos nós, colectividades de norte a sul de Portugal, que substituimos o Estado, e permitimos aos jovens o acesso gratuito ao desporto?
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