Um golo apenas para tanto Estrela e para tão pouco Vitória de Setúbal, mau, mas salvam-se os três pontos.
Um triunfo que não sofre qualquer contestação dada a superioridade evidenciada pela equipa da Reboleira ao longo de todo o encontro, que só se pode queixar da sua finalização, mas também quem tem um argentino que falha a um metro da baliza sem ninguém nela não pode marcar mais.
A táctica foi um pouco diferente do habitual, com um claro 4-2-4 super ofensivo, onde Rui Duarte que costuma jogar nas costas de Rui Borges desta vez a jogar ao seu lado.O Estrela entrou em campo a necessitar de vencer para fugir da linha de água, enquanto o Setúbal, que dizem já ter a manutenção assegurada, algo de que eu duvido porque este Vitória depois de Dezembro tornou-se a segunda equipa que pior joga futebol na Liga.
E se eu penso isso também deve ter pensado o técnico que fez uma equipa para entrar “a matar”. A frente de ataque não com os três habituais mas sim com quatro era mostra de: confiança no potencial da equipa e reconhecer da fraqueza alheia.
Começa o jogo e logo aos três minutos, estive à beira de marcar por intermédio de Rui Duarte, com o seu remate a sair ligeiramente ao lado, estava garantido que íamos ter futebol de ataque.
A pressão era sufocante, as jogadas de perigo eminente surgiam em catadupa, a bola cruzou a linha de pequena área duas vezes aos 5 e aos 8 minutos sem que ninguém a empurrasse para a baliza.
Adivinhava-se o golo, a pressão acabaria por dar frutos, aos nove minutos, Manu, do lado esquerdo, cruzou para Rui Borges, que, de imediato, endossou a bola a Rui Duarte que de primeira descobriu Semedo, isolado, com este a rematar para o fundo das redes.
Estava dado o mote para a vitória. E que prova melhor para confirmar a boa escolha da táctica do que a bola ter passado pelos 4 jogadores mais atacantes e redundar em golo.
O domínio era por demais evidente, aos 20 minutos um remate fora da área ia dando o frango da jornada ao guarda-redes do Setúbal, quando ao atirar-se á bola junto poste defende e deixa-a escapar sendo que saiu a rasar o poste, o que deu canto.
Perto do intervalo, um cruzamento de Manu no lado direito deu em atabalhoamento da defesa sadina e Semedo, a cabecear fraco e a permitir que o guardião (que estava no chão) levantar-se com excelentes reflexos, e defender para canto. Foi mais uma perdida escandalosa.
No segundo tempo, com as alterações setubalenses, o Vitória apareceu mais afoito, enquanto os tricolores recuaram não em demasia no terreno de jogo. Contudo, a toada em nada se alterou. A equipa de Toni não tirou o pé do acelerador e continuou a criar perigo junto da baliza de Rubinho que, à imagem dos seus colegas de sector, nunca deu grandes mostras de segurança.
Com 15 minutos do segundo tempo sai Rui Duarte e não entra ninguém. Parece estranho mas é verdade, entrar Maxi Bevacqua, uma velha coxa numa cadeira de rodas ou não entrar ninguém é perfeitamente igual a entrar este argentino.
Não ganha bolas, não se desmarca, não passa, não remata, não marca de baliza aberta a um metro dela... Enfim, não existe.
Aos 78 minutos, um cruzamento de Manu foi desviado, de cabeça, por Madior, quando Semedo se preparava para finalizar um segundo golo, que já todos gritavam na bancada.
Na recta final do encontro, aos 87 minutos, o lance de génio do "excelente" ponta de lança argentino. Um cruzamento de Rui Borges deixou o avançado Maxi Bevacqua isolado, a UM METRO da linha de golo e SOZINHO frente aos postes, SEM NINGUÉM NA BALIZA, nem ao lado, nem ao pé, remata escandalosamente para fora, POR CIMA DA BARRA, e acabou por cair sozinho para trás, ao atabalhoar-se no remate!!! A sério, contado ninguém acredita.
O jogo acabaria pouco depois, e felizmente, porque ninguém aguentaria mais alguns minutos com o número 33 em campo a fazer jogadas maravilhosas como aquele falhanço. Qualquer dia o público invade o campo e espanca este "pseudo-jogador".
Notas positivas:
Regresso às vitórias em casa depois de dois meses, em que vencemos o FC Porto. Está desfeita a "maldição portista", por assim dizer.
Notas negativas:
Maxi Bevacqua, não há palavras, só palavrões.
Notas jornalisticas:
Jornal Record: Notas (0 a 5) Maxi Bevacqua - 0. "Aos 88' falhou sozinho a um metro da baliza. É um ponta-de-lança com alergia ao golo."
Jornal A Bola: Notas (0 a 10) Maxi Bevacqua - 2. "Uma nulidade. Ontem falhou a melhor oportunidade do jogo atirando por cima da baliza quando estava escancarada."
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